A Humilde Grandeza Da Espiritualidade

Dr. Michael LaitmanPergunta: Muitas vezes alguém parece ser um grande homem, mas quando me aproximo dele e começo a conhecê-lo, eu descubro que não havia nada lá. Quando as decepções vão acabar e quando nós realmente descobriremos a grandeza?

Resposta: A grandeza só é descoberta no Criador. Nós temos que trabalhar de forma oposta em relação ao grupo, o professor e o Criador; nós temos que construir a grandeza deles por nós mesmos. Quanto mais você se aproximar deles, menores, mais humildes e inferiores eles vão parecer a você. Não permitirão que você os agarre e os aprecie.

Diz-se, “onde quer que você descubra a Sua grandeza, é onde você descobre Sua modéstia”. É muito difícil manter uma sensação de grandeza na espiritualidade.

Portanto, as religiões usam atributos externos para elevar a importância, e cada rabino ou sacerdote se apresenta como grande e importante perante o povo. Isto é necessário para atrair as pessoas, pois elas ficam impressionadas com a aparência externa. Na sabedoria da Cabalá, no entanto, é o oposto; aqui tudo é determinado pela internalidade. Por isso, às vezes, o estudo, o grupo, os amigos e o professor se apresentam como não sendo especiais. Então, a pessoa tem que superar o desrespeito e tentar elevar a importância deles num nível mais interno, por si mesma.

Nós ainda nem agimos como o grande grupo de Kotzk, que se mostrava intencionalmente negligente e desrespeitoso com a espiritualidade para permitir mais trabalho.

Nós temos que trabalhar na grandeza do amigo, do professor e do Criador, embora cada vez sintamos que eles são menores. Por isso temos que valorizar esses momentos com grande carinho, tal como durante os workshops, quando temos a chance de ficar impressionados com a mente e os sentimentos dos amigos quando nem mesmo esperamos isso. É porque estamos habituados a humilhar todos, vendo-nos como os maiores de todos.

O fato de que eu valorizo a mim mesmo mais do que todo mundo é instintivo. De repente, eu descubro que os amigos são maiores do que eu e isso me abala de alguma forma. Primeiro isso só me abala egoisticamente, mas depois eu começo a valorizá-los e os invejo. Daí eu amarro isso à meta e uso para avançar.

Da 1ª parte da Lição Diária de Cabalá 31/12/12, “Introdução ao Estudo das Dez Sefirot