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Workshops: Não Apenas Debates Verbais Mas Uma Subida Até A União

Dr. Michael LaitmanPergunta: Como posso trabalhar com o grupo, a fim de esclarecer corretamente tudo o que acontece comigo?

Resposta: Primeiro, tente se conectar com os amigos. Deixe os esclarecimentos por enquanto; você não tem as ferramentas certas para esclarecer as coisas. Primeiro você tem que adquirir os meios, um vaso espiritual com o qual pode esclarecer o que está acontecendo. No momento, a sua atitude perante a vida é distorcida.

Hoje você tem que construir um novo vaso no grupo visto que o esclarecimento e praticamente tudo depende da relação mútua que a pessoa tem com o ambiente.

Pergunta: Nós estamos tentando fazer isso nos workshops. Como podemos esclarecer corretamente as perguntas que você está apresentando?

Resposta: Vocês devem querer se conectar com base em minhas perguntas. A questão em si não é tão importante quanto tudo o que estão dizendo nas discussões. As palavras são necessárias para que possamos superá-las e pensar constantemente sobre como nos conectar com os amigos. Não importa o absurdo que o amigo possa dizer; eu subo acima disso querendo me conectar com ele. Eu tenho que ver os amigos como os maiores em nossa geração, e por outro lado, eu dôo a eles a minha parte da doação geral.

O trabalho ocorre em dois níveis: abaixo – ódio e grosseira (coarseness); acima – amor e pureza (purity). Se essas duas coisas existem, já é certo tipo de vaso. Se você alcançar uma diferença tão grande entre grosseria e pureza, então a Luz (o Criador) é revelada.

Até lá, você sempre trabalha nos workshops, nas conexões e no estudo, a fim de atingir essa diferença, que para nós é o objetivo chamado de “Monte Sinai”.

The Workshops: Not Just Verbal Debates But An Ascent To Unity

Da 3ª parte da Lição Diária de Cabalá 08/06/12, “A Essência da Sabedoria da Cabalá”

Condições Para Aqueles Que Exigem A Vida

Dr. Michael LaitmanÉ dito na Torá que na base do Monte Sinai o Criador disse ao povo de Israel: “e agora, se vocês Me ouvirem e guardarem a Minha aliança, vocês serão um povo único entre todas as nações”. Existe uma condição aqui: “Eu vou dar-lhes a Torá, o que significa o método de correção, se vocês entenderem que devem cumprir a fórmula da correção, o plano da correção”.

O Criador dá tudo, as instruções e seu cumprimento, mas você tem que saber para onde está indo. Aqui, certo compromisso é exigido em nome do inferior, que analisa a si mesmo: Será que eu concordo com isso? E se eu não atingi ainda o nível de concordância, então o exílio no Egito pode reaparecer e, no final, vamos nos encontrar novamente na base do Monte Sinai, diante da mesma condição.

O acordo em nome do inferior simboliza a necessidade de esclarecimento: ele precisa descobrir que realmente quer isso e nada mais. Mesmo que ele não receba tal condição rigorosa, ele ainda a aceita com coração e alma, pedindo por ela e desejando-a. A condição que ele recebeu ajuda a esclarecer o que realmente tem que fazer.

Portanto, porque pessoa não chega ao encontro no Monte Sinai com uma exigência clara: “Eu quero ser corrigida! Por favor, dê-me a Torá e eu a manterei para Lhe dar alegria…”? A questão é que a pessoa chega a este como resultado da quebra. Ela tem uma deficiência, mas não pode esclarecer as coisas de forma independente. Assim, a Luz deve agir primeiro. Pela Luz que é revelada, a pessoa sente escuridão: o seu ponto no coração sobe ao Monte Sinai e, ao mesmo tempo, na base da montanha, ele constrói o “bezerro de ouro”. Na verdade, como podem todos os seus outros desejos concordar em se elevar ao mesmo nível em que ela está pronta para trabalhar em doação, fazendo o trabalho dos sacerdotes?

A pessoa deve descobrir o campo de seu futuro trabalho, toda a espessura da “montanha” de cima para baixo. Portanto, ela encara essa condição. Ela pode recusar e “morrer”, o que significa permanecer no desejo de receber, retornar ao Egito. O povo de Israel exigiu isso de Moisés mais de uma vez durante a viagem no deserto. O ego constantemente chama para retornar ao Egito, já que o Egito é descrito como uma terra fértil em abundância. Tudo estava em abundância lá; então qual era o problema?

O Egito satisfaz os desejos egoístas ao máximo. Nunca lhes faltou nada lá, exceto uma coisa: na medida em que vocês se desenvolvem, vocês sentem trevas e sofrimentos, e entram nos “sete anos de fome”, mas esta é a fome espiritual, uma sede espiritual, quando não há nada para reviver sua alma, mas apenas o seu estômago. O desejo de receber está cheio, mas para o desejo de doar este é o exílio e a morte.

Da 4ª parte da Lição Diária de Cabalá 11/06/12, “A Arvut (Garantia Mútua) “

À Beira De Uma Atitude Razoável À Vida

Dr. Michael LaitmanHoje nós sentimos não só o mundo à nossa volta como invertido, hostil e ameaçador, mas também nossa própria natureza como hostil, porque o egoísmo nos coloca nesses estados, e não podemos domar ou destruí-lo.

Nós estamos esgotando os recursos naturais, embora saibamos que em mais de 20 anos, eles estarão esgotados. E o que vai acontecer então? Isso não importa. A principal coisa é aproveitar ao máximo, a fim de acumular “papel verde” no banco. Então, onde está a abordagem inteligente aqui? Nós fabricamos milhões de itens plásticos para jogá-los fora no lixo alguns meses depois, e depois o óleo com o qual fabricamos esse plástico vai ter ido embora, mas nós sequer pensamos nisso.

Todas essas manifestações hostis da natureza interna e externa em relação a nós forçam a pessoa a se “encolher” e esconder em algum canto. Ela não consegue controlar nem essa ou outra natureza, nem a sua ou uma externa.

Assim, nós nos encontramos na necessidade de cruzar o ponto de bifurcação. Acrescenta-se a isso, especificamente, o reconhecimento do mal em nossa natureza que nos posiciona contra a natureza externa e não nos permite considerar tudo de forma sábia, correta e sensata. O ego nos obriga a sermos atraídos à riqueza, honra, conhecimento e controle, e nós o utilizamos apenas de uma forma prejudicial.

Tudo isso é a revelação do dano resultante daquilo que aconteceu conosco nos últimos 30-40 anos. Até então tínhamos nos desenvolvido corretamente: as pessoas usavam a natureza quando era realmente necessário. Lembro-me que a garantia do primeiro refrigerador que eu comprei tinha 18 anos! Hoje nada disso existe! Hoje tudo é feito de propósito, de modo que o produto quebre o mais rapidamente possível. Mesmo que não esteja estregado, você será chamado para substituir o antigo pelo novo com um desconto.

Acontece que nós cruzamos a fronteira da atitude correta para com a vida, o mundo e a natureza. E nós precisamos reconhecer as nossas relações ruins conosco mesmos, com os outros e a natureza. E só depois disso será possível falar sobre o fato de que existe um sistema para se alcançar a harmonia.

Ele irá revelar um enorme mundo para nós que não é construído sobre opostos, sobre a escravidão absoluta e a total liberdade, mas sobre a correta linha do meio, o que significa que tudo vai estar equilibrado. Então, nós vamos ver que essa é exatamente a forma como a natureza funciona.

Assim, eu acho que as comunicações vão finalmente mudar, o pêndulo vai mudar, a amplitude de sua oscilação que se desvia na direção oposta do estado original chegará ao seu meio. Então, vamos começar a agir de forma mútua, e não através de dispositivos de comunicação, mas através da comunicação interna direta entre todos, não verbalmente, não externamente emocional, mas criando um campo comum de comunicação. Nós temos essas aptidões para as quais não precisamos de nenhum dispositivo. Nós simplesmente sentimos a tudo e a todos como um todo coletivo.

Da “Discussão sobre Formação Integral” 21/05/12

O Narcisismo Está Em Alta!

Dr. Michael LaitmanNas notícias (de Scientific American): “Um estudo recente descobre um declínio na empatia entre os jovens nos EUA…

“A empatia é a pedra angular do comportamento humano e tem sido considerada inata. Um futuro estudo, no entanto, desafia essa premissa, demonstrando que os níveis de empatia têm diminuído ao longo dos últimos 30 anos.

“A pesquisa, liderada por Sara H. Konrath, da Universidade de Michigan em Ann Arbor, e publicada on-line na Personality e Social Psychology Review, descobriu que a empatia relatada por estudantes universitários tem diminuído desde 1980, com uma queda especialmente acentuada nos últimos 10 anos. Para piorar a situação, durante este mesmo período o narcisismo relatado por estudantes alcançou novos níveis”.

Meu comentário: Esta é a consequência do crescimento exponencial do egoísmo em nosso tempo para o seu valor máximo, que não pode ser tolerado nem na sociedade nem na sua total oposição e violação do equilíbrio com a natureza.

Reconhecendo O Mal De Uma Boa Maneira

Dr. Michael LaitmanPergunta: Há notícias da Europa sobre a crescente crise econômica. Fala-se em estabelecer novas autoridades governamentais. Isso representa a expressão “e havia um novo rei no Egito” que a Torá nos fala?

Resposta: O problema não são os políticos. Diz-se: “Os corações dos ministros e reis estão nas mãos de Deus”. O cata-vento nos mostra a direção do vento e só nós podemos mudar sua direção – o grupo mundial Bnei Baruch, que trabalha muito duro experimentando descidas e subidas.

Pergunta: O que gostaríamos que acontecesse na Europa?

Resposta: Desejamos para eles, assim como para todo o mundo, reconhecer o mal de uma forma fácil. Depois de perceber e alcançar o reconhecimento do mal, as pessoas também perceberão a direção para bondade.

Portanto, nós temos que disseminar o mais amplamente possível a mensagem sobre a verdadeira razão para todos os problemas do mundo e sobre como corrigir a situação. O mundo está realmente no estado do reconhecimento do mal, e como exatamente isso vai acontecer depende do nosso trabalho. Nós somos os intermediários que podem orientar a humanidade para o bom ou mal caminho, ou algo entre os dois.

Ninguém pode imaginar que desastres podem ser esperados. A crise indica que não é apenas um colapso, mas o sistema global integral que é claramente revelado oposto ao sistema egoísta. Os círculos se opõem à linha reta, e a ligação entre eles está faltando. No seu conjunto, a humanidade não será capaz de se sustentar – tudo está em abundância, mas não há alimento. Este já é um problema espiritual.

Agora, há de tudo em abundância e suficiente para todos, mas olhe o que está acontecendo no mundo – disparidades entre as pessoas, desigualdade e suicídios. Em alguns segundos uma criança morre de fome. Isto não acontece entre animais, mas acontece com seres humanos.

A humanidade precisa desesperadamente da revelação do mal, mas de uma boa maneira. Espero que conduzamos o mundo nesta direção. Caso contrário, o “destino cego” irá nos enviar tais catástrofes e golpes, que decorrem das Luzes e dos vasos frente um ao outro. Quando não há um “adaptador” entre eles, isto conduz à guerra e destruição. É assustador pensar sobre tais eventos, especialmente se somos responsáveis por eles.

Não devemos esperar. Devemos começar a conectar assim que pudermos.

Baal HaSulam diz nos “Escritos da Geração Futura”: “Já expressei a minha opinião em 1933. Eu também já falei com os líderes da geração e as minhas palavras não foram aceitas por eles, embora eu tenha gritado e prevenido sobre a destruição do mundo, isto não deixou mais que uma impressão. Mas agora, após a bomba atômica e de hidrogênio acho que o mundo vai acreditar em mim, que o fim do mundo está muito próximo. Israel será o primeiro a se machucar, como foi na guerra anterior. Portanto, é melhor estimular o mundo, de modo que eles recebam o único remédio e, assim vivam e existam”.

Este é o nosso trabalho. Só nós podemos mudar as notícias.

Da 4ª parte da Lição Diária de Cabalá 11/06/12, “A Arvut (Garantia Mútua)”

O Dia Do Senhor E A Noite Do Senhor

Dr. Michael LaitmanPergunta: Do artigo do Baal HaSulam do livro Shamati, O que é o Dia do Senhor e a Noite do Senhor no Trabalho”, por favor esclareça o que significa “o dia do Senhor e a Noite do Senhor ” em oposição aos nossos dias e noites?

Resposta: Diz-se, para que desejais o dia do Senhor? Ele é trevas e não luz. A pergunta é: O que é o dia do Senhor? Se a pessoa se esforça em alcançar semelhança de propriedades com o Criador, então o dia do Senhor é um estado em que ela é capaz de doar. Não se trata de realizar seus desejos, mas sim um estado que é contrário a um desejo satisfeito, quando a pessoa exige apenas uma coisa: obter a qualidade de doação, a propriedade da fé acima da razão.

Em outras palavras, dentro de desejos em constante mutação, a pessoa sente escuridão e não se quer que a Luz brilhe neles, porque isso significaria que ela está em um estado chamado “dentro da razão”. O Criador quer que obtenhamos uma nova natureza, que irá permitir-nos sentir que somente quando nos elevamos acima a sensação de escuridão podemos realmente aprender a doar a Ele.

O que podemos doar? Apenas a nossa aspiração! Este é o ponto em que começamos a agradecer ao Criador por nos fazer egoístas, concedendo-nos enormes desejos individuais com os quais podemos brincar, e ao fazê-lo, aprender a ir contra eles. É como se o Criador quisesse preencher os nossos desejos egoístas e nós tivéssemos medo de receber Dele. É assim que subimos acima de nossos desejos; este processo dá-nos a chance de receber um “presente”, uma ajuda do Criador, que por sua vez, permite-nos perceber que o poder da nossa oposição faz o papel da verdadeira ajuda. É a nossa doação tangível para o Criador.

Nosso apelo nunca é verdadeiro, uma vez que os desejos que surgem em nós são completamente egoístas. Portanto, mesmo se nós orarmos para adquirir a qualidade de doação, nossas ações ainda são originárias do desejo de receber corrompido, o desejo que trazemos dentro de nós mesmos, o desejo de receber “por nossa causa”. É por isso que nossas demandas não são autênticas e são chamadas de “miskhak”, um jogo (brincadeira).

Por outro lado, o Criador também joga (brinca) com a gente, como é dito: Ele joga (brinca) com Leviathan. Isso significa que o propósito, que é a conexão do Criador com as criaturas, é só no jogo; não é uma questão de desejo e necessidade. Consequentemente, torna-se possível invocar e exigir que Ele nos conceda a qualidade de doação de uma maneira “não-séria”, tornado assim a Sua e a nossa seriedade equivalentes. Isso promove a nossa semelhança com Ele, a equivalência de forma.

Tudo o que temos que pedir é que na Luz constante do Criador fluamos acima de nossas condições internas que ocorrem por causa das Reshimot. Não há nada para pedir, exceto “boiar” acima das Reshimot, como se estivéssemos flutuando sobre as ondas, acima de quaisquer desejos que surjam em nós e todas as propriedades que temos. Nós devemos nos esforçar em superá-los, a fim de sermos capazes de doar ao Criador.

Esta é a única coisa que podemos dar a Ele; não há mais nada que possamos dar. Se não recebermos o poder de doação Dele, não seremos capazes de gerar estas propriedades por conta própria.

Se a pessoa fosse informada que o conhecimento formal iria ser sua recompensa por observar Torá e Mitsvot, (em vez de autossatisfação) ela diria, “Eu considero isso trevas, não luz”, uma vez que este conhecimento leva a pessoa à escuridão.