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Todos Precisam De Uma Educação Integral

Dr. Michael LaitmanA situação mundial está mudando rapidamente, e há uma necessidade em se criar um método integral de educação de adultos. Eu recebo muitas mensagens de vários países desenvolvidos: o desemprego está em ascensão.

As pessoas estão em prejuízo, apesar do fato delas estarem recebendo seguro-desemprego. Elas ainda são úteis, mas o que vai acontecer é desconhecido. Afinal, nós estamos falando de centenas de milhões de pessoas que vão perder o emprego porque a crise vai destruir todas as indústrias que não são de vital importância. O que farão as pessoas que produzem aquilo que ninguém precisa?

Nós vemos como os protestos estão crescendo devido à Internet, a comunicação mútua, e a nossa influência mútua. Toda a humanidade, desde os cidadãos comuns até os governos, tem interesse em controlar esse processo e prevenir o seu desenvolvimento espontâneo, porque as armas modernas mais o curso imprevisível de eventos podem levar a resultados desastrosos.

A fim de prevenir todos os tipos de desastres, guerras civis ou até mesmo mundiais, nós precisamos pensar com antecedência sobre a educação global e integral das massas.

Da Palestra sobre Educação Integral 11/12/11

Ajude-se A Nascer!

Dr. Michael LaitmanOpinião: (Jeff Harding, jornalista, ETF Daily News): “O resto do mundo continua a desacelerar e os dados negativos estão se acelerando. As grandes potências mundiais, a zona do euro, incluindo a Alemanha, Japão e China estão liderando essa tendência e não há razão para acreditar que os EUA não vão seguir.

“Os bancos centrais do mundo, incluindo o Fed, têm feito todo o possível para apoiar suas economias com dinheiro abundante.

“Enquanto essas economias estão se retraindo, a demanda por commodities, bens de capital e bens manufaturados declinam”.

Meu comentário: Mas é maravilhoso que a crise esteja se expandindo! Até os dias de hoje, a humanidade passou pelos estágios “inanimado”, “vegetal” e “animal” do seu desenvolvimento. A crise é o nascimento de um novo nível do nosso desenvolvimento: o nível “humano”.

Este é o nível da ascensão do homem acima do seu corpo e da existência na nova realidade de “Adão”, isto é, na nossa percepção integral de nós mesmos e do mundo. Nós só somos obrigados a olhar para o mundo de forma diferente, sem nos apegarmos ao passado, mas examinando o que a natureza faz com a gente e para onde nos leva. Nós não devemos resistir, mas compreender a tendência e facilitar o nosso nascimento no novo mundo.

Ajuste Fino À Frequência Correcta

Dr. Michael LaitmanO que é o meu “eu”? Eu existo, sinto, vivo, e percebo a realidade… Mas não sei o que é o “eu”. Eu só sei que é a forma na qual eu sinto a mim mesmo. Existe o “eu” e existe o ambiente. De onde vem esta sensação? Vem do meu desejo de receber. Sinto todo o tipo de prazeres e deficiências de uma forma ou outra, e eles são parte da minha percepção, sensação, cognição e entendimento.

Em geral, os meus vasos compõem o desejo de receber. Em certa medida, eles estão cheios e noutra medida eles estão vazios. O desejo que está dividido em cinco níveis de desenvolvimento (inanimado, vegetal, animal, falante e a raiz) compõe a sensação do meu corpo pessoal, minha vida, meu “eu”, e o ambiente. Entretanto, eu tenho de apreender a essência do meu desejo com tudo o que está dentro dele. O que é este desejo? O que significa senti-lo?

Eu estou nele, e ele radia esta sensação de si próprio e da realidade externa. A sensação do eu é o meu corpo. A sensação da vida exterior é composta de muitas pessoas e do universo inteiro. Tudo isto está retratado e presente dentro do meu desejo.

Estas coisas devem ser esclarecidas à luz do livre arbítrio: Como posso usá-las? Em que direcção devo direccioná-las? Posso fazer o que quiser com estas sensações? Ou posso usá-las apenas se me virar numa certa direcção? Tenho de encontrar a “frequência” correcta, o intervalo correcto de frequências nas quais verei a imagem inteira e o caminho para o objectivo? Em tal caso, todas as outras vias estão fechadas. Não são para mim.

Uma abordagem muito delicada é necessária aqui, a única abordagem que me permitirá ver a imagem com a luz correcta. Todas os outros caminhos me dão imagens falsas e distorcidas, e eu pagarei caro por sua falsidade. O ponto principal aqui é perceber o que eu devo fazer e onde devo ir. Para fazer isso, eu sintonizo-me ao intervalo de frequências desejado, escolho a “fenda” correcta, de forma a olhar para a minha realidade interna e externa. Tal abordagem leva-me à única acção possível que devo realizar – essa do livre arbítrio.

Tudo o resto é irrelevante. Mesmo se não souber nada mais, não faz diferença. O ponto principal é que eu sei isto. Toda a minha vida e o futuro dependem disto. Ao preencher este princípio “subtil”, posso também mudar tudo o resto, ao extremo. Devo lidar com o que é importante e não com qualquer outra coisa, porque então eu apenas irei estragar as coisas.

Assim, o livre arbítrio deve proteger-me de acções falsas e prejudiciais que exigirão grandes esforços a corrigir. Preciso atingir a essência da forma mais curta possível e perceber isto.

Para isso, o Baal HaSulam explica que cada estado em que eu estou está dividido em quatro partes. Se eu me conheço a mim mesmo, eu estou sob o seu controlo. Estes são os factores:

  • A fonte;
  • A conduta inalterável de causa e efeito;
  • A conduta interna de causa e efeito;
  • A conduta de causa e efeito de coisas alheias.

A fonte é a natureza inalterável, a essência, que recebi mesmo antes de sentir a mim mesmo aqui e agora. Uma pessoa pode perguntar sobre suas questões como, porquê, e para quê, mas não irá alterar a realidade. Você é o que você é, e você avança numa rua de sentido único, do início ao fim. A distância que você percorreu é o passado, e não adianta queixar-se dele. Tudo o que tem de fazer é descobrir como tornar o futuro melhor.

Relativamente à conduta de causa e efeito, aqui também, como o Baal HaSulam diz, não há nada que você possa fazer. Claro, o trigo irá crescer de um grão de trigo, e o arroz irá crescer de um grão de arroz. Estas mudanças são adições à fonte, elas se vestem sobre ela. Além dos dados iniciais que existem na Reshimo, na “partícula de informação” que contém tudo, há também o resto do desenvolvimento, o segundo factor, que é também predeterminado. Isto significa que a pessoa deve procurar o livre arbítrio no terceiro e quarto factores.

Da 4ª parte da Lição Diária de Cabalá 18/12/11, “A Liberdade”

O “Albergue” Do Mundo Superior

Dr. Michael LaitmanPergunta: O ponto de união está situado entre a união física e espiritual? Ou será que a união física nem existe?

Resposta: A união física não faz diferença alguma aqui. Quando nos encontramos, nós constantemente procuramos de forma inconsciente esse ponto dentro de nós. Agora, nós começaremos a trabalhar com ele e entendê-lo.

Foi importante alcançarmos o estado do nosso ponto de contato. Agora que ele foi alcançado, nós precisamos apenas desenvolvê-lo. Mesmo aqueles que não o alcançaram podem vir a sentir esse contato, já que ele é nossa aquisição comum.

Agora nós só temos que ampliar este ponto, apesar de todos os obstáculos. Nós precisamos entender que os obstáculos são destinados precisamente para ampliá-lo, para fazê-lo crescer.Eu espero que ao longo dos próximos meses venhamos a formar as dez primeiras Sefirot a partir disso. Esta será a primeira demonstração da nossa alma.

Nestas dez Sefirot nós começaremos a sentir as forças, o plano, o fluxo, a entrada e a saída da Luz. Nós começaremos a sentir todos os movimentos nelas como num organismo vivo, e começaremos a viver a nossa vida comum interior. A alma, ao invés de apenas um ponto de contato, emergirá de dentro de nós. O Criador criou uma criatura, e cada um de nós começá a sentir a si mesmo nela. Em outras palavras, ela será o nosso “albergue”.

Gradualmente, nós começaremos a perceber os nossos corpos físicos como algo que nos acompanha. A ampliação do ponto de união, a expansão dessa qualidade superior começará a prevalecer sobre tudo, de tal forma que praticamente não associaremos nós mesmos a nossos corpos. Nós perceberemos a nós mesmos como vivendo apenas no ponto de união. Enquanto isso, nossos corpos gradualmente se tornarão cada vez mais distantes, irrelevantes e desnecessários, até se dissolverem completamente, como se não existissem.

Da Série Lição Virtual aos Domingos 11/12/11

“Religião” Como Escola Para Avançar Em Direcção Ao Criador

Dr. Michael LaitmanO Ari escreve no livro A Árvore da Vida (século XVI) que após sair do mundo animal através da etapa de transição dos macacos, nós adquirimos a forma humana. Isto ocorreu tanto no nível físico, corpóreo, como no emocional, espiritual: Nós desenvolvemos interiormente os desejos das naturezas inanimada, vegetal e animal, até chegarmos aos desejos egoístas do quarto grau, o humano. O grau humano está também dividido nestes quatro níveis, mas como um todo, a humanidade é diferente do resto no seu padrão único de desenvolvimento.

O desenvolvimento anterior continuou no nível material, limitado a absorver e excretar substâncias. A natureza inanimada está quase sempre restringida a processos internos; a vegetal troca substâncias com o ambiente circundante: respira, consome e excreta, mas apenas de uma forma muito restrita.

Dado tudo isso, o grau vegetal da natureza depende inteiramente das condições externas; não se move de seu lugar e está sujeito ao ciclo das estações. A natureza animal tem menos restrições: seus representantes deslocam-se de um local para outro, possuem um desejo mais desenvolvido, têm formas especializadas de produzir descendência, e conseguem consumir melhor alimento e excretar resíduos. Isto, em essência, é a conclusão do desenvolvimento externo, material.

Deste ponto em diante um quarto grau especial é adicionado a ele. Mas primeiro perguntemo-nos a nós próprios: Porquê não pode o processo ser completo neste nível? Porquê não pode a terceira fase da Luz Directa tornar-se a final?

Keter, também conhecida como a raiz, fase zero, criou o desejo de receber, a primeira fase (Behina Aleph) e preencheu-o. Então, este desejo ansiou por tornar-se como o superior, que já é a segunda fase (Behina Bet), o desejo de doar. De forma a doar ao superior, a segunda fase toma uma decisão: “Eu devo receber”. Então, do centro de Bina forma-se um novo estado para si mesma, a terceira fase (Behina Gimel), Zeir Anpin, que recebe de forma a doar.

O que é que falta aqui? Aparentemente, a terceira fase tem tudo! Ela tem tudo excepto a sua independência, conhecimento próprio, e percepção do superior, tudo excepto o seu “eu”. Falta-lhe o desenvolvimento interior em relação ao superior. Por outras palavras, ele requer uma ligação com a sua raiz, a única coisa que lhe permitirá continuar o seu caminho.

É aqui que surge a quarta fase (Behina Dalet) ou Malchut. Esta é uma fase única, caracterizada pelo desenvolvimento interior, qualitativo.

Até este ponto o desejo já se desenvolveu no seu curso devido. Vemos isto no nosso mundo, que tem egoísmo mais que suficiente. Agora, nós temos de nos desenvolver qualitativamente de forma a apreender a raiz superior. O mundo já percebeu o seu egoísmo e compreendeu o que pode e o que não pode satsifazê-lo. Todas as formas foram tentadas, como resultado nós crescemos e destruímos tudo. A única forma que permanece agora é a questão da conexão com o superior, o Criador: de onde eu venho e para onde vou?

Esta é precisamente a quarta fase: o grau do verdadeiro desenvolvimento do homem, acompanhado pelos desejos das outras fases. Daqui é necessário entender o que a “religião” é no contexto do desenvolvimento. Ela é um mecanismo especial, um método especial que nos permite compreender a distância entre eu e o Criador. Ela pertence apenas ao nível humano.

Quem, então, pode começar a fazer este trabalho? Aquele que sente a separação do Criador, que sente a inclinação em direcção a isto. Por outras palavras, são apenas aqueles que têm um ponto no coração. Todos os outros estão nas etapas anteriores de desenvolvimento: inanimado, vegetal, e animal.

É por isso que percebemos esta diferença, a separação, a pressão, o impulso em direcção a algo. Ele desenvolve dentro de nós o sentimento de reconhecimento do mal.

O que é o mal? Talvez eu experimente sensações negativas porque não fui capaz de roubar algo e fugir despercebido? Ou é porque estou ciente do mal em relação ao Criador? Assim, a “religião” neste sentido é uma escola de educação interna e externa, que me revela o quão distante eu ainda estou do Criador e como eu posso superar o abismo.

Isto não tem absolutamente nenhuma ligação com as noções tradicionais de “religião”. Existe o homem, e existe a força superior. A questão está apenas no reconhecimento do quão opostos somos e na superação desta lacuna.

Da 4ª parte da Liçáo Diária de Cabalá 29/11/11, “A Essência da Religião e o Seu Propósito”

Perguntas Sobre Ser Um Cabalista E A Situação No Oriente Médio

Dr. Michael LaitmanPergunta: O Cabalista é a pessoa mais feliz de todas?

Resposta: Sem dúvida, porque ele sente que o Criador precisa dele!

Pergunta: Como exatamente a re-postagem desta opinião (em inglês), dessa explosão de ódio, é útil?

Resposta: Se você se refere a minha opinião sobre o incitamento à insubordinação nos países do Oriente Médio, em Israel em particular, e como isso volta como um bumerangue para aqueles que a iniciaram, eu apenas explico a conexão do mundo e revelo as conseqüências negativas dos atos míopes dos líderes estrangeiros sobre si mesmos.

Uma Desintegração Em Prol Da União

Dr. Michael LaitmanBaal HaSulam, “A Liberdade“: Veja, por exemplo, um talo de trigo que apodreceu no solo e chegou ao estado de semear muitos talos de trigo. Assim, o estado podre é considerado a “fonte”, o que significa que a essência do trigo arrancou sua forma anterior, a forma de trigo, e assumiu um novo discernimento, o de trigo podre, que é a semente chamada “fonte”, que não tem forma alguma.

Por que o talo de trigo do nível anterior não é considerado a “fonte?” Porque ele ainda possui sua própria forma e não é a raiz do próximo estado. A semente de trigo deve desintegrar-se, transformar-se em “pó”, o potencial do futuro estado, e assim será capaz de germinar como um novo broto. Portanto, é necessário o estado da desintegração no meio.

Pergunta: Qual é o propósito desta desintegração?

Resposta: Perder a forma anterior, a fim de assumir a próxima forma. Isto não pode acontecer de outra maneira. Desta maneira, Keter se transforma em Malchut, que nasce numa nova Keter, repetidamente.

PerguntaA que pessoa deve aspirar neste trabalho: perder a forma atual ou adquirir uma nova?

Resposta: Acelerar o avanço, ou seja, aumentar a frequência das mudanças de estado. Cada vez eu devo lutar por uma nova forma. Deixe que o estágio de desintegração fique no caminho, eu não me importo. Eu entendo que ele é necessário.

Da mesma forma, nós precisamos dormir, como que desaparecendo na não existência. Não é uma pena perder essas horas de vida? No entanto, sabemos que sem dormir a confusão do dia anterior não vai ficar organizada em prateleiras e gavetas dentro de nossas cabeças. Todas as minhas experiências precisam passar por processamento, indexação e armazenamento. Só então estarei pronto para o novo trabalho e percepção.

Pergunta: Então, como você acelera a velocidade?

Resposta: Com a ajuda do ambiente, que forma o desejo correto em mim.

Pergunta: E a pessoa sempre precisa lutar pelo o próximo estado?

Resposta: A pessoa sempre precisa se esforçar pela união de Israel, a Torá e o Criador. Este é o próximo estado. A mesma união sempre, apenas num nível mais elevado, mais poderoso, mais “suculento”, de melhor qualidade: eu, o grupo e a força comum de doação, o Criador, em nós.

Da 4ª parte da Lição Diária de Cabalá 15/11/11, “A Liberdade”

Quebrando O Muro De Ferro No Coração

Dr. Michael LaitmanBaal HaSulam abriu sua Introdução ao Estudo das Dez Sefirot“com estas palavras: “o início das minhas palavras, sinto uma grande necessidade de quebrar um muro de ferro que nos tem separado da sabedoria da Cabalá, desde  a ruína do Templo até à geração actual. Ele se encontra pesadamente sobre nós e levanta o receio de nos termos esquecido de Israel”.

De acordo com sua definição, a sabedoria da Cabalá é o meio de revelação do Criador para os seres criados. O Criador é a única força superior que existe e comanda a criação. O ser criado está completamente desprendido Dele e não sabe porquê, para quê, e como  existe. E aqui aparece o meio chamado de “a sabedoria da Cabalá”, projetado para conectar o Criador e o ser criado.

Esta conexão é chamada de “revelação do Criador ao ser criado”, e é realizada de acordo com o desenvolvimento do ser criado. O Criador está oculto não porque Ele se oculta de nós de propósito, mas porque os atributos do ser criado não lhe permitem atingir o Criador e descobri-Lo.

Assim, é necessário mudar os atributos do ser criado, dados a ele desde o início, por outros atributos. Então, o que ser criado vai descobrir o Criador e tornar-se semelhante a Ele. Isso significa que ele vai chegar à mesma forma de existência.

Até a destruição do Segundo Templo, a sabedoria da Cabalá foi revelada. Isto significa que o Criador era revelado aos seres criados que estavam em contato com Ele e eram chamados de “nação de Israel”. Mas depois, após a queda, os atributos daqueles que estavam em conexão com o Criador foram danificados. Isso é chamado de “a destruição do Templo”.

Então, a sabedoria da Cabalá desapareceu. A conexão entre o Criador e o ser criado desapareceu, e não existe desde então. Agora, o Baal HaSulam quer restaurá-la, o que significa restaurá-la da mesma forma que existia anteriormente, antes da destruição. Agora, precisamos restaurar esta conexão com os desejos quebrados que foram completamente cortados e distanciados da revelação do Criador e de equivalência de forma com Ele.

Assim, a sabedoria da Cabalá que o Baal HaSulam nos revela é diferente da que existia no passado. No passado, ela pertencia ao sistema já existente de conexões e formas. Mas em nossos dias as pessoas não sabem o que o Criador é. O ser criado está quebrado e disperso. Não é mais um pequeno grupo que está mais ou menos corrigido, mas uma enorme humanidade onde estes desejos quebrados estão espalhados.

Assim, devemos despertá-los e fazer uma longa viagem até que a humanidade comece a descobrir o Criador. Até lá teremos de passar por um grande número de estágios de correção.

Esses estágios de correção não são semelhantes aos que o pequeno grupo que já foi quebrado atravessou. Agora, um grupo grande de pessoas está envolvido, incluindo “o coração de pedra (Lev ha Even)” e todos os atributos do AHP (os desejos de receber). Assim, não é apenas revelar a sabedoria da Cabalá. Nós também devemos passá-la corretamente para nossa geração.

Baal HaSulam chama essa separação, a barreira, que existe dentro de nós e não nos permite descobrir o Criador e o mundo espiritual de “muro de ferro”. É chamado assim porque é de fato tão grande e forte! E não esperem que ele vá embora e desapareça por si só, ele tem a intenção de quebrá-lo.

Essa barreira existe no coração de cada pessoa. E o Baal HaSulam quer chegar ao coração de todos e realizar esta obra nele. Isso significa que ele, estando certo que tem força suficiente e se poderia até mesmo dizer “descaramento” por declarar que é capaz de fazer isso, assume a responsabilidade para penetrar o ser criado.

Na verdade, este muro de ferro é a separação existente entre a Luz que subiu ao mundo da Atzilut após a dispersão e os desejos que caíram dos mundos de BYA (Beria, Yetsira, e Assia) e foram separados da Luz. A diferença entre eles é esse próprio muro que cresceu à medida que o egoísmo se desenvolveu e adicionado a si todos os nossos estigmas, tradições, religiões e crenças sobre a Cabalá, e calúnias contra esta sabedoria e os Cabalistas.

Baal HaSulam terá que quebrar todas essas barreiras em sua introdução. Mas também devemos participar neste avanço. Afinal de contas, nós só recebemos dele os meios com os quais temos de continuar a trabalhar por conta própria, para quebrar esta partição.

Esta declaração é o título de todos os ensinamentos do Baal HaSulam. Isso explica porque ele revelou a Cabalá e a ofereceu a nós, que é especificamente pelo propósito mencionado acima.

Da 3ª parte da Lição Diária de Cabalá 18/12/11, Introdução ao Estudo das Dez Sefirot”

A Alegria Do Nascimento

Dr. Michael LaitmanEu sou otimista. Eu acho que estamos avançando maravilhosamente. Eu estou forçando mais e mais, mas estou certamente feliz a cada momento, que tudo está sendo revelado com tanta rapidez.

Devemos manter a admiração e a alegria, não deixando lugar para tristeza. Mesmo a falta de satisfação pode aparecer somente a partir da felicidade e desejo por algo maior. Em outras palavras, é preciso ser feliz a partir do desejo ardente em nós, e mesmo que não tenhamos um desejo, nós devemos estar felizes que sentimos e compreendemos isso. Se uma pessoa se conecta com a espiritualidade, mesmo um pouco, ela já está a caminho. Ela só pode criticar e ficar triste por um momento, a fim de retornar imediatamente para a felicidade e determinação.

De acordo com todos os cálculos (apesar de ser impossível fazê-los), estamos à beira da salvação. Mesmo o Baal HaSulam escreveu sobre isso, e isso é ainda mais correto hoje, depois de tanto tempo, depois de tantos esforços que foram investidos.

Estou certo de que vamos atravessar um período maravilhoso de preparação agora, antes  do avanço que pode ocorrer a qualquer momento. Isso não dependente tanto dos eventos que planejamos no futuro.

Nós mantemos uma conexão forte e maravilhosa. A convenção amarrou novas cordas dessa conexão entre todos os grupos, e apesar das distâncias físicas, o entusiasmo já está se dissipando entre nós. Já existe um ponto de solda que nos conecta entre nós, que não existia antes. Este já é o começo do Kli (vaso ou desejo) espiritual, que é o que vai nos manter e salvar.

Vamos superar os obstáculos, e ao fazê-lo, adicionar novos esforços a este ponto – e nascermos.

Da Conversa durante a Refeição 17/12/11