Ajuste Fino À Frequência Correcta

Dr. Michael LaitmanO que é o meu “eu”? Eu existo, sinto, vivo, e percebo a realidade… Mas não sei o que é o “eu”. Eu só sei que é a forma na qual eu sinto a mim mesmo. Existe o “eu” e existe o ambiente. De onde vem esta sensação? Vem do meu desejo de receber. Sinto todo o tipo de prazeres e deficiências de uma forma ou outra, e eles são parte da minha percepção, sensação, cognição e entendimento.

Em geral, os meus vasos compõem o desejo de receber. Em certa medida, eles estão cheios e noutra medida eles estão vazios. O desejo que está dividido em cinco níveis de desenvolvimento (inanimado, vegetal, animal, falante e a raiz) compõe a sensação do meu corpo pessoal, minha vida, meu “eu”, e o ambiente. Entretanto, eu tenho de apreender a essência do meu desejo com tudo o que está dentro dele. O que é este desejo? O que significa senti-lo?

Eu estou nele, e ele radia esta sensação de si próprio e da realidade externa. A sensação do eu é o meu corpo. A sensação da vida exterior é composta de muitas pessoas e do universo inteiro. Tudo isto está retratado e presente dentro do meu desejo.

Estas coisas devem ser esclarecidas à luz do livre arbítrio: Como posso usá-las? Em que direcção devo direccioná-las? Posso fazer o que quiser com estas sensações? Ou posso usá-las apenas se me virar numa certa direcção? Tenho de encontrar a “frequência” correcta, o intervalo correcto de frequências nas quais verei a imagem inteira e o caminho para o objectivo? Em tal caso, todas as outras vias estão fechadas. Não são para mim.

Uma abordagem muito delicada é necessária aqui, a única abordagem que me permitirá ver a imagem com a luz correcta. Todas os outros caminhos me dão imagens falsas e distorcidas, e eu pagarei caro por sua falsidade. O ponto principal aqui é perceber o que eu devo fazer e onde devo ir. Para fazer isso, eu sintonizo-me ao intervalo de frequências desejado, escolho a “fenda” correcta, de forma a olhar para a minha realidade interna e externa. Tal abordagem leva-me à única acção possível que devo realizar – essa do livre arbítrio.

Tudo o resto é irrelevante. Mesmo se não souber nada mais, não faz diferença. O ponto principal é que eu sei isto. Toda a minha vida e o futuro dependem disto. Ao preencher este princípio “subtil”, posso também mudar tudo o resto, ao extremo. Devo lidar com o que é importante e não com qualquer outra coisa, porque então eu apenas irei estragar as coisas.

Assim, o livre arbítrio deve proteger-me de acções falsas e prejudiciais que exigirão grandes esforços a corrigir. Preciso atingir a essência da forma mais curta possível e perceber isto.

Para isso, o Baal HaSulam explica que cada estado em que eu estou está dividido em quatro partes. Se eu me conheço a mim mesmo, eu estou sob o seu controlo. Estes são os factores:

  • A fonte;
  • A conduta inalterável de causa e efeito;
  • A conduta interna de causa e efeito;
  • A conduta de causa e efeito de coisas alheias.

A fonte é a natureza inalterável, a essência, que recebi mesmo antes de sentir a mim mesmo aqui e agora. Uma pessoa pode perguntar sobre suas questões como, porquê, e para quê, mas não irá alterar a realidade. Você é o que você é, e você avança numa rua de sentido único, do início ao fim. A distância que você percorreu é o passado, e não adianta queixar-se dele. Tudo o que tem de fazer é descobrir como tornar o futuro melhor.

Relativamente à conduta de causa e efeito, aqui também, como o Baal HaSulam diz, não há nada que você possa fazer. Claro, o trigo irá crescer de um grão de trigo, e o arroz irá crescer de um grão de arroz. Estas mudanças são adições à fonte, elas se vestem sobre ela. Além dos dados iniciais que existem na Reshimo, na “partícula de informação” que contém tudo, há também o resto do desenvolvimento, o segundo factor, que é também predeterminado. Isto significa que a pessoa deve procurar o livre arbítrio no terceiro e quarto factores.

Da 4ª parte da Lição Diária de Cabalá 18/12/11, “A Liberdade”