A Conexão Entre O Livre Arbítrio E A Moralidade

Dr. Michael LaitmanUm experimento de fisiologia e os seus resultados:

Objetivo: “Terá uma crença no livre arbítrio uma relação com a moralidade? Será que a crença na liberdade fará uma pessoa mais ou menos ética?”

Experimento: “Trinta pessoas foram escolhidas e divididas em dois grupos de 15 pessoas. A um grupo foi dado passagens e afirmações que pareciam atestar que o livre arbítrio não existe. Foi-lhes pedido que lessem os pontos de vista de filósofos e cientistas deterministas que afirmavam que a liberdade era apenas uma ilusão. Uma das passagens lida foi do livro de Francis Crick (Crick juntamente com Watson descobriu a estrutura do DNA), A Hipótese Inacreditável: ‘Você, os seus gostos e desgostos, as suas memórias e as suas ambições, o seu senso de identidade pessoal e liberdade, são de facto não mais que o comportamento de uma vasta reunião de células nervosas e as suas moléculas associadas. Você não é mais que um pacote de neurónios’.

“Assim, a um grupo foi dado para ler passagens “anti-livre arbítrio”. Ao outro grupo foi dado para ler passagens neutras que não diziam nada sobre o livre arbítrio ou a falta dele”.

Teste: “Então, os dois grupos receberam um conjunto de questões matemáticas para ser resolvido num computador. O programa do computador que fazia as perguntas tinha um erro que os estudantes podiam usar para trapacear no teste. Depois do teste os examinadores verificavam os resultados de qual grupo tinha trapaceado mais. Os sujeitos do experimento pensavam que este era sobre capacidades matemáticas, mas na verdade a experiência era sobre quem trapaceava mais”.

Resultado: “Os examinadores descobriram que o grupo recebeu as passagens “anti-livre arbítrio” para ler trapaceou muito mais quando comparado com o grupo que não leu passagens relacionadas com o livre arbítrio”.

Conclusão: “Assim, o estudo sugeriu que uma crença no livre arbítrio torna a pessoa mais ética. A pessoa que acredita no livre arbítrio tende a responsabilizar-se por suas ações. Quem não acredita no livre arbítrio tende a associar a responsabilidade moral ao determinismo: tinha de acontecer dessa forma!

“Assim, os cientistas pensam que podemos não ter livre arbítrio, mas uma crença no livre arbítrio mantérá a sociedade mais ética. Os nossos neurónios cerebrais determinísticos se excitam baseados no seu estado anterior, mas um dos componentes do estado é o nosso sistema de crenças. E tendo acreditado no livre arbítrio no sistema faz com que os neurónios se excitem mais “moralmente” que quando o cérebro não tem esta crença”.

Meu Comentário: A Cabalá pega todos os pontos de vista opostos e combina-os, dizendo que o ser humano não tem liberdade alguma; ele é completamente influenciado pelo ambiente. Contudo, ele pode escolher o ambiente sozinho e assim mudar a si mesmo sob a sua influência. Desta forma, ele pode mudar o seu próprio destino. (Veja o artigo do Baal HaSulam “A Liberdade”)