Nossa dificuldade toda reside no fato de que nós existimos em um mundo de matéria, e é dele que precisamos para revelar o mundo espiritual. A fim de revelá-lo, é preciso vir preparado com um desejo, um vaso que já é composto por duas linhas juntas, para que possamos nos unir em uma linha média, pois é precisamente a linha média que expressa o nosso grau de similaridade com a Luz.

Sem as duas linhas – a esquerda e a direita –  é impossível uni-las juntos em harmonia e para construir uma Luz de qualidade entre elas. Nem a direita nem a linha da esquerda tem a qualidade da Luz – que deve vir de mim, de modo que “a escuridão que brilha como a luz” – o desejo de receber deve tornar-se semelhante a ela!

Portanto, até mesmo “auto-rejeição”,  quando eu entrar no estado de um embrião espiritual, o menor nível espiritual , já ocorre no âmbito dessas duas linhas, o que afeta a harmonia e ligação entre elas.

Nunca em nosso caminho espiritual seremos capazes de sentir o Criador em qualquer outro lugar, mas na linha média. Sou levado a outros estados, mas neste caso eu o arranco do Criador. Eu posso senti-lo só se eu estiver situado na linha média, quando eu forma-la em mim. Isto é como equilibrar a agulha de uma escala vertical. A escala “(Moznaim) vem da palavra” orelha “(Awzen), audição, Bina.

Devo estar nesta linha vertical média – só não posso senti-Lo. Esta é a linha de Zeir Anpin, o Criador. E se eu mudar mesmo ligeiramente ao lado, ele desaparece!

A partir da parte 3 da Lição Diária de Cabalá do dia  4/9/10, O Zohar

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