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A Vida É Um Jogo

610.2Pergunta: Na infância, brincar/jogar é o estado de crescimento mais normal. E ajudamos as crianças com isso: damos a elas kits de construção, quebra-cabeças e sugerimos todos os tipos de jogos. As crianças brincam e se desenvolvem.

Então, os jogos lentamente desaparecem da vida. Eu queria te perguntar: e os adultos? Devemos ter jogos em nossas vidas?

Resposta: Devemos continuar a jogar ao longo de nossas vidas. Se uma pessoa não joga, ela não cresce, mesmo aos 30, aos 40, aos 50 anos.

Comentário: Mas eu cresci, já sou adulto. Adquiri conhecimento, uma profissão.

Minha Resposta: Então, este também é um jogo porque você está jogando contra outra pessoa, quem você quer ser. E quando uma pessoa para de jogar, ela simplesmente serve ao seu corpo. Ela começa a voltar do nível do homem para o nível do animal. E é aqui que termina a vida de uma pessoa. Por alguns anos ela ainda viverá na forma de um animal servindo ao seu corpo. E isso é tudo.

Pergunta: Por que as pessoas pensam que brincar é coisa de criança? Quando uma pessoa diz que está brincando, está falando de algo inventado.

Resposta: Claro, uma invenção. Eu inventei. O que significa ousar? É tocar algo cada vez maior; tudo isso é aspiração, impulsos. Como crianças, em tudo o que brincam, elas querem melhorar. Nosso jogo deveria ser natural também, mas nós o perdemos.

Na adolescência, a pessoa já tem tudo, não exige nada e deixa de brincar.

Pergunta: Então, essa é a base de todas as depressões, drogas e assim por diante? As pessoas param de jogar?

Resposta: A vida não força ninguém a brincar.

Pergunta: A vida deve forçá-la a jogar?

Resposta: “O que é a nossa vida? Um jogo!” Só um jogo diferente!

Eu realmente me examino e avalio: há algum desejo em mim de ficar parado? Eu gostaria no último minuto de aspirar – bombear! E isso é tudo. Está tudo bem.

Pergunta: Neste ano de pandemia, o jogo é uma forma de sair do estado em que a humanidade está agora? Ela está em um beco sem saída, em reflexão.

Resposta: Claro. Devemos jogar o estado que desejamos alcançar. Como disse Kozma Prutkov: “Se você quer ser feliz, seja feliz”. Isso é verdade.

Pergunta: Que jogo devemos jogar agora? Agora, neste tempo nebuloso?

Resposta: Devemos brincar de amizade e amor. O que mais existe em uma pessoa? Quando isso desaparece, a vida não tem mais sabor.

Pergunta: Então este é o jogo principal? O tempo todo?

Resposta: Claro. Flertando com a vida.

Pergunta: E quando você diz “amizade e amor”, é um pelo outro, por alguém próximo, distante, pelo mundo? Você colocou tudo lá?

Resposta: Claro, isso é tudo. Deve haver movimento.

Pergunta: Mas se isso é um jogo e eu entendo internamente que não trato os outros dessa forma?

Resposta: Não importa. Mesmo se eu fizer isso de propósito, posso não tratá-lo assim inicialmente, e depois crio.

Pergunta: Eu crio este mundo de jogo: não o trato assim, mas quero amá-lo o tempo todo, quero ser amigo dele. Então este mundo aparece neste nível. Eu estou entrando nele? Isso acontece?

Resposta: O que você deseja que aconteça, acontecerá.

Pergunta: Nosso jogo principal é o jogo da amizade e do amor?

Resposta: Sim. Não vamos chamar isso de amizade e amor. É muito infantil. Só boas conexões entre nós, assistência mútua, sentindo a necessidade de boas relações podem nos levar a um novo mundo. Caso contrário, não há nada.

O novo mundo é uma nova sociedade onde cada vez mais sentirei que minha saúde física e mental depende de todos ao meu redor e a deles, da minha. E nós estamos constantemente tão incluídos uns nos outros que é impossível se separar.

Eu devo compreender que existe tal lei da natureza, uma lei muito estrita, que minha atitude para com os outros determina a atitude deles para comigo. Isso é tão estranho para nós. Mas se realmente tentarmos, então, é claro, veremos gradualmente que o mundo depende apenas de nossa atitude em relação a ele e ele mudará para melhor. Ou seja, você projeta seu mundo.

De KabTV, “Notícias com o Dr. Michael Laitman”, 04/01/21

Como Perceber A Dezena?

528.02Pergunta: Eu fico pensando em como posso encontrar uma dezena mais confortável, uma mais carismática. Não estou feliz com a que tenho agora. Esses pensamentos vêm quando temos um workshop e meus amigos não me inspiram. O que devo fazer neste momento?

Resposta: Lamento ouvir essas coisas, isso é muito triste. Devemos perceber a dezena como um fenômeno divino da estrutura de um universo ideal completo. O fato de que me parece que este tem orelhas tortas, outro tem um nariz torto, este é vesgo, aquele está dormindo, este precisa que seu QI seja testado, e assim por diante, significa que esta não é uma dezena, não se eu vir meus amigos dessa maneira.

Quer dizer, pode ser uma dezena, mas não estou nela. Seria melhor se eu a deixasse.

Pergunta: Isso depende de uma pessoa, da raiz de sua alma? Ou ela apenas vê tudo dessa maneira, como preto?

Resposta: Ela pode ver dessa forma. Mas, por outro lado, ela deve se curvar gradualmente, mesmo de forma física.

Digamos que você está agora entre os nove amigos e você é o décimo, então abaixe a cabeça abaixo dos joelhos e sente-se como um cavalo que abaixa a cabeça. Agora tente fazer isso não fisicamente, mas internamente. Tente aceitar que tudo o que há em você é terrível, feio, e tudo o que há nele é perfeito.

De KabTV, “Professor — Aluno”, 07/02/19

“Por Que Choramos?” (Quora)

Dr. Michael LaitmanMichael Laitman, no Quora: Por Que Choramos?

Chorar vem de concordar que estamos sem energia, que nosso destino não está em nossas mãos; que existe um “algo” superior em nossas vidas, sobre o qual nada podemos fazer; e que, em última análise, não temos ideia do que está acontecendo em nossas vidas.

Choramos porque nos sentimos fracos e desamparados. Ao fazer isso, também cedemos à força superior, uma força maior da natureza que existe na realidade.

Em nossa realidade corporal, chorar é a nossa forma de nos expressarmos quando queremos o que está fora do nosso alcance, ou quando sentimos um certo tipo de compaixão por outras pessoas, ou seja, nos imaginando no lugar de outras pessoas e tendo medo das mesmas ocorrências negativas ocorrendo conosco.

Na espiritualidade, o choro é a expressão da participação passiva em nossa correção espiritual, ou seja, a transformação de nossa intenção egoísta de receber em uma intenção de amar e doar. Ou seja, chorar é um sinal de que nós (como um Partzuf espiritual ou alma) estamos espiritualmente fracos, no estado chamado “Katnut” (“pequenez espiritual” ou “infância espiritual”), que é um pequeno estado espiritual onde temos uma pequena intenção de doar acima de nosso desejo de receber inato. Em outras palavras, em tal estado, nossa intenção é forte o suficiente para nos proteger de receber egoisticamente para benefício próprio, mas ainda não nos permite trabalhar diretamente com nosso ego a fim de amar e doar.

Escrito/editado por alunos do Cabalista Dr. Michael Laitman.

Um Sonho É Uma Premonição Do Próximo Passo

276.02Hoje, a profecia cessou e a imitação cessou, e as pessoas não usam nada além de sonhos. (O Livro do Zohar)

Sonho no espiritual significa um estado em que a pessoa está em um determinado estágio que ela sente e compreende claramente.

Digamos que estejamos agora no estúdio onde nosso programa está sendo gravado. Então eu quero subir acima deste nível para sentir mais, para saber mais, para revelar mais, para ver as conexões entre todos os elementos da criação e para me elevar acima do meu “animal” para sentir o mundo fora de mim.

Esse esforço, quando desejo me desconectar do meu estado presente e ascender ao futuro, é chamado de sonho, pois me desconecto um pouco dessa realidade. Quero substituí-lo pelo próximo, por um superior. Mas até que o tenha compreendido, até que realmente o contenha em mim, mas apenas aspire a ele, encontro-me, por assim dizer, entre dois estágios.

Pergunta: A palavra “sonho” perdeu seu verdadeiro conteúdo no mundo material?

Resposta: Na Cabalá, tem um significado completamente diferente. Um sonho é a premonição de um grau futuro quando você se prepara para ele.

De KabTV, “O Poder do Livro do Zohar” # 5

Como Você Sabe Se Alguém É Seu Aluno?

231.01Pergunta: Como você reconhece um aluno? Como você acha que esse é seu aluno?

Resposta: Primeiro, quem quiser vir até mim, pode vir. Todos também estão conectados a nós pela Internet. Então existe a seleção natural.

Aqueles que fazem diariamente estudos sérios, com dezenas de exercícios, com reuniões de amigos, com a participação em congressos, são contados como meus alunos.

Pergunta: Uma certa carga interna se forma em uma pessoa se ela deseja percorrer esse caminho?

Resposta: A raiz da alma.

Pergunta: E você está totalmente calmo com as pessoas que não conseguiram cumprir todas essas condições?

Resposta: Tudo é questão de tempo. Se não nessa vida, será na próxima.

De KabTV, “Professor-Aluno”, 02/07/19

Qualquer Liberdade É Relativa

119Pergunta: É bom quando há liberdade de expressão na nação. Vivemos em um país onde posso escrever o que quiser. Antes eu morava em outro país, numa época em que se podia ser preso por essas coisas. Então, a liberdade de expressão é uma coisa boa ou ruim?

Resposta: Toda liberdade é relativa. Ela deve corresponder claramente ao desenvolvimento da sociedade. A educação, a restrição, tudo o que existe, deve chegar a um sistema em que a pessoa se sinta, por um lado, confortável, por outro, livre e, por outro, segura. Todas essas condições são contraditórias.

Em geral, a rede que precisa ser criada na sociedade deve ser muito flexível. Mas isso continua sendo um problema até hoje.

Vemos que todas as sociedades lutam pelo pluralismo, pela suposta liberdade de opinião, pelo domínio de sua opinião, e assim por diante. Ou seja, a liberdade, em geral, implica uma luta constante.

De KabTV, “Estados Espirituais”, 29/04/19

Um Pequeno Ciclo No Caminho Para A Fonte Da Vida

115Pergunta: A maioria das pessoas na infância faz perguntas como: “Quem sou eu? Por que eu? O que está ao meu redor?” Mas elas não encontram respostas e as esquecem. Porém, depois de um tempo, essas perguntas voltam a elas com maior força.

Então, a pessoa começa a pesquisar sem saber o que está procurando. Ela passa por muitas informações na Internet. Mas não importa o quanto ela leia, qualquer informação a deixa ainda mais faminta. O que ela está procurando?

Resposta: Basicamente, sempre somos atraídos por apenas uma coisa – pela fonte da vida. É de onde viemos e para onde devemos voltar. Há um pequeno ciclo neste caminho que percorremos: este mundo. Viemos a este mundo e logo devemos deixá-lo. É por isso que estamos interessados ​​em saber de onde viemos e para onde vamos.

Não vemos muita alegria neste mundo. Portanto, há uma questão ainda maior: “O que era antes e o que é depois?”

O homem está procurando e se ele tiver sorte, e muitas pessoas têm sorte em nossa época, ele encontra a sabedoria da Cabalá.

De KabTV, “Professor – Aluno”, 19/02/19