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Contraste Dos Opostos

laitman_962.5Os seres criados não podem perceber a realidade exceto pelo contraste dos opostos. Nós, inevitavelmente, devemos sentir a nós mesmos e ao que está fora de nós, e só assim percebemos a realidade. Portanto, primeiro desenvolvemos nossa percepção egoísta da realidade no desejo de receber. Depois, após muitos milhares de anos de desenvolvimento, tendo atingido certo nível de percepção egoísta, nos tornamos prontos a nos mover para a percepção da verdadeira realidade da maneira como ela realmente existe, não limitada por nosso egoísmo e por nossa natureza.

Mas nós não somos o Criador, para quem esta realidade é natural, mas sim os seres criados e, portanto, revelamos a verdadeira realidade apenas em contraste com a nossa realidade egoísta em que crescemos. Cada detalhe da realidade superior que descobrimos inclui dois opostos: um lado que percebemos e sentimos em nosso egoísmo e o outro que percebemos acima de nosso egoísmo.

É como uma vela que consiste em óleo e um pavio em chamas, onde os dois opostos se apoiam mutuamente. Somente assim podemos compreender, sentir, estudar e começar a viver na realidade chamada “o Criador”. Só a percebemos a partir do nosso estado oposto de criação, no contraste dos opostos.

Portanto, devemos sempre manter a linha média sem desviar para a direita, onde tudo é para a doação, ou para a esquerda, onde tudo é para a recepção. Somente no meio entre essas duas linhas podemos existir como seres criados e adquirir a natureza do Criador.

Não devemos nos desesperar de que somos lançados de um extremo ao outro, de uma percepção absolutamente egoísta da realidade ao quase-altruísmo. É a combinação desses dois opostos que nos levará à verdadeira realidade. Devemos ser pacientes e nos acostumar com tal divisão, porque um oposto apoia o outro, revelando a vantagem da Luz sobre a escuridão. Sem isso, é impossível sentir a realidade superior.

Se eu concordo com a escuridão, entendendo que essa é uma parte inseparável e mais importante da minha percepção da realidade, então olho objetivamente para ambas as formas. Por um lado, eu dependo das duas e, por outro lado, estou entre elas. Pela minha atitude igual à da Luz e da escuridão, aos estados agradáveis ​​e desagradáveis, e ao bem e o mal, eu me equilibro corretamente e posso permanecer como um ser criado independente, movendo-me na linha média em direção ao propósito da criação, ou seja, para a adesão com a força superior.1

Da 1ª parte da Lição Diária de Cabalá, 16/11/18, Lição sobre o Tópico “O Trabalho Dentro Da Razão E O Trabalho Acima Da Razão”
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Desenvolvimento Espiritual E Crescimento Do Egoísmo

Laitman_524.01Rabash, “Sobre a Importância da Sociedade”: E o homem, a quem O Zohar compara à árvore do campo, sofre, como a árvore do campo, de maus vizinhos. Em outras palavras, devemos sempre eliminar as ervas daninhas ao nosso redor que nos afetam, e também devemos nos manter longe de ambientes ruins e de pessoas que não favorecem o caminho da verdade.

Portanto, em questões de trabalho no caminho da verdade, a pessoa deve isolar-se de outras pessoas … isto é, de pessoas que não seguem este caminho. Precisamos de uma vigilância cuidadosa para não sermos atraídos a segui-los.

Isso é chamado de “isolamento”, quando a pessoa tem pensamentos sobre a “autoridade única”, chamada “doação”, e não a “autoridade pública”, que é o amor próprio. Isso é chamado de “duas autoridades”: a autoridade do Criador e sua própria autoridade.

Pergunta: As pessoas que começam a estudar seriamente a Cabalá, de repente têm vários novos desejos de riqueza, conhecimento e coisas externas. Por que isso funciona dessa maneira? Afinal, antes disso, elas não ansiavam por essas coisas.

Resposta: Isso acontece para dar-lhes a oportunidade de compreender a si mesmas e separar os desejos espirituais dos materiais.

Elas têm grandes desejos por riqueza, fama, poder e até por conhecimento. Isso é natural porque, em contraste com o desenvolvimento espiritual, o componente material sempre crescerá. Então, é dito: “Aquele que é maior que seu amigo, seu egoísmo é maior”.

De KabTV “A Última Geração”, 24/04/18

Medium: “Fitness No Século XXI: O Nascimento De Uma Nova Religião”

O Medium publicou meu novo artigo: “Fitness No Século XXI: O Nascimento De Uma Nova Religião

Quem não quer estar “em forma” (fitness) hoje em dia? Tentar ficar em boa forma tornou-se uma busca nobre na vida moderna, e uma busca cara. O esforço realmente produz uma vida mais satisfatória? O resultado final parece mais que estamos lutando contra moinhos de vento porque algo está faltando.

Se sua programação diária inclui preparar superalimentos, malhar na academia ou ao ar livre, tomar suplementos, comprar aparelhos de última geração para medir seu desempenho de treinamento e níveis corporais, investimos em qualquer coisa e em tudo que for necessário para estar em forma e saudável a qualquer preço.

Não me entenda mal, não há nada de ruim em estar em forma. O exercício regular pode ajudar a reduzir o estresse e melhorar a saúde. O problema surge quando a devoção a permanecer em forma se torna uma obsessão.

É precisamente essa fixação ocidental no culto ao corpo que alimenta uma indústria do fitness de US $32 bilhões. Em vez de cumprir o prometido, nossa preocupação apenas aumenta a pressão sobre nossas vidas já pesadas. Como podemos tirar o peso de nossos ombros e experimentar a verdadeira satisfação?

Já nos anos 1950, o antropólogo Horace Miner escreveu sobre um povo estranho chamado “Nacirema”, que estava excessivamente focado em sua aparência física. Através de várias cerimônias e rituais, eles tentaram melhorar sua condição ao custo final de sua paz de espírito. “É difícil entender como eles conseguiram existir por tanto tempo sob as cargas que impuseram a si mesmos”, escreveu Miner em seu diário.

Acontece que os Nacirema não eram uma tribo perdida nem habitantes de uma terra distante. “Nacirema” é “americano” escrito ao contrário, e o trabalho de Miner é uma revisão crítica do culto americano ao corpo na sociedade atual. As pessoas estão prontas e dispostas a fazer qualquer coisa para retardar o envelhecimento: passar por tratamentos estéticos, consumir o que é comercializado como nutrição ideal, seguir regimes de treinamento rigorosos e não convencionais e o que for necessário para viver até 150 anos se fosse possível.

As características de nossa geração se voltaram para os dias da cultura helenística grega com sua adoração do “eu” e a busca da perfeição, realização pessoal e competição. Nossa paixão por aptidão nos fez esquecer a verdade essencial de nossa existência: no final, o corpo será enterrado e apodrecerá gradualmente. Essa verdade angustiante ressalta a importância de perseguir um objetivo eterno e digno.

Não devemos ser culpados por nossa loucura porque existe um desejo instintivo de cultivar e preservar o corpo na raiz de todo ser humano. Temos dentro de nós um anseio de alcançar a eternidade. Estamos apenas equivocados e desperdiçamos nossa força em nossa paixão por objetivos corporais.

Existe um caminho para alcançar a plenitude e a eternidade. Quando nos colocamos acima das limitações de nossas vidas temporárias no desenvolvimento da alma, descobrimos o sentimento de alcançar um poder supremo que engloba a natureza. Esta é a força que dá vida a tudo na natureza, a força que permite a vida eterna – o poder de amor e doação. Uma pessoa imbuída desse poder começa a perceber uma realidade diferente, uma vida de equilíbrio e realização.

Como é possível viver nesta nova realidade? Nós entramos nela focando nossa “rotina de exercícios” em nosso corpo espiritual, nosso eu interior. Embora possamos continuar nosso envolvimento em atividades físicas e cuidar de nossa saúde, nossa principal preocupação se torna direcionada ao crescimento espiritual, que é alcançado através da conexão humana, ou seja, pela construção e promoção de relacionamentos fortes e significativos.

À medida que trocamos a preocupação pessoal pela preocupação pelos outros, o envelhecimento e a data de expiração do corpo não são mais o foco principal de nossas vidas. Nós investimos na construção de conexões significativas em vez de gastar fortunas em correções falsas, nos agarramos à nossa alma inextinguível. Então, a perda do corpo para a morte não é mais dolorosa para nós do que remover uma camisa porque nos elevamos acima da existência corpórea. Investindo em nosso corpo interno, nosso templo interior, experimentaremos uma vida cheia de vitalidade, eternamente bela e em forma.

Nova Vida # 101 – Gravidez E Nascimento: O Poder Feminino

Nova Vida # 101 – Gravidez E Nascimento: O Poder Feminino
Dr. Michael Laitman em conversa com Oren Levi e Nitzah Mazoz

Resumo

O poder feminino deve promover o nascimento da humanidade. Uma mulher deve sentir que toda a natureza é o seu ventre e, através dela, proporcionar a vida a todos. Ela deve usar sua livre escolha para cuidar do mundo como um útero, assim como a natureza envolve o embrião com amor, cuidado, calor e doação. A gravidez pode até curar uma mulher porque ela recebe grandes forças da natureza para dois. Se ela sofre durante a gravidez, isso significa que ela não tem equilíbrio. Ela deve aprender para poder ensinar aos filhos a atitude correta em relação à vida.

De KabTV “Nova Vida # 101 – Gravidez E Parto: O Poder Feminino”, 11/11/12