Resumindo 2016: Europa

Laitman_419Pergunta: O ano de 2016 foi um momento de grande turbulência na Europa. Na Grã-Bretanha, o “Brexit” resultou na decisão da saída da União Europeia, após o qual o primeiro-ministro britânico David Cameron renunciou.

O primeiro-ministro italiano, Renzi, renunciou depois que o povo italiano rejeitou suas propostas de mudanças constitucionais. Nós estamos diante de uma nova ordem mundial ou, pelo menos, de uma nova ordem na Europa?

Resposta: É óbvio para todos. O mundo está desapontado com o neoliberalismo. A União Europeia não era uma unificação de pessoas, mas uma união de bancos, indústria e bilionários em todo o mundo. Eles fingiram que a conexão entre financistas é a conexão entre todos.

Na verdade, não havia conexão. Os oligarcas compraram a mídia, e eles, durante os últimos vinte anos, lavaram tanto o cérebro de toda a humanidade que essa não sabe onde está. O governo também está em suas mãos, assim como o exército. As pessoas que não pertencem à elite financeira vivem dos fatos que os canais de TV as impressionam. Portanto, vemos o mundo em tal estado.

Por um lado, a sociedade humana está se desenvolvendo na direção definida conjuntamente pela elite governante. Por outro lado, há o desenvolvimento natural do mundo, de acordo com o programa da natureza. A diferença entre os dois caminhos se tornou tão grande que é impossível suportá-lo ainda mais. Assim, esse estado explode e uma revolução ou uma guerra ocorre para restaurar de algum modo a ordem.

Hoje, tal revolução está acontecendo no mundo. No entanto, ela já não é privada, como já ocorreu na França, Inglaterra e Alemanha. Isto é, não é uma revolução cultural, política ou comercial, mas uma revolução global, cobrindo o mundo inteiro, porque o mundo inteiro se tornou interconectado.

Eu acho que os governos serão, em certa medida, substituídos em toda a Europa, de modo que mudanças muito mais profundas se seguirão. O mundo deve se equiparar à natureza e, se ele atrasar isso, o equilíbrio será restaurado por uma guerra civil ou mundial.

De uma “Conversa Sobre os Resultados de 2016”, 25/12/16