Pergunta: Por que o Baal HaSulam recomendou começar a estudar os mundos espirituais especificamente através da linguagem da sabedoria da Cabalá e não através da linguagem da Torá, das histórias (lendas), e outras?

Resposta: É porque essas linguagens são imprecisas, alegóricas.

Pergunta: Como a pessoa deve se relacionar com a leitura de um texto na linguagem das lendas, se há sempre imagens físicas, a travessia do mar com Moisés na liderança?

Resposta: Esse é um problema. Eu acredito que é preferível não ler textos como esses. Da mesma forma, ver filmes como esses é estritamente proibido porque nos afastam das ações espirituais corretas.

Pergunta: No artigo, “O Ensino da Cabalá e Sua Essência”, Baal HaSulam ensina que a vantagem da linguagem da sabedoria da Cabalá é que ela não confunde a pessoa, porque as associações mundanas não aparecem em nós, ao passo que, ao ler o texto em outras linguagens, um “filme inteiro de Hollywood” aparece na cabeça. Aqueles que têm estudado a sabedoria da Cabalá há muito tempo têm um antídoto para um conteúdo desse tipo?

Resposta: De qualquer forma, sem uma escolha, mesmo que isso não seja claro, todos os tipos de imagens físicas aparecem inclusive para eles. Se eles lerem, “Anjos (forças particulares) vieram a Abraão (um determinado Kli)”, vão de qualquer forma materializar parcialmente essa imagem. Por enquanto, isso é problemático.

Pergunta: Existe algo na linguagem das lendas que esteja faltando em outras linguagens?

Resposta: Sentimentos, a linguagem das lendas pode transmitir incontáveis tons de sentimentos. Nós vamos começar a compreender e traduzir esses sentimentos dentro de nós de uma maneira correta somente quando estivermos em realização espiritual, então esse idioma receberá a “forma” correta dentro de nós, dentro de sensações precisas.

Pergunta: Qual é a singularidade das leis da linguagem?

Resposta: As leis da linguagem são muito rigorosas e precisas. Elas transmitem inteiramente como cada ramo em nosso mundo corresponde a sua raiz no mundo espiritual; elas fornecem detalhes minuciosos sobre tudo. Mas para as pessoas que não alcançaram o mundo superior, é muito difícil conectar isto a ações espirituais particulares, somente a ações físicas. Na Introdução ao Estudo das Dez Sefirot, o Baal HaSulam escreve que a linguagem mais ativa, elevada e universal é a linguagem da sabedoria da Cabalá. Ela não usa imagens do nosso mundo, nem imagens emocionais ou teóricas como na linguagem das lendas, nem detalhes sobre o nosso mundo como a linguagem das leis. É uma linguagem de inter-relações diretas entre objetos espirituais.

Da Lição de Cabalá em Russo 24/07/16

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