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Ynet: “Hoje É Feriado: O Diário De Uma Viagem Espiritual”

Meu artigo recente no Ynet: “Hoje É Feriado: O Diário De Uma Viagem Espiritual”

Qual é a razão para todos os costumes que tão constantemente realizamos: comer o peixe tradicional que a mãe cozinha para Rosh Hashaná, o jejum no Yom Kippur, e as decorações suspensas em uma Sucá? Eu explico os feriados de Tishrei de acordo com a sabedoria da Cabalá, e revelo como podemos mudar nossas vidas para melhor com a sua ajuda.

Costuma-se pensar que os feriados marcam eventos históricos, a vitória na guerra, o nascimento ou morte de uma pessoa especial. De acordo com a sabedoria da Cabalá, os feriados de Israel são essencialmente diferentes dos feriados de outros povos, e descrevem estações no caminho para o desenvolvimento espiritual de cada pessoa.

Os feriados de Israel e seus costumes foram introduzidos pelos grandes Cabalistas milhares de anos atrás. Os Cabalistas são pessoas como nós, que através do estudo da sabedoria da Cabalá conseguiram alcançar uma vida de amor ao próximo e através disso o amar ao Criador: a força geral de amor que existe na realidade. Eles descobriram que existe um único objetivo para essa força superior: nos levar a ser conectados, felizes e cheios de amor como Ele enquanto ainda estamos vivos. Essa força recebeu vários nomes: Criador, Luz, Natureza, Amor e até mesmo Rei, como é costume chamá-la nos Dez Dias de Arrependimento: “Não temos rei, exceto você” (Ta’anit 25b).

Para descrever as estações que o Rei nos passa no caminho para o Seu reino mágico, para se familiarizar com Ele e descobrir todo o bem que Ele preparou para nós, os Cabalistas estabeleceram o calendário hebraico e o ciclo das festas e festivais nele. Assim, um momento antes de mergulhar a maçã no mel e pendurar decorações em uma Sucá, vamos parar e esclarecer de uma vez por todas por que nos incomodamos tanto a cada ano e como podemos extrair desse costumes algo melhor para todos nós.

A Primeira Estação: Rosh Hashaná

Rosh (cabeça) é considerada uma raiz … De acordo com a raiz e a Rosh que uma pessoa estabelece para si mesma em primeiro lugar, ela continua a sua vida” (Os Escritos do Rabash , “Carta 29”).

A primeira estação na jornada espiritual da pessoa é Rosh Hashaná – “O princípio da criação da pessoa” (Os Escritos do Rabash, “Dargot HaSulam” 882). Nesta fase, a pessoa é como um recém-nascido. Ela olha as coisas boas e ruins que passou na sua vida e se pergunta: O que é tudo isso? Por que estou viva ano após ano? Quem está gerindo esta realidade e qual é o propósito da existência?

Se tiver sorte, essas questões não a deixarão partir e vão levá-la à meta, à estação final e significativa da viagem: a descoberta da rede de conexão harmoniosa entre as pessoas dentro da qual ela vai sentir o poder positivo da conexão em toda a sua intensidade – a Força superior que gere a sua vida.

O primeiro Rosh Hashaná foi “comemorado” pela primeira vez 5777 anos atrás, quando um ser humano fez perguntas semelhantes. O nome dessa pessoa era Adão. Como uma criança que quer crescer e ser como seus pais, nós precisamos ser como a força que nos criou e quer ser descoberta. Todo esse desejo vai nos dar o poder para superar nossa natureza egoísta limitada, acima da preocupação particular por nós mesmos, e nos tornar “filhos de Adão”.

Os Cabalistas chamam o desejo de saber por que estamos vivos pelo nome de “ponto no coração”. O “coração” representa a totalidade dos desejos egoístas da pessoa que continuam a crescer, começando com os desejos mais básicos – por sexo, alimentação e família, até os desejos mais desenvolvidos – por dinheiro, respeito, e conhecimento. O ponto no coração é o desejo espiritual mais desenvolvido em uma pessoa na escada dos desejos. E quando é despertado, ele sopra em uma pessoa o espírito de vida e um novo desejo de autorealização. Este desejo não é satisfeito por dinheiro, respeito ou conhecimento, mas apenas pela realização do propósito da vida. E quando pela primeira vez a mudança é sentida dentro de uma pessoa, ela celebra Rosh Hashaná.

De Rosh Hashaná em diante, a pessoa aumenta o ritmo de sua jornada. Equipada com novos poderes, ela se esforça para chegar a um verdadeiro ponto de conexão com os outros e perceber o ponto que está ardendo em seu coração. Mas a esperança é uma coisa e a realidade é outra. Em vez de unidade, ela descobre uma grande separação, o mais terrível julgamento de todos. “O dia do julgamento foi criado em Tishrei, uma vez que estes são dias de desejo. E esse desejo desperta em nós naquela época a cada ano, e é necessário despertar para completar o arrependimento mais do que durante todo o ano. E a essência do arrependimento é se unir com todos com amor e com um só coração” (” Meor veShemesh “). Essa descoberta leva a pessoa à próxima estação na viagem, Yom Kippur.

A Segunda Estação: Yom Kippur

“Nós vemos a verdade através de Rosh Hashaná, depois a pessoa pode pedir a expiação. Portanto, Yom Kippur é depois de Rosh Hashaná “(Os Escritos do Rabash”, Dargot HaSulam”, 891).

No Livro do Zohar está escrito: “‘… na medida em que luz é mais excelente do que as trevas’ (Eclesiastes 2:13), pois o benefício da luz não vem senão da escuridão”. Não há luz sem escuridão, não há doce sem amargo, e não há bem sem mal. Para alcançar o bem, também temos que descobrir o mal. De acordo com a sabedoria da Cabalá, Yom Kippur é o reconhecimento de que a nossa natureza egoísta é má desde a sua juventude. Mas é precisamente este reconhecimento que nos possibilita atingir o bom. Se em Rosh Hashaná o desejo de se conectar com outras pessoas é despertado em nós, tudo bem é produzido através da conexão com elas. Assim, durante os Dez Dias de Arrependimento, somos gradualmente introduzidos na força egoísta negativa que nos impede de alcançar a unidade. Afinal de contas, em Yom Kippur não há lugar para se esconder a quebra e o ódio mútuo que nos dividem. Assim já é possível pedir a correção de nossa inclinação ao mal, o que é bom.

“Israel não tinha feriados como o 15º dia de Av e como o Yom Kippur” (Mishná Ta’anit 4: 8). Por quê? Porque esse era um dia especial de introspecção e profundo exame de consciência. Um dia de remorso em que era costume pedir perdão “Pelo pecado que fizemos em sua presença através da inclinação ao mal” (oração de Yom Kippur).

A sabedoria da Cabalá explica que “perdão” não é apenas um pedido verbal, “Nós temos sido culpados, traídos, roubados ….”; ao contrário, é uma fase em que a pessoa se torna consciente do seu verdadeiro estado – quão longe está da conexão correta com os outros, e, como resultado disso, de conexão com a força do bem que controla sua vida. Essa difícil revelação realmente deixa a pessoa feliz, porque, como resultado, um grito irrompe dela pela mudança interior. Este pedido particular de perdão é esperado de nós, e quando chega, é atendido.

A Terceira e Quarto Estações: Sucot e Simchat Torah

“… A festa de Sucot explica todas as perguntas, mesmo as mais difíceis e piores ….” (Os Escritos do Rabash , “Carta 36”).

Na terceira estação na jornada espiritual, chamada “Sucot“, a resposta ao pedido interno chega e nós temos uma força positiva especial que transforma o mal em nós em bem. Está escrito no Talmude: “Deixe a sua morada permanente e habite em uma morada temporária” (Sukkah 2a). A mudança pela qual devemos passar é deixar a morada permanente, ou seja, o narcisismo, para uma nova morada, ao altruísmo. Então, a nossa imagem da realidade é alterada. Nossos sentidos são aparentemente invertidos. O cérebro e o coração mudam de direção: do narcisismo para o altruísmo, e a imagem de toda a realidade se revela diante dos nossos olhos. A pessoa começa a obter uma resposta ao pedido em seu coração, e todos os seus desejos que se opunham à conexão entram na “Sucá“.

Sucá simboliza a forma completa que cada pessoa vai alcançar no futuro. As leis da sua construção simbolizam a maneira pela qual a pessoa se eleva acima do seu ego e adquire a capacidade de amar e doar. Assim, por exemplo, o Shach (palha) em uma Sucá deixa mais sombra do que luz, como está escrito: “A sua sombra é mais do que seu sol” (Mishná Sucá 2:2). Esse costume simboliza uma ação na qual a pessoa “esconde”, restringe, o uso de seu ego para que possa sair dele em direção à Luz, para a conexão e o amor.

Então, ela está pronta para Simchat Torah: ela desenvolve a capacidade de ler os textos de Cabalá e atrair para si a Luz Superior, que também é chamada de Torá, para elevar a conexão entre nós até o ápice da escada de valores, e mudar a sua vida para melhor. Isto é porque a Torá é a força que está preparada para corrigir o ódio e a separação entre nós e transformá-los em conexão e amor, que é uma descoberta chamado de “Simchah” (felicidade). Então, a pessoa sente dentro de si toda a vasta extensão ao seu redor, e ganha uma vida eterna, plena e feliz.

Eu espero, desejo e oro por um ano de mudança, um ano de construção de sistemas adequados de relações entre nós.

Um bom ano para todo o povo de Israel!

Ynet 29/09/16

A Quem Pedir Perdão E Para Quê? Parte 1

laitman_571_02Pergunta: Durante estes últimos dias do ano judaico é costume pedir perdão a entes queridos e ao Criador por tudo o que fizemos. De onde vem essa tradição?

Resposta: Em primeiro lugar, nós precisamos entender quem é o Criador: é a força superior da natureza. Não podemos alcançar essa força por si só.

Ela se manifesta no fato de ter criado a criação, que é o desejo de desfrutar, para receber preenchimento, e a preenche na medida em que esse desejo se torna semelhante à força superior.

Se a criação, o desejo de receber, torna-se semelhante ao Criador, doação, então o Criador a preenche, e, nessa medida, a criação começa a revelar seu criador.

Inicialmente, as pessoas são completamente opostas ao Criador; elas pensam no seu próprio prazer e não querem dar nada a ninguém.

No entanto, se soubermos como mudar nossa natureza com a ajuda da sabedoria da Cabalá, vamos começar a revelar o Criador, a força de amor e doação, que nos dá preenchimento, saúde, sentido de passado, presente e futuro e perfeição, e nos eleva acima do tempo, espaço e movimento par o mundo de bondade absoluta.

E tudo isso é apenas conforme a nossa equivalência com essa força de doação e amor que se chama Criador. Então, onde está esse Criador? Ele está na conexão entre as pessoas se nos unirmos uns com os outros. Todos os níveis da natureza: inanimado, vegetal, animal e humano estão conectados em um único sistema. O ser humano está acima de todos os outros nesta hierarquia, e a conexão entre todas as partes desse sistema depende somente dele.

Na medida em que uma pessoa for capaz de estabelecer boas conexões entre todos e transformar esse sistema em um único sistema integral, interconectado, equilibrado e amável, com base na ajuda mútua e amor, o Criador, a força superior, será revelado nesse sistema.

Toda essa rede na qual existe a criação é chamada de um “local” que é preenchido com a força superior. É impossível revelar essa força em qualquer lugar além deste, deste vaso, que é tecido a partir de nossas relações mútuas. Quanto mais forte a nossa conexão, mais forte é essa revelação. Essa é a única maneira de sentir o Criador; não há qualquer outra maneira.

A relação de uma pessoa para com outras pessoas define a relação dela com o Criador. Quanto mais amável tornamos nossas conexões mútuas, mais iremos revelar a força superior que se manifesta entre nós.

Não há razão para pedir perdão ao Criador até que a pessoa pague todas as suas dívidas às criaturas, às outras pessoas. Se estabelecermos boas relações entre nós e fornecer ao Criador o lugar para a revelação, esse será o nosso apelo a Ele e o nosso pedido de perdão.

Nós não somos obrigados a fazer qualquer outro arrependimento diante do Criador além daquilo que implementamos nas relações com os outros. Caso contrário, seria apenas hipocrisia.

Por que eu pediria perdão ao Criador se pudesse construir um lugar corrigido onde Ele poderia ser revelado e não o fiz? Afinal de contas, esse é todo o meu trabalho, e, em vez disso, eu choro e apelo a Ele em busca de ajuda. Por que Ele precisa me salvar se eu mesmo não fiz nada para isso?

De KabTV “Nova Vida” 27/09/16

Meus Artigos Na Mídia, 21 – 31 De Julho De 2016

Em Inglês:

The Jerusalem Post:

Breaking Out from the Straits
An analysis of Europe’s security troubles from the perspective of Kabbalah

Em Alemão:

The Huffington Post:

Gedanken über ein Gespräch mit Senatorin Nathalie Goulet
Jenseits von schwarz und weiß
Unterwegs zum Kampf der Kulturen

Em Espanhol:

The Huffington Post:

Reflexiones sobre la conversación con la senadora Nathalie Goulet

Unidos con Israel:

Reflexiones sobre la conversación con la senadora Nathalie Goulet

Em Francês:

The Huffington Post:

Réflexions suite à une conversation avec la sénatrice Nathalie Goulet
Au-delà du Noir et du Blanc

The Times of Israel:

Sortir des détroits
Raison d’être fier

Em Italiano:

Blogactiv:

Riflessioni sulla conversazione con la Senatrice Nathalie Goulet
Il mio punto di vista sulla questione LGBT

“Setenta Por Cento Dos Judeus Europeus Não Querem Ir À Sinagoga Em Yom Kippur”

Laitman_419Nas Notícias (The Jerusalem Post): “Uma pesquisa divulgada terça-feira afirmando que 70% dos judeus europeus não vão à sinagoga em Rosh Hashana ou Yom Kippur, devido a preocupações com segurança, foi recebida com ceticismo por líderes judeus proeminentes.

“A pesquisa online, conduzida na semana passada pela Associação Judaica Europeia e o Centro Rabínico da Europa tinha 78 entrevistados, que a AJE diz ser uma amostra representativa de 700 cidades, capitais e periferias em toda a Europa – que vão desde a Grã-Bretanha até a Ucrânia. …

“Os participantes foram questionados se houve um aumento ou diminuição no número de indivíduos registrados em suas comunidades judaicas em comparação com o ano passado; se houve um aumento ou diminuição no número de judeus esperados para ir à sinagoga, nos Elevados Dias Santos, em comparação com o ano passado; quão preocupados eles e seus membros da comunidade estão com o aumento do antissemitismo em seus países; e se houve maior segurança em institutos de judeus em sua comunidade, à luz do aumento dos ataques terroristas na Europa. …

“A pesquisa também descobriu que 80% dos entrevistados estão preocupados com um aumento no antissemitismo em seus países. …

“Essa pesquisa é realizada anualmente, e tendo analisado os resultados, comparando-os com os anos anteriores, os grupos deduziram que a queda no comparecimento à sinagoga é resultado direto do aumento do antissemitismo. Margolin disse ao The Jerusalem Post que, enquanto outros fatores entram em jogo, como a secularização, uma comparação com os anos anteriores mostra que as preocupações de segurança são o principal fator. …

“Ele citou um aumento nos ataques contra indivíduos, instituições e comunidades judaicas, que ele em parte atribuiu ao afluxo de refugiados à Europa. Ele também apontou para uma crescente influência da extrema direita em todo o continente.

“‘Atualmente, o foco da extrema direita e sua atividade está focada na islamofobia, mas testemunhos de rabinos e líderes comunitários mostram uma grande preocupação sobre o crescimento do nacionalismo e da xenofobia, também contra os judeus da Europa’, ele advertiu.”

Meu Comentário: Não é possível fugir do ódio no mundo atual. Logo, os judeus sentirão que estão sendo encurralados. A única saída é através do desenvolvimento e estudo do método de unificação, ou seja, retornando à construção de um povo único. Neste estado, conforme os nossos esforços, nós imediatamente obtemos o apoio do Criador através do sentimento de uma boa atitude em relação a nós, em primeiro lugar dos antissemitas!

Um Por Cento Que Fez Um Ser Humano A Partir De Um Macaco, Parte 2

Laitman_182_02O objetivo final da evolução, o seu programa, permanece escondido de uma pessoa. Todo mundo ingenuamente acredita que sabe para onde está indo, ou simplesmente não quer saber. As pessoas já estão desapontadas com toda essa vida e preferem seguir o fluxo passivamente – hoje é igual a ontem, até que a vida termina.

Nós geramos a próxima geração sem pensar no seu significado, mas simplesmente cumprimos o programa embutido em nós. Ninguém pode responder porque precisamos dessa vida que não é fácil, e por que toda essa corrida? Nenhuma resposta, nós preferimos não pensar nisso.

A força protetora do corpo suprime essa pergunta e não nos permite pedir muito. Apesar de tudo, esta questão nos reduz a um grau inferior ao dos animais. Os animais não têm esta pergunta; eles agem automaticamente de acordo com seu programa natural. Mas as pessoas não podem viver assim, elas perguntam, e não conseguem encontrar uma resposta.

É por isso que essa questão é muito deprimente para nós; ela nos mostra a nossa própria insignificância e inutilidade. Os animais não fazem perguntas, simplesmente vivem. Os seres humanos, no entanto, tentam descobrir que força nos anima e por que somos do jeito que somos? Não sabemos a resposta, e ainda temos que continuar a viver e realizar o programa de alguém.

Essa é uma forma muito humilhante da vida que nos traz muito sofrimento. Se nos compararmos com um macaco, veremos que ele é muito maior do que um ser humano. Apesar de tudo, um ser humano sabe que a sua vida não tem sentido e, no entanto, continua a viver. Ele cumpre o programa da natureza que é imposto a ele. Um macaco, no entanto, não sabe nada sobre isso e, portanto, vive em harmonia com natureza. Com cada ação que realizo na ordem da natureza, eu confirmo que sou pior do que um macaco, uma vez que não entendo, mas mesmo assim atuo.

Portanto, hoje em dia uma pessoa perde a paciência e pergunta: “Quanto tempo vai continuar assim? Por quê? Para que serve esse sofrimento?” Se eu não tivesse sofrido, iria viver minha vida de alguma forma. Mas o problema é que nós sofremos o tempo todo, desde o nascimento até a morte, e hoje esse sofrimento aumenta cada vez mais.

Parece que temos tudo, mas a pergunta sobre o sentido da vida desperta cada vez mais nos forçando a uma depressão profunda. Pessoas pobres e patéticas são menores do que as formigas, porque todas as criaturas agem instintivamente, sem pedir, em pleno acordo com a natureza.

E em nós a natureza deixou uma pergunta, como se zombando de nós. Ela nos faz obedecê-la completamente, ri e diz: “Olha o que estou fazendo com você, e você não tem para onde fugir!” Acontece que nós simplesmente devemos responder à pergunta sobre o sentido da vida.

Um por cento da diferença genética entre um humano e macaco são apenas diferenças externas. A pergunta sobre o sentido da vida não está nesse um por cento. Os animais também diferem entre si geneticamente, de modo que esse não é o motivo. A razão é que essa questão vive no ser humano e evoca nele uma grande necessidade de saber qual é a base da vida, a causa dela, e a finalidade para a qual vivemos? Nós apenas temos que encontrar a resposta.

De KabTV “Nova Vida” 06/09/16

Será Que Donald Trump Determinará O Destino De Israel?

Laitman_409Nas Notícias (Haaretz): “Trump Diz Que Israel Será Destruído A Menos Que Ele Seja Eleito Presidente”

“Donald Trump disse que se ele não for eleito presidente, o acordo nuclear do Irã destruirá Israel.

“O acordo do ano passado, que negociou a suspensão de sanções por uma reversão nuclear, ‘vai destruir Israel – a menos que eu seja eleito’, disse Trump a líderes trabalhistas da grande Cleveland na segunda-feira, de acordo com o The Columbus Dispatch. ‘Então, Israel vai ficar bem’.

Pergunta: Trump está dizendo claramente: “Judeus estejam comigo, votem somente em mim”. Pode ser que os judeus nos Estados Unidos são uma potência tão influente? Afinal, grandes massas de muçulmanos e outros povos vivem nos EUA hoje.

Resposta: Os judeus nos Estados Unidos são muito poderosos, por enquanto, apesar do fato de serem divididos em muitos sectores, extremamente fragmentados. Eu ouvi dizer que alguns ainda se recusam a tomar parte nas eleições. Eu espero que antes das eleições haja algumas mudanças que irão agitá-los. De um modo geral, o futuro de Israel depende diretamente de quem for o próximo presidente: Hillary Clinton ou Donald Trump.

O Presidente Obama tornou-se uma enorme força destrutiva que despertou o mundo o máximo possível. A humanidade ainda não compreende a extensão dos danos. E Clinton, uma protegida de Obama, vai continuar a implementar suas ideias, especialmente porque vai ser mais fácil para ela fazer. Sua política será gerida de uma forma totalmente diferente; será muito mais difícil e não escondida.

Eu acredito que Donald Trump tem uma abordagem melhor para o correto desenvolvimento do mundo do que Clinton. Ele não é o candidato ideal, é claro, não há nenhuma discussão sobre isso, mas em comparação com Clinton, ele é mais adequado para rever o paradigma mundial e mudar seu vetor de desenvolvimento em vez de continuar os mesmos problemas que surgiram com o governo Obama.

Nos últimos anos, tem havido enormes mudanças no mapa político e econômico do mundo. E nisso não podemos culpar ninguém, excetos os líderes dos países mais poderosos. A propósito, durante o seu reinado, os EUA deixaram de ser o país mais poderoso e rico, mas está mostrando toda a sua fraqueza e declínio. Portanto, nem Obama nem o seu sucessor Clinton merecem continuar.

Comentário: Por outro lado, você continua mencionando a influência superior, a força superior, que controla os corações dos líderes e que através deles empurra a humanidade através do sofrimento.

Resposta: Nós podemos escolher não seguir o caminho do sofrimento. Uma das opções que temos é escolher o caminho do bem, a maneira mais rápida de desenvolvimento harmonioso.

Se os judeus quiserem avançar ao longo do caminho certo, a liderança superior irá nomear um líder que irá aparentemente levar o mundo à meta por um bom caminho. Mas se eles não quiserem avançar à meta ao longo do bom caminho, a liderança superior irá consequentemente nomear um líder que irá gerir o mundo de mdo que teremos que seguir o caminho do sofrimento.

Ninguém neste mundo determina nada. Infelizmente ou felizmente, tudo é determinado apenas pelos judeus e tudo se resume a eles, incluindo as eleições nos Estados Unidos e em todo o mundo.

De KabTV “Notícias com Michael Laitman” 07/07/16

Como Se Tornar Impermeável A Insultos

laitman_565_02Pergunta: Como alguém pode se relacionar com o princípio, “olho por olho, dente por dente” (Êxodo 21:24)?

Resposta: Nós geralmente entendemos essa citação como uma obrigação para ferir alguém, porque ele aparentemente me feriu. Pelo contrário, eu deveria ser grato que ele está me ensinando sobre uma característica que está me prejudicando. Se eu fosse corrigido, nada poderia me influenciar; eu seria totalmente impermeável a todos os tipos de “flechas”. Seria impossível me irritar e eu não ficaria indignado ou ofendido porque em um estado perfeito, não haveria nada em mim que os outros poderiam se agarrar.

Assim, se alguém dissesse algo insultante para mim ou eu visse algo que me prejudicasse ou fosse pessoalmente dirigido a mim, isso só indica o meu estado não corrigido. Se eu me corrijo, dessa forma eu corrijo o mundo a minha volta e paro de ver características negativas nele.

Em vez do nosso mundo terrível, de repente eu começo a me ver no mundo espiritual, em Olam Ein Sof (Mundo Infinito). Isso só depende da correção das minhas características pessoais, e não da correção dos outros, porque o mundo é o meu lado oposto, o que me mostra o que eu ainda não corrigi internamente.

Pergunta: Será que isso significa que eu não tenho que responder com a mesma “moeda”?

Resposta: Eu não tenho resposta para isso. Você deve imediatamente se voltar a si mesmo. Se você ver, ouvir ou sentir algo negativo de alguém, é porque existem características não corrigidas em você. Você deve pensar e reconhecer que elas estão lhe mostrando exatamente o que você deve corrigir dentro de si mesmo.

Da Lição de Cabalá em Russo 01/05/16

Quando Não Há Educação

laitman_547_05Pergunta: Eu sou professor há 30 anos e é muito difícil encontrar uma linguagem comum com os alunos que podem responder com o que eles quiserem. Além disso, há um declínio significativo no progresso, cultura e responsabilidade entre os jovens. Será que a sabedoria da Cabalá oferece alguma solução fundamental para isso?

Resposta: Eu entendo o que as pessoas estão procurando, especialmente os professores que trabalham com alunos ou estudantes.

O problema está no método educacional e na pedagogia porque a educação não está sendo perseguida. E é razoável presumir que você não é qualquer um. Você ensina um assunto particular. Que tipo de pessoas estão estudando isso e por que elas precisam tratar isso corretamente? Por que elas têm que ser educadas, e não responder com a gíria crua convencional?

Elas estão falando com você do jeito que falam entre si, e supõem que isso é normal. Elas não são ofendidas umas pelas outras porque esse estilo de discurso é normal para elas. Portanto, por que deveriam falar com você de forma diferente?

Não há educação e as escolas não educam as crianças.

Por pelo menos duas horas por dia em creches e escolas a natureza humana deve ser explicada às crianças: o seu carácter, a psicologia dos meninos e meninas, adolescentes, homens e mulheres, as relações entre os sexos, e as relações entre jovens e adultos.

Mas tudo deve ser explicado do ponto de vista da natureza, como ela está organizado, como opera entre as pessoas, e como temos que mudar todos os nossos impulsos negativos que foram dados a nós para serem corrigidos.

Nós devemos sentar as crianças em um círculo e discutir todas essas questões com elas. Assim, o sistema educacional se tornará um sistema educacional. Infelizmente, por enquanto, ele não existe, por isso, a cada ano as perturbações continuarão a aumentar nas escolas e outras instituições educacionais.

Da Lição de Cabalá em Russo 01/05/16

Nova Vida # 441 – Os Feriados De Tishrei: À Procura Do Criador

Nova Vida # 441 – Os Feriados De Tishrei: À Procura Do Criador
Dr. Michael Laitman Em Conversa Com Oren Levi E Nitzah Mazoz

Resumo

Quais são os estágios que uma pessoa atravessa no caminho para procurar o Criador, como a conexão entre nós pode contribuir para descobri-Lo e por que especificamente na temporada de feriados nós temos a oportunidade de se aproximar Dele?

No início da criação, nós estávamos em contato com a força que nos criou. Éramos como um embrião no útero de sua mãe. A ocultação foi feita para possibilitar o nosso crescimento, para entender quem e o que é o Criador e para ser como Ele. Assim, uma pessoa não vê o Criador. E ela deve tentar localizá-Lo, como na brincadeira de esconde-esconde, dentro e em torno de si mesma. A divisão que separa uma pessoa e o Criador é composta de cinco mundos (Olamot), ocultações (Ha’alamot), 125 níveis.

Em cada nível nós transformamos a falta de compreensão e sentimento em compreensão e sentimento. Nós adquirimos as características do Criador. A ocultação é encontrada dentro do meu coração e mente. Eu expando e transformo as características de meu coração e mente. Tudo o que eu penso e quero vem Dele. Não há outro além Dele. E eu sou apenas um ponto que distingue isso. Descobrir o Criador é o papel de uma pessoa no mundo.

Os Cabalistas que já descobriram isso existem para ajudá-la. Em cada geração, há aqueles em quem o impulso é despertado para descobrir o Criador. Alguns deles deixaram escritos para nós.

Hoje é uma época singular em que há muitas pessoas que querem descobrir o Criador. Procurar em conjunto é muito mais fácil. Nos níveis da conquista do Criador, o nível de dificuldade sempre aumenta, mas os Cabalistas ajudam.

A futilidade e o vazio que se faz sentir hoje são projetados para aproximar a pessoa da procura do Criador. O feriado de Sukkot é quando aqueles que procuram o Criador começam a sentir ondas de calor e abraços Dele.

De KabTV “Nova Vida # 441 – Os Feriados De Tishrei: À Procura Do Criador”, 05/10/14