Parada Do Orgulho Gay Em Jerusalém

laitman_600_04Pergunta: Em Jerusalém, uma Parada do Orgulho Gay extraordinária foi organizada como protesto contra um dos rabinos que chamou os homossexuais de “pervertidos”, e  os outros 250 rabinos israelenses que o apoiam. Como você se relaciona com pronunciamentos desse tipo?

Resposta: Eu considero o povo judeu como uma única família em que há diferentes filhos, incluindo esses. E mesmo que alguém não os queira, não há nada a fazer, eles são nossos filhos. Naturalmente, ninguém escolhe ter nascido com essas tendências. Afinal, elas são dadas a nós pela natureza. Portanto, os homossexuais lutam para ter suas tendências naturais reconhecidas como normais, porque não podem se livrar delas de qualquer maneira. Nós sabemos que a atração sexual é o fator mais poderoso, ainda mais do que o desejo de comida. A humanidade está constantemente aumentando suas inclinações sexuais. Nós vemos isso em todos os lugares, mesmo na Internet. Portanto, é preciso respeitar isso e não se relacionar com ela infantilmente.

É necessário parar todos os pronunciamentos “contra” e “a favor” e tornar-se organizado como uma única família, porque o principal é a união entre nós. Nós não podemos fazer nada sobre essa questão; temos que aceitá-la como ela é, e não torná-la mais difícil do que é para as pessoas em quem tal atração é latente desde o nascimento. Cabe a nós deixá-las viver em paz e encontrar parceiros adequados para si.

A correção vem de nós. Quando nos conectamos, despertamos a força positiva, a Luz, que pode reformar as relações entre nós. A esse respeito, cabe à comunidade LGBT reconsiderar a finalidade das paradas do Orgulho Gay, não porque seja proibido ou permitido que elas sejam realizadas. É claro que em uma nação democrática, é permitido realizar paradas como essas. A questão é, será que queremos especificamente enfatizar o que nos separa e divide? Ou talvez fosse especificamente melhor procurar o que nos conecta entre as diferenças?

Enquanto não prejudicamos ou exploramos as fraquezas dos outros, cada pessoa tem permissão de realizar o estilo de vida que é apropriado para ela em sua vida privada, incluindo a crença religiosa ou orientação sexual. Mas é importante fazer isso sem cortar os caminhos que nos levam à comunicação e construir um povo único e unido.

Portanto, eu não concordo com os pronunciamentos dos rabinos. Essa é a natureza humana e não há nada a ser feito com isso. De qualquer forma, é necessário se dar bem e viver em uma única nação. Afinal, é impossível viver com ódio mútuo o tempo todo. Nós já precisamos sair do estado de “exílio” e gradualmente se aproximar da construção do Terceiro Templo.

De KabTV “Notícias com Michael Laitman” 21/07/16