Percepção Quantum Do Mundo

Dr. Michael LaitmanNós temos que prender todo o mundo a nós com todas as suas necessidades e desejos, toda a Malchut do mundo do Infinito. Primeiro, nós atraímos as partes que estão perto de nós, ou seja, aqueles que têm opiniões semelhantes e estão dispostos a se conectar com os outros: “Que cada um ajude o seu próximo”.

Depois, nós mudamos para as partes que estão mais longe de nós, ou seja, aqueles que não compartilham de nossa visão, nem se esforçam em se conectar uns com os outros ou revelar o objetivo da criação.

A disseminação começa com a coleta dos desejos do público em geral. Eles parecem insignificantes, primitivos e terrenos, mas só parecem assim. Na ligação do Partzuf superior com o inferior, este último traz um pequeno desejo. No entanto, o Partzuf superior considera o pedido do inferior como algo muito importante e substancial por causa do enorme amor que o superior sente pelo inferior. Assim, o superior torna-se capaz de realizar um grande trabalho para satisfazer as necessidades do inferior.

É assim que eu anexo o mundo inteiro a mim. É dito que o mundo inteiro é feito para me servir. As pessoas não entendem este fato, nem pensam desta forma. Pelo contrário, elas me rejeitam e até me odeiam. No entanto, isso não importa para mim. Eu aceito seus desejos e sei que não posso tratá-las da maneira que elas me tratam.

Eu não posso sentar e esperar enquanto eles sofrem pelos problemas e guerras, e se tornam mais sábios. Este é um caminho errado e incompatível com o amor ao próximo. Se você pensar dessa maneira, isso significa que você ainda precisa trabalhar em si mesmo. Isso explica por que devemos continuar nossos esforços para nos conectar com os outros, não importa o quê.

Imagine uma família que tenha um filho rebelde, vagabundo, que não ouve seus pais e deliberadamente faz tudo errado. Não importa o que, ele ainda é filho deles e eles têm que cuidar dele, não importa o quê. Este é o padrão que temos que exercer com o mundo que se torna amargurado e perde a esperança, uma vez que não sabe o que vem depois.

É uma revelação da verdadeira natureza das pessoas, aquelas que não se consideram boas, extraordinárias, inteligentes, fortes, mas sentem que são fracas, bobas, sem saber o que exatamente está acontecendo no mundo ao seu redor. O mundo se degrada e desce cada vez mais baixo; nada interessa as pessoas, exceto preenchimentos muito primitivos, como comida ou sexo.

Para onde vai a nossa cultura anterior, programas espaciais, aspirações elevadas, o respeito pelos cientistas, sábios, artistas, e pessoas bem-educadas? Nós costumávamos ter todos eles cerca de 50 anos atrás. Tudo se foi! A humanidade parece um rebanho de animais.

As pessoas são incapazes de satisfazer até mesmo suas necessidades menores, e elas sofrem. Segundo as estatísticas, o atual bem-estar material é dez vezes maior do que era há cem anos, mas, ao mesmo tempo, a depressão, o desespero e um sentimento de privação cresce constantemente. Afinal, essas coisas não estão diretamente relacionadas com a prosperidade material.

Problemas são dados a nós para nos fazer trabalhar com eles. Nós devemos compreender claramente. A nossa percepção do mundo é extremamente “quantum”. Há uma enorme contradição entre o dever que cada um de nós tem: para reconhecer que cada um de nós é o único que tem a liberdade de escolha e os outros não têm. Esta regra deve ser aplicada a todos, sem exceção. Isso leva ao entendimento de que o mundo inteiro depende de cada um de nós e todos nós temos que servir ao objetivo.

Da Preparação para a Lição 28/05/14