O Luar É A Luz Da Ação De Graças

Dr. Michael LaitmanEscritos do Rabash, “A Consagração da Lua Nova”: O conceito da Lua indica Malchut, a ideia de aceitar o jugo do reino dos céus. Foi difícil para Moisés dizer ao povo de Israel que eles deveriam aceitar o jugo do reino dos céus enquanto sentiam sua ocultação. E o senso comum nos diz que, se ele tivesse ido até  o povo de Israel com algum tipo de revelação da Divindade, eles teriam aceitado o reino dos Céus. Então, não teria havido espaço para falar com eles.

Mas a Lua deve ser especificamente abençoada, não quando ela está cheia, mas na Lua Nova, quando não é evidente como ela recebe a luz do Sol, quando ela não brilha. Então, é hora de nós a santificarmos.  Ou seja, a pessoa deve aceitar o jugo do reino dos céus sobre si na fase mais baixa, e dizer que até mesmo neste estado, que não pode ser mais baixo, totalmente acima razão, sem apoio intelectual e emocional, ela constrói a sua fundação.

A Lua Nova, que deve ser abençoada, simboliza Malchut que não tem nada seu, ou seja, nossa substância, o ser humano que recebe tudo de fora. Precisamente quando eu sinto que nada depende de mim, este é o estado mais abençoado pelo qual eu preciso ser grato. Eu já não confio nas minhas forças, como a Lua Nova, que está temporariamente invisível.

A Lua começa a brilhar apenas no meio do mês, e não com a sua própria luz, mas com luz refletida do Sol, isto é, a Lua depende inteiramente do Sol, exatamente como uma pessoa depende do Criador. É necessário se conectar completamente com a força superior, compreendendo que tudo é feito apenas para ajudar o Criador a ser revelado à criatura, e para esta revelação é necessário alcançar a equivalência de forma.

Para alcançar a Lua Cheia, que brilha como o sol, isto é, para tornar o ser humano semelhante ao Criador, eu devo aceitar todas as Suas propriedades e incorporá-las dentro de mim, de modo que “as trevas brilharão como a Luz”. Então, eu vou descobrir que tenho todos os parâmetros necessários; eu só preciso usá-los corretamente, e é por isso que eu preciso da Luz que Corrige.

Portanto, eu abençoo especificamente o início do mês, quando a restrição total está agindo, e minha natureza não é revelada de forma alguma. Isso permite que eu me revele apenas na medida em que sou equivalente ao Criador. Se o meu desejo de receber fosse mais aparente, eu não seria capaz de começar este trabalho.

Porém, enquanto o desejo é restrito, eu posso trabalhar atraindo até mim a Luz que Corrige. À medida que eu trabalho e avanço, o desejo se torna mais revelado, constantemente me mostrando novos estratos da minha incompatibilidade com o Criador: minhas tentativas de usar todos os tipos de desejos, pensamentos e intenções que não se ajustam ao bom relacionamento com o qual o Criador se dirige a mim.

Eu abençoo a restrição do meu desejo de receber, a possibilidade de receber uma tela sobre ele, e depois eu abro gradualmente este desejo na medida em que estou pronto para controlá-lo e usá-lo para doar ao Criador, de modo a ser como Ele. Desta forma, eu abençoo esta renovação integral (Chidush), o meu novo estado, o novo “mês” (Chodesh) e, gradualmente, começo a construir o meu Partzuf espiritual: dez Sefirot da Rosh, dez Sefirot do Toch, e dez Sefirot do Sof, num total de 30 Sefirot, os 30 dias do mês.

Da 1ª parte da  Lição Diária de Cabalá 24/04/13, Escritos do Rabash