Cimento Psicológico

Dr. Michael LaitmanPergunta: No meio do século 20, um fenómeno chamado “família sueca” apareceu. O seu significado está agora um pouco desvanecido. Uma família sueca é, em essência, uma relação, que não está registada oficialmente. Na Suécia, foi formada tal situação económica que fez com que o registo oficial do casamento não fosse benéfico e muitas pessoas vivessem em famílias sem registro de casamento.

Muitas vezes, você fala sobre o facto de que é muito importante observar todas as condições habituais numa sociedade de forma a perceber na totalidade a condição em que marido e mulher estão no seu todo. Porque é que é tão importante registar a sua relação, mesmo que seja numa base religiosa?

Resposta: Um humano é, no fim de contas, um sistema psicológico. E provavelmente, não há fuga daí. Uma vez que mesmo um casamento religioso, mesmo na nossa sociedade, que está longe da religião, ainda se liga a algo. Chame-lhe medo, prejuízo, o que quiser; em qualquer caso pessoas novas e velhas o respeitam.

É por isso que eu defendo que qualquer cultura, qualquer religião, participe no casamento. Isso, contudo, oferece uma base psicológica mais ampla, não espiritual, mas psicológica, e a pessoa é obrigada a apoiar os requisitos do casamento. Na nossa memória, no subconsciente, existem tais lugares escuros e escondidos, que nos lembram que o casamento foi celebrado diante dos nossos familiares, na presença de um grande número de pessoas, que foi validado num sentido religioso, o que prova que somos uma família e por aí fora.

Eu daria ainda a este acontecimento uma publicidade muito maior, não glamour, para que não pareça que estamos a falar de custos materiais, mas de publicidade. Mostraria essas famílias nas TVs locais, ou seja, basicamente torná-lo-ia muito mais fundamental, de forma que houvesse tantos mais obstáculos internos e psicológicos quantos possíveis contra a separação.

Da “Discussão sobre Formação Integral” 8/7/12