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Não Pule As Etapas, Você Precisará Delas Mais Tarde

Dr. Michael LaitmanPergunta: Por que precisamos de todos esses milhares de anos de desenvolvimento, encarnações, e sofrimento, se a grande mudança está ocorrendo somente hoje?

Resposta: O desejo de receber prazer deve submeter-se a todas essas fases e em cada uma delas, não importa quão pequenas sejam, para concluir de forma consciente que seu estado atual é ruim e precisa continuar a viagem, adicionar outra grama de desejo, e subir um milímetro mais em direção a uma nova qualidade.

Em cada novo degrau, tudo parece bem, mas alguns momentos depois lhe falta algo novo, e algo está errado. Outro mal se revela, a tal ponto que você não agüenta mais isso. Antes, tudo era tão bom, e agora isso está me matando, e eu tenho que subir para o próximo degrau.

Assim, nós subimos uma série de degraus, encantadados no início de cada uma e nos contorcendo de dor no final. Sem essas impressões, eu não experimento o contraste entre a Luz e a escuridão, e não adquiro um vaso, construído a partir desses aspectos opostos da percepção. Sem vaso, eu não tenho nada com que me dirigir à Luz do Infinito.

Por isso, eu tenho que andar por todo esse caminho, subir milhares de degraus, tendo absorvido o deleite e o horror de cada um deles. Portanto, nós chegamos ao último degrau da escada, e mesmo agora, no estado de amor e doação, ainda ficamos como o rabino Shimon, que se transformou em um “comerciante do mercado” antes de atingir a correção final.

Que tipo de estado é esse? Para onde ele caiu? No 124o degrau, que antecede o última, ele descobriu que é o pior degrau de todos, onde se sentia como “Shimon do mercado”. Então, quando ele experimentou a diferença com o próximo degrau, ele subiu à perfeição final.

Quanto mais alto você ascender, pior o seu grau atual fará você se sentir, uma vez que ele se torna um trampolim para o próximo. Este grau atual é tão ruim que você não consegue aguentar mais. No fim das contas, tendo reunido todas as suas impressões positivas e negativas, você as eleva para cima. As negativas criam a profundidade do seu vaso, enquanto que as positivos se tornam a sua resposta à doação e, assim, você adquire um vaso completa.

Esperamos por certo “salto”, enquanto não houver nenhum. Uma criança de um ano de idade não pode dar um salto e se tornar uma criança de cinco anos de idade. Será que ela pode realmente saltar um processo lento e gradual de crescimento? Faltariam-lhe aqueles anos perdidos por toda sua vida. Sua percepção em todas as áreas da vida seria distorcida. A preparação do vaso é necessária, e não pode ser evitada.

Da 4ª parte da Lição Diária de Cabalá 13/05/11, “A Liberdade”

Espremido Entre O Bem Eo Mal

Dr. Michael LaitmanPergunta: Como pode existir a “inclinaçãoao mal” se só existe o Criador e ninguém mais além Dele?

Resposta: E quem criou esta “inclinação ao mal” se não há mais nada além do Criador? O Criador criou esse mal. E ela vive sob o jugo do Criador. O Criador a controla; Ele a gerou; ela é Seu filho, como está escrito: “Eu criei a inclinação ao mal”.

Pergunta: Mas o Criador é o bom que faz o bem; portanto, como o mal pode derivar Dele?

Resposta: O bom que faz o bem criou esta “inclinação ao mal”, como é dito: “O resultado final está no pensamento inicial”.  Na verdade, se você decide criar alguém além de você, para que sua criação possa alcançar o seu nível, e se você quer assisti-la com todo seu coração e alma, com tudo o que você tem, então você não tem escolha: você deve criar um vaso nela, um desejo que será exatamente como o seu em quantidade , qualidade, nível de compreensão, e tudo mais, mas com uma impressão inversa. E isso é exatamente o que o Criador fez.

Portanto, a “inclinação ao mal” é a criação inteira; nada mais é necessário. Nós não entendemos isso. Nós pensamos que existem objetos materiais, por exemplo, um lápis. Por que não? Afinal, você vê que ele existe. Tem cor, forma e peso. Mas na espiritualidade ele não existe. Na espiritualidade, a pessoa só existe se ela tiver uma essência individual, algo de si mesma, em vez de existir somente porque alguém a criou.

Digamos que um lápis não existe na espiritualidade, pois não há ação proveniente dele, nenhum desejo de ser semelhante ao Criador. Portanto, ele não existe na dimensão espiritual. Tudo o que vemos em nosso mundo não existe na espiritualidade. Este mundo não existe, porque ele é uma realidade que não tem qualquer movimento pessoal em relação à equivalência com o Criador, em nenhum objeto ou desejo.

Por esta razão, se quisermos criar um ser, devemos programar nele a capacidade de se mover de forma autônoma, independente. Que tipo de criatura o Criador criou? Foi a “inclinação ao mal”. Mas será que essa “inclinação ao mal” tem a sua própria capacidade de mover-se? Será que ela é realmente independente e respeitável? Sim, é sim.

A inclinação ao mal é a linha esquerda na espiritualidade, onde ela reage ao Criador, compreende-Lo, e deseja ser o oposta. É onde tudo começa. A inclinação ao mal não começa com o meu desejo de devorar comida ou dormir.

Depois de passarmos pela preparação neste mundo e atravessarmos a Machsom (barreira), de um lado nós recebemos a “inclinação ao mal” (a linha da esquerda, a recepção) e do outro a “inclinação ao bem” (a linha direita, a doação). É nosso trabalho restaurar a linha do meio entre ambas.

Squeezed Between Good And Evil

No lado esquerdo, há a “inclinação ao mal”, o Faraó, que afirma: “Eu mando!”, e isso só depois da Machsom. E bem diante dele, existe a força superior, de doação. Quanto a nós, estamos na linha média (ou do meio).

Esta é a própria “inclinação ao mal” criada pelo Criador, enquanto que tudo o que temos durante a nossa preparação neste mundo é uma mera existência animal, nem boa nem má. Não é disso que estamos falando. Portanto, esse mundo não existe, é imaginário e não há nem bom nem ruim nele.

As inclinações ao “bem” e ao “mal” só existem na espiritualidade. Elas são os dois anjos, as duas forças, os dois servos. A quem elas servem? Elas servem ao homem que está construindo a si mesmo, ou seja, seu próprio desejo, o seu “Eu”, a partir de ambas. Isso é o que o Criador deseja.

Portanto, como pode o meu “Eu” se concretizar se não tenho essas duas forças a partir das quais vou construira mim mesmo no meio, entre “prós” e “contras”, fazendo minha própria escolha? Portanto, o Criador criou intencionalmente a “inclinação ao mal” como uma força que se opõe a Ele. Afinal, a doação, a “inclinação ao bem”, é o próprio Criador. Então, entre essas duas forças, na parte média de Tifferet, entre os seus e terços superior e inferior, há espaço para o homem.

Somente assim você pode construir um espaço livre ou o ponto de livre-arbítrio. A liberdade reside apenas entre os dois estados bem definidos, que pressionam você de ambas as direções, e você deve escolher entre eles.

O ponto de liberdade, de escolha, do livre arbítrio, é a escolha que você faz no espaço estreito e contraído entre as lâminas da tesoura. Imagine isto: duas paredes começam a se mover de repente e nos apertam entre elas… Isso é que é a liberdade. E quanto mais alto você subir nos degraus da escada espiritual, mais estreito fica o espaço entre elas e mais forte elas lhe pressionam. Mas é a partir dessa própria pressão muito, da horrível tensão entre elas, qu você encontra sua expressão do Eu.

Da 2ª parte da Lição Diária de Cabalá 12/05/01, O Zohar

Responsáveis Pelo Mundo

Dr. Michael LaitmanPergunta: O que devemos esperar das próximas convenções? Qual a intenção que devemos construir?

Resposta: Nós estamos nos aproximando de mudanças muito grandes, devido à nossa união, e eu espero que a próxima série de convenções nos ajude a manter a intenção em conjunto, durante um mês inteiro, sem nos abandonar. Trabalho, família, filhos, problemas pessoais – apesar de tudo isso, inconscientemente, em algum canto da minha mente, eu deixo um espaço para a coisa mais importante e sempre me preocupo com a nossa unidade, sobre como devemos avançar de uma convenção para a outra, de um dia para o outro, em nossas intenções e nossa solidariedade interna – até que, interiormente, revelaremos o Criador.

Nós já temos estudado isso teoricamente há muito tempo. Então, vamos realmente desejar que Ele seja revelado. Nós temos ouvido falar disso milhares de vezes; então, vamos fazer o esforço.

Nós não podemos cair na dúvida: “Outra vez? Quantas vezes temos passado por isso?”. Nós estamos no limiar de uma descoberta. E o mundo também está exigindo isso. Afinal, ele não tem a menor chance de encontrar uma solução. Na Internet, nós podemos ver que tipo de “soluções” estão sendo oferecidas em resposta às crises modernas, como as pessoas estão tentando esconder e silenciá-las, porque não percebem nenhuma saída.

De uma forma que seja confortável, clara e próxima do povo, nós devemos informar ao mundo que existe uma solução, e quanto mais rápido começarmos a fazer isso, menos sofrimento isso nos custará.

Portanto, a nossa intenção nas convenções é começar a “viver permanentemente” no grupo que está trazendo a todo o mundo a solução para a crise. Não há nada mais importante que possamos preparar ou fazer para o mundo.

Agora, nós estamos em um ponto muito importante: há um paciente doente na nossa frente e sua doença é quase fatal, mas podemos criar um medicamento e curá-lo. Então, ele não será apenas saudável, mas se elevará ao nível do Criador, a uma dimensão nova e eterna.

Portanto, devemos atribuir a maior importância possível aos nossos esforços e nosso estado – a ascensão que estamos começando nestes dias. Temos que nos manter responsáveis ​​pelo tipo de tarefa que estamos realizando. Quem somos nós para receber uma missão tão grande: para realmente participar na correção não só do mundo, mas de toda a realidade?

Nós precisamos ser um pouco mais orgulhosos, de modo que isso nos ajudará a sentir a nossa responsabilidade.

Da 4ª parte da Lição Diária de Cabalá 15/05/11, “Paz no Mundo”

Cabalistas Sobre A Torá E Os Mandamentos, Parte 47

Dr. Michael LaitmanCaros amigos, por favor, façam perguntas sobre estas passagens dos grandes Cabalistas. Os comentários entre parênteses são meus.

Trabalhadores do Criador Que Tornam a Torá Árida

A redenção de Israel e a ascensão de Israel depende do estudo da Cabalá. E, vice-versa, toda a destruição e o declínio… de Israel é porque… eles degradaram o seu mérito degradado e o tornaram aparentemente redundante.
– Baal HaSulam, “Introdução ao Livro do Zohar”, Item 69

O Criador nos deu a Cabalá, o método de correção, … para que com sua ajuda possamos aprender a realizar ações com a intenção de beneficiar o Criador. Se não fosse pelo empenho na Cabalá em prol do Criador, … não haveria nenhuma tática no mundo que pudesse nos ajudar a inverter a nossa natureza.

… Se a intenção da pessoa no estudo da Cabalá não for para beneficiar o Criador, … não só não a sua natureza não será corrigido, mas ela vai se tornará pior: seu egoísmo será maior do que aquilo que ela recebeu da natureza.
Baal HaSulam, “Discurso pela Conclusão do Zohar”

Ser Uma Engrenagem Não Significa Ser Um “Otário”

Dr. Michael LaitmanPergunta: No mundo material, nós não temos poder sobre os nossos desejos. Na doação, os desejos são muito maiores; portanto, como seremos capazes de administrá-los?

Resposta: Na doação, eu estou diante de um companheiro. Ao me conectar a ele, sou eu quem determina o grau, o poder e o tipo de desejo, do qual formarei o vaso da alma. Eu sou aquele que toma todas as decisões.

Pensando bem, é aqui que surge outra pergunta: Quem sou eu? Afinal, eu tenho certas predisposições e qualidades que definem o que sou. É verdade que alguns parâmetros não dependem de mim, uma vez que, no final, eu sou apenas uma engrenagem no sistema integrado e posso funcionar apenas com essa capacidade. Não há o que discutir, mas ainda é você quem decide como construir uma relação com os outros, como agir em um mecanismo comum, e como formá-lo em sua própria concepção.

Assim, ao unir-se com os outros, você se apodera de toda a “máquina”. Se você parar, todo o sistema irá parar com você. Você quer desligar o motor? Vá em frente! Assim, ocorre que quando você começa a se mover, você sente toda a realidade e percebe com que parte e com que lado você pode se conectar.

Apesar do fato de você ser apenas uma pequena engrenagem, toda a enorme máquina depende de você, e você adquire o desejo coletivo, todo o sistema, com tudo que está nele. Você, uma mera engrenagem minúscula, tornar-se totalmente idêntica ao Criador, porque todo o sistema depende de você.

O sistema integral possui uma qualidade notável que não conseguimos compreender: todos são tão essenciais nele como um todo. Isso vale até mesmo para aqueles cujos pontos no coração ainda não despertaram. Tais pessoas podem tomar o seu lugar no último instante, para remendar um minúsculo buraco no barco comum, mas sem elas o sistema simplesmente não funciona direito. E no fim, elas também receberão o prêmio coletivo.

Então, por que elas foram as últimas a chegar? Porque elas eram as mais corrompidas. Somente depois que todos os outros forem corrigidos, o tempo dessa última pessoa surge para contribuir com a sua parte para o coletivo.

Nós podemos ter uma tendência a desprezar as “pessoas na rua”. No entanto, são elas que farão o trabalho mais significativo. O Baal HaSulam explica-nos na “Introdução ao Livro do Zohar”: nossos antepassados fizeram um grande trabalho, mas somos nós, os elementos mais inferiores da estrutura integral, que carregamos as luzes para os seus vasos.

Da 4ª parte da Lição Diária de Cabalá 13/05/11, “A Liberdade”

Nós Sabemos O Que Fazer

Dr. Michael LaitmanPergunta: Como podemos disseminar a sabedoria da Cabalá para as massas cujos pontos no coração ainda não despertaram? Como podemos negar a Torá, ou seja, o método de correção da inclinação ao mal?

Resposta: No final da “Introdução ao Livro do Zohar”, o Baal HaSulam escreve que, no fundo, todo mundo tem este ponto, pois após a quebra da alma coletiva, suas partes se misturaram e incluíram-se uma na outra. No entanto, alguns pontos são tão grandes que, quando despertam, começam a atrair a pessoa para o lugar certo, onde ela possa receber a correção e a realização. Enquanto que os outros pontos estão ocultos, e tais pessoas são 99% da população mundial.

Nósdevemos nos dirigir a elas de acordo com seus desejos atuais. Para aqueles que vêm estudar conosco, nós lhes dizemos sobre o desejo de ir direto ao Criador e damos o método de revelá-Lo na conexão mútua com os outros. Quanto aos outros 99%, eles não têm nenhuma relação com isso, nada em comum, em absoluto. Eles não precisam da espiritualidade; eles olham para nós com surpresa total, incapaz de compreender o que nos falta: tem o futebol, a Internet, está tudo bem.

E ainda, eles têm problemas e sentem tristeza. Hoje, o mundo inteiro está afundando em um redemoinho, e não é culpa nossa. Por nós, o Criador não iria incitar as crises, causar catástrofes e colocar a humanidade sob a ameaça de esgotamento dos recursos naturais. Ele faz isso por causa deles.

Nós avançamos sem a necessidade desta crise, uma vez que existe uma força que está nos levando adiante. Mas para eles, deve haver uma força que os empurrará por trás. Esta força é o sofrimento.

Assim, quando nos dirigirmos às massas, devemos lhes oferecer um método de como resolver a crise global em todas as áreas da vida, incluindo a família, a educação, o abuso de drogas, depressão, economia, mudanças climáticas, e assim por diante. Nós possuímos um método que torna possível corrigir tudo o que é ruim, para que possamos nos sentir bem nesta vida, neste mundo.

Nós não dizemos uma palavra sobre o mundo vindouro, já que as pessoas não têm necessidade disso. Se elas ouvissem alguma coisa de nós sobre o lado espiritual da questão, elas nos classificariam como místicos ou loucos. Por isso, precisamos abordá-las de forma adequada: sem mencionar a Cabalá, o Criador e a criatura, a finalidade da criação, e assim por diante.

Nós simplesmente temos de um método, um instrumento que pode corrigir o atual estado ruim, a crise que está consumindo o mundo inteiro. Nós temos algo a lhes oferecer; nós sabemos o que fazer. Ninguém sabe, exceto nós.

Da 4ª parte da Lição Diária de Cabalá 13/05/11, “A Liberdade”

Desembrulhe O Ponto No Coração

Dr. Michael LaitmanPergunta: Há muitos grupos e comunidades em todo o mundo que perseguem todos os tipos de metas. Será que uma conexão sem os pontos no coração ajuda as pessoas a superar o desejo egoísta?

Resposta: O ponto no coração é o desejo de revelar a raiz; ele é uma parte do Criador proveniente do Alto. Eu tenho um ponto negro, a necessidade por algo que eu não posso definir. Nesta vida, falta-me uma sensação, um entendimento: Pra que serve a vida? Por que ela existe? De onde ela vem? Qual é a sua finalidade? Quem está me controlando?

Eu começo a ter dúvidas sobre o propósito da vida. É como se do Alto houvesse um fio ligado a mim, um canal de forças e o governo superior, e eu quero alcançá-lo, para saber a razão de viver. Eu faço perguntas que uma pessoa normal tem medo de perguntar, envergonhada de fazê-la.

Estas questões finalmente fundem-se em uma só: “Qual é o sentido da vida?”. Sem respondê-la, eu não vejo porque eu deveria viver. Eu preciso quebrar a fechadura desta “caixa de jóias”. E se a minha pergunta for até a própria essência, na fonte da vida, isso significa que eu tenho o ponto no coração.

Uma pessoa com o ponto no coração chega ao grupo que estuda com esta questão específica: “Como faço para encontrar o propósito da vida, a sua fonte? Como faço para descobrir o governo superiores e juntar-me a ele com tudo o que eu sou?”. A pessoa não pode desistir no meio do caminho, pois este desejo dirige-se a própria essência da criação, e nada irá detê-lo agora. Ela está pronta para enfrentar o Criador e não sucumbir a qualquer limitação. Não importa o quão duro os outros possam tentar segurá-la, não importa o que possam dizer, a pessoa simplesmente não se importa.

Essas pessoas chegam à sabedoria da Cabalá.

Também há outro tipo, aqueles que ainda estão pensando. Seu ponto no coração também despertou, mas ainda está “embrulhado” com todos os tipos de embalagem. Então, eles estão satisfeitos com o misticismo, práticas holísticas, filosofias orientais, meditação, vegetarianismo, naturalismo, e assim por diante. Todas essas tendências começam com a mesma pergunta, e é por isso que elas são tão populares em nossa época. No nível subconsciente, o homem sente que é hora de transcender um pouco, de mudar …

Assim, gradativamente, nós avançamos. Nós temos que esperar até que as pessoas verifiquem essas direções. Enquanto isso, o desejo delas cresce, de modo que, pouco a pouco, elas vão suspender suas buscas e chegarão à fonte, ao método que possa revelar-lhes essa fonte. Esse é o caminho.

Da 4ª parte da Lição Diária de Cabalá 13/05/11, “A Liberdade”

Amar “Como A Si Mesmo” É Amar Mais Do Que A Si Mesmo

Dr. Michael LaitmanPergunta: Como é que a leitura do Livro do Zohar me ajuda a sentir o nosso desejo coletivo?

Resposta: O Zohar nos diz sobre o sistema corrigido da conexão entre nós. Se eu sentir a minha conexão com os outros como não corrigida e desejar corrigí-la, eu estudo O Livro do Zohar e assim desejo ser elevado ao seu nível, ao nível da conexão corrigida.

Eu não sei o que é o estado corrigido e como eu posso ascender até ele. Eu só sei que devo chegar ao estado que O Zohar descreve. Eu não entendo o que está escrito ali, eu nem tenho que saber a língua, não importa.

O que importa é que eu me esforço para ser corrigido. Ser corrigido significa unir-se com o grupo, a sociedade, os outros, e chegar a amar os outros como amo a mim mesmo. Afinal, o amor significa a união entre nós, quando os desejos dos outros e os meus próprios são uma e a mesma coisa. Então, nós estamos unidos.

Está escrito que se você tiver um traveseiro, você tem que alcançar o estado em que você dá este travesseiro para o outro. Por quê? Porque o desejo dele se tornou mais importante para você do que o seu próprio desejo. Por que isso é considerado como amar os outros como você ama a si mesmo? Uma vez que, anteriormente, voce amou a si mesmo mais do que ele e agora você deve amá-lo extamente como você costumava amar a si mesmo, isso é mais do que a si mesmo. E isso é o que denominamos a qualidade de doação que habita no homem.

Isso parece irreal, terrível e indesejado. Eu não tenho nenhuma idéia para que estamos estudando isso. E é assim que todo mundo pensa. Mas não há escolha. Gradualmente, a importância da qualidade mergulha cada vez mais profundo em nós. Começamos a ver o maior e único valor na mesma e, de forma gradual, concordamos em viver nele. É assim que a Luz nos afeta, especialmente quando lemos O Zohar. Ele desce e corrige a nossa atitude em relação à doação.

Da 2ª parte da Lição Diária de Cabalá 13/05/11, O Zohar