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Para Quem Nós Oramos?

Recebi uma pergunta: Para quem eu peço a Luz que Reforma? Para meus amigos corrigidos, supostamente, ou para mim mesmo?

Minha resposta: O pedido de uma pessoa sai do fundo da sua carência, de seu desejo. O desejo tem que ser para a sociedade. De fato, se estamos falando sobre o alcance da espiritualidade, não existe nenhum cálculo individual com ninguém lá.

Não existe uma situação em que eu exista no mundo espiritual. Eu é o coletivo das almas que me inclui. Então, a pessoa não pode permanecer sozinha, separada dos outros. Assim, para qual vida a pessoa pede fortalecimento? Força de vida é para o corpo comum da alma unificada. Portanto, a pessoa tem que pedir a força para dá-la a esse corpo. Toda sua vida é definida pelo quanto ela dá para o sistema comum.

Assim, mesmo que a oração de alguém seja motivada pelo desejo de receber força, é uma oração para se ter a força de doar ao corpo da alma comum. Por isso, tanto faz que ele esteja pedindo para todos ou para si mesmo, é a mesma oração.

Quando dizemos que existe uma “oração de um” (individual) e uma “oração de muitos” (coletiva), ainda é uma oração não corrigida. Não existe outra oração além da “oração de muitos” que é a oração pela sociedade. Porém, enquanto a pessoa não está no estado totalmente corrigido, ela pede parte para si mesma e parte para a sociedade. De acordo com isso, ela recebe reforma e correção para sua meta e ela a sentir quando está melhor ou quando está pior. Dessa forma, ela é conduzida à correta oração.

Da 1a parte da Lição Diária de Cabalá 24/05/10, O Zohar

Educação No Mundo Espiritual

Dr. Michael LaitmanUma pergunta que recebi: Como é que o Superior educa o inferior nos degraus da escada espiritual?

A Minha Resposta: O grau Superior transforma-se no seu estado inferior (Katnut) e desce até o inferior apresentando-se a si mesmo ao inferior como menor. Nós fazemos a mesma coisa quando brincamos com crianças. Nós queremos que as crianças tenham sucesso, então nós abaixamo-nos e deixamos-as ganhar o jogo. Nós abaixamo-nos para estabelecer uma conexão com elas.

É como um mentor, que age entre as crianças como se fosse como elas; então, gradualmente, ele começa a mudar, para modelar um comportamento mais desejável, para que as crianças o pudessem ver como um exemplo de uma criança corrigida. Primeiro, o mentor apresenta um exemplo como uma criança, não como um adulto, para que as crianças se possam relacionar a ele. Nós sabemos que as crianças aprendem mais prontamente de outras crianças que dos adultos.

Isto é porque o ambiente impacta as pessoas apenas se as pessoas nele estão como iguais. Amigos devem estar em termos iguais; assim, eles podem servir como exemplo um ao outro. Se eu sinto que um amigo é maior que eu, ele não é mais meu amigo. Eu aprendo do mesmo nível em que eu estou.

A mesma maneira acontece no mundo espiritual. O Superior desce ao inferior e torna-se idêntico ao inferior em tudo, e fazendo isso, ele une-se com o inferior. O inferior não se anula a si mesmo perante o superior, dado que eles são aparentemente iguais; logo, eles podem se unir em termos iguais. Depois disto, o Superior pode ascender e trazer o inferior para cima consigo.

De forma a ascender com o Superior, o inferior deve anular seus desejos de recepção (AHP), mas permanecer unido com o Superior como um igual, nos desejos doadores (Galgalta ve-Eynaim). Assim, quando o Superior desce até eu, eu não o perceberei como um superior, porque ele se tornou como eu. Se um adulto de dois metros brinca com uma criança enquanto combina as emoções da criança e os comportamentos, a criança não o perceberá como um adulto alto. A criança pensa que o adulto é tal como ela. Sem esta similaridade da perspectiva da criança, não haveria qualquer contacto entre eles!

A verdade é que eu não me posso unir com qualquer um se ele não estiver no mesmo degrau comigo, no mesmo nível, nas mesmas qualidades, nem mais, nem menos. Então pode haver uma conexão entre nós, mas não antes!

Isto é como em ondas de alta frequência: se você pisar ligeiramente além dos limites da frequência, a conexão desaparece. É o mesmo para a conexão espiritual: nós temos de alcançar totalmente a congruência exata, nem mais, nem menos, no mesmo nível. Caso contrário, não haverá qualquer contacto; a pessoa não penetrará a outro.

Da 2ª parte da Lição Diária de Cabala 25/05/10, “Prefácio ao Comentário Sulam”

Sete Bilhões De Habitantes Do Mundo Espiritual

Dr. Michael LaitmanUma pergunta que recebi: Como eu faço para verificar se eu realmente ascendi na escada espiritual e não estou enganando a mim mesmo para agradar o meu egoísmo?

Minha resposta: Do Mundo do Infinito até o nosso mundo e de volta para o Mundo do Infinito, existe uma escada com degraus espirituais que diferem na espessura ou grossura do desejo (desejo de receber) e sua tela, que o transforma em doação. Todas as diferenças estão apenas nas telas.

À medida que eu subo os degraus, a quantia da minha doação aumenta em equivalência com aquilo que existe no nível imediatamente superior, mas o meu caráter, os atributos originais, continua o mesmo. Portanto, cada um de nós ascende o mesmo degrau e doa de uma maneira diferente, com um estilo pessoal.

Em nosso mundo, que em comparação ao mundo espiritual parece apenas um degrau, existem sete bilhões de pessoas, e todas são diferentes. Da mesma forma, em qualquer um dos 125 degraus do mundo espiritual, existem sete bilhões, e todas são diferentes, mas existem de uma forma comum. No mundo espiritual tudo existe em prol da doação; mas cada degrau difere no tipo de doação.

Parece-nos que a única diferença está na quantidade: mais ou menos doação. No entanto, os 125 degraus não diferem na quantidade de doação, mas cada um deles é uma relação totalmente diferente com o Criador, outro tipo de conexão. É por isso que eles estão separados uns dos outros.

Da segunda parte da Lição Diária de Cabala 25/05/10, “Prefácio ao comentário do Sulam”

A Luz No Escuro

Dr. Michael LaitmanDado que somos criados a partir do desejo de receber prazer, todo o nosso trabalho espiritual é feito à noite. Sem sentir prazer (na escuridão da noite), nós podemos testar-nos a nós mesmos: somos nós capazes de fazer algo movido por outro “combustível”, de modo que não haja a recompensa que defina quanto trabalho nós fazemos, mas em vez disso o trabalho em si mesmo o faz? Podemos nós trabalhar sem alcançarmos o Criador, mas apenas com nossa fé traremos deleite a Ele?

Trabalhar para O deleitar, e não a nós mesmos, só pode ser feito durante a noite, em estados em que nós não sentimos prazer. Desta forma, camadas de desejos não corrigidos que exigem satisfação com recompensas para nós mesmos são propositadamente e continuamente despertados no nosso desejo de receber prazer.

Isto dá-nos a oportunidade de trabalhar sobre este desejo não corrigido de receber para nós mesmos. O esforço de trabalhar no desejo de receber aparece para que nós possamos trabalhar não em prol de uma recompensa, mas para deleitar o Criador: trabalhar não pela recompensa de alcançar o Criador, mas apenas trabalhar para Ele. O sucesso resulta da nossa capacidade de reconhecer a grandeza do Criador.

Quando uma pessoa descobre que não é capaz de fazer isto, ela exige assistência de Cima. A força de Cima vem até ela através do grupo, dado que ela não tem uma conexão Acima. À medida que ela começa a procurar este “Acima”, após numerosas tentativas fracassadas de perceber alguma coisa, ela chega a um ponto de desespero e compreende que “Acima” significa “através do grupo”.

Neste ponto, se ela entra no grupo, ela será capaz de receber, dentro dele, a mesma força que irá mudar sua natureza de recepção em doação. Então, ela será capaz de trabalhar durante as noites enquanto bendiz o Criador. Então, a pessoa trabalha não em prol de preencher seus desejos egoístas; com a ajuda da noite ela ascende para doar.

Nós não exigimos que a noite se vá embora, dado que o “dia” consiste de trabalhar em prol da doação. Quando nós não sentimos “luz” nos nossos desejos e nós trabalhamos acima disto, não em prol de preencher nossos desejos, então nós percebemos o dia. Desta forma, na percepção dos nossos desejos receptores, nós existimos na noite, mas na percepção dos nossos desejos doadores, a “luz” brilha.

Da 1ª parte da Lição Diária de Cabala 24/05/10, O Zohar

Minha Escolha: Uma Dimensão Elevada

Dr. Michael LaitmanUma pessoa é conduzida pelo Alto ao lugar da sua liberdade de escolha. A nossa liberdade de escolha não consiste em escolher entre o prazer e o sofrimento. Foi isso que nos trouxe a este lugar, este estado. Agora, a nossa escolha está em algo mais, acima do prazer e do sofrimento, algo que está numa dimensão elevada.

Existe certo plano neste mundo, por meio do qual nós fomos conduzidos, trazidos de um lugar mau para outro lugar que parecia bom, melhor que o último, porque o sofrimento nele era menor. Rapidamente, este lugar também parecia mau, e era hora de avançar. Mas, nós não percebemos que não importa para onde formos, será apenas pior (um mal maior surgirá).

My Choice

Desta forma, dentro das fronteiras deste mundo, nós permanecemos no mesmo lugar. O que eu preciso é sair disso, para cima, para outra dimensão. Eu preciso escolher valores completamente novos e diferentes para o que eu chamo de “bem e mal” – para o medir em respeito a “recepção e doação” e “verdade e falsidade” – em vez de escolher medir bem e mal contra “prazer ou sofrimento” como eu o faço atualmente. O prazer e o sofrimento foram experimentados pelo meu corpo animal; verdade e falsidade são experimentados pelo ser humano em mim.

Em outras palavras, a minha escolha está em desenvolver o gene espiritual que me foi dado, ao verdadeiro nível humano. Isto constitui a minha liberdade de escolha: escolher novas preocupações, um novoobjetivo, e uma dimensão completamente diferente.

Então, eu perceberei tudo que permanece abaixo, neste mundo, apenas conforme for necessário, e eu escolho me empenhar no ser humano em mim. Eu tenho um ponto no coração, o primeiro gene espiritual (Reshimo), do qual eu começo a desenvolver o ser humano em mim. Como eu faço isto? Eu faço isto ao escolher o ambiente, os livros, e o professor.

Adquirindo As Forças Que Me Faltam

Dr. Michael LaitmanUma pergunta que recebi: Como posso eu exprimir o meu amor pelos amigos se eu ainda não existo no mundo espiritual?

Minha Resposta: Você tem de mostrar a todos quão entusiasticamente você percepciona tudo, quão firme você é na sua aspiração para alcançar a espiritualidade, quão voluntariamente você participa no trabalho e na disseminação da Cabala, quão pronto você está para se unir com os amigos e os ama, isto é, quanto esforço você coloca nisso.

Você tem de dar o exemplo abertamente, e isto despertará os outros. É assim que nós nos comportamos com as nossas crianças neste mundo: nós damos constantemente um exemplo para elas, e isso promove-as a agir. Se nós queremos que uma criança sorria para nós, nós sorrimos para ela.

É assim que nós devemos agir em relação a um amigo também. Se eu faço algo por ele, no próximo momento eu fico inspirado pela sua reacção. Até se eu fingisse minha aspiração pela espiritualidade, isso o incendiaria, e ele despertaria. Entretanto, a sua inspiração na realidade desperta-me.

Eu comecei com uma fraude e através dela eu tornei-me verdadeiramente inspirado. Eu construo o ambiente para mim mesmo precisamente de forma a assumir seus desejos como uma lei para mim mesmo. Eu influencio o ambiente a toda a hora, demonstrando o meu amor pelos amigos, a importância do objectivo, e a prontidão em me anular. Em resposta, eu recebo deles todos os componentes que me ajudam a alcançar o Criador. Eu recebo tantas vezes mais destes componentes quanto existem pessoas no grupo. O grupo fornece-me as forças corrigidas que a mim mesmo me faltam.

Da 4ª parte da Lição Diária de Cabala 23/05/10, Artigo “Sobre o Amor dos Amigos”

O Trabalho Interno De Um Cabalista: “Sobre O Amor Dos Amigos” – 23.05.10

Dr. Michael LaitmanArtigo “Sobre O Amor dos Amigos”:

1. Porque preciso eu do amor dos amigos?

O Amor dos amigos é a conexão entre almas.

“Eu” é a minha alma, um “amigo” é uma alma diferente, mas o amor é o tipo de conexão entre nós, na qual ele se torna mais importante para mim que eu para mim mesmo, e, conseqüentemente, eu sou mais importante para ele que ele é para si mesmo. Eu tenho de sentir os seus desejos tão próximos como os meus próprios. Isto é chamado amar o outro como você se ama a si mesmo.

Contudo, amar o outro não significa sentir os desejos materiais do nosso mundo e os servir; em vez disso, significa unir nossos desejos de alcançar o Criador. Eu estou a construir uma construção espiritual totalmente nova, a alma comum de Adam HaRishon, que nunca existiu antes e que está acima de toda a corporalidade.

2. Por que escolhi eu estes amigos especificamente, e por que eles me escolheram?

Escolhi eu verdadeiramente estes amigos? A força de Cima levou-me a este grupo. Então, onde começa o meu livre arbítrio? Nós construímos nosso livre arbítrio todo o dia, constantemente verificando porque precisamos nos unir com os amigos:

a) Vejo eu neles, e eles em mim, o ponto no coração, isto é, o desejo de unir e alcançar adesão com o Criador?

b) Que conexão deve ser estabelecida de forma a descobrí-Lo entre nós de acordo com a lei de equivalência de forma?

3. Deve cada amigo exprimir abertamente o seu amor ou é suficiente que ele esteja oculto no seu coração?

Cada um deve exprimir abertamente seu amor pelo grupo. Ao o fazer, ele irá aumentar o amor nos corações dos amigos e irá ser impressionado por eles. Se anteriormente ele tinha apenas o seu poder individual de amor pelos amigos, agora ele receberá os poderes de todos os amigos no grupo.

A pessoa deve sempre se recordar do propósito do grupo que é de se fundir com o Criador.

Um grupo Cabalistico é fundado sobre o amor dos amigos, pois ele é o trampolim para alcançar o amor do Criador. É por isso que nós devemos mostrar uns aos outros exemplos de amor de outrem.

4. É necessário saber o que falta a cada amigo de forma a o preencher, ou é suficiente amar os amigos em geral?

É suficiente amar os amigos em geral para se assegurar que a um amigo não falta motivação, apoio no caminho, inspiração, e o sentimento de quão importante o Criador e o grupo são, e de lhe providenciar com tudo isto ao melhor da sua habilidade.

Da 4ª parte da Lição Diária de Cabala 23/05/10, Artigo “Sobre Amor dos Amigos”

Deixem Vossos Burros A Pastar Embaixo

Para que eu me anule perante o grupo, eu preciso ver os méritos do meu amigo e não seus defeitos. Eu preciso ver o ponto divino e espiritual nele:

1. Certamente, o Criador o quer!

2. Ele é especial e grande porque há uma parte do Criador dentro dele.

3. Ele foi escolhido para ser meu parceiro no caminho espiritual. Quando o Criador o criou, Ele sabia que eu seria capaz de O alcançar apenas com este amigo.

Os defeitos de cada um são o “burro” (matéria) que permanece em baixo. Mas os defeitos do meu amigo não me importam, porque ele trabalha em anular a sua inclinação ao mal, da mesma maneira que eu anulo a minha. Apenas o seu ponto no coração importa para mim. Todas as outras qualidades corpóreas foram feitas pelo Criador, e nós queremos elevar-nos com o nosso ponto no coração acima dos desejos do coração inteiro, todo o nosso “burro.”

Todas as outras qualidades do meu amigo não me interessam e não parecem existir; eu vejo apenas este ponto espiritual dentro dele. É especificamente com este ponto que eu preciso me unir e não com seu “burro”. É o mesmo para ele em respeito a mim. É por isso que nós não podemos ter quaisquer problemas com o egoísmo de cada um; nós simplesmente não o levamos em consideração, nem trabalhamos com ele. Nós estamos a construir uma rede usando apenas os nossos pontos no coração.

Os que se vêem a si mesmos acima dos outros não serão capazes de se unir com eles. Como pode ser que alguém está acima dos outros, quando cada um tem apenas um ponto no coração e nada mais? Nossos “burros” podem diferir um do outro; por exemplo, um é mais forte, outro é mais fraco. Mas os pontos não podem ter quaisquer diferenças; todos os elementos são igualmente importantes na espiritualidade, porque a perfeição não pode existir sem todo e cada um deles.

Eu estou a olhar para o meu amigo e vejo o seu corpo corpóreo, seu “burro”, mas há um ponto no coração dentro dele. Não é um órgão interno; é uma parte divina de Cima! Há uma parte do Criador em si, e eu anseio para Ele com tal poder que eu quero agarrar-me a Ele e O sentir! E tudo isto está dentro de si. Não há qualquer outro local onde eu me possa encontrar com o Criador. Apenas ao criar uma conexão com estes pontos dentro dos meus amigos eu posso encontrar com o Criador.

Eu não tenho outra oportunidade para O contactar. Ele irá apenas se revelar a Si Mesmo se eu me agarrar ao seu ponto no coração, e ao dele, e ao dele, e…. Quando eu me penduro nestes pontos no coração e me cancelo a mim mesmo perante eles, isso significa que eu me anulo perante o Criador.

Não importa que você mesmo ainda não se corrigiu e que você é um egoísta. Quando eu me anulo perante o seu ponto no coração, eu uno-me com o elemento de doação, a parte autêntica do Criador dentro de si. Assim eu uno-me com o Criador.

A espiritualidade está aqui mesmo, entre nós, e não em algum outro lugar, algum outro mundo. Eu posso sentir claramente este Kli espiritual; o facto de nós não o sentirmos é o nosso problema psicológico.

Da 3ª parte da Lição Diária de Cabala 20/05/10, Artigo, “Propósito da Sociedade”

As Letras São Meus Atributos

Dr. Michael LaitmanO Zohar, Capitulo “VaYikra (O Senhor Chamou)”, item 156: As treze qualidades de Rachamim dependem da Yod, da ponta superior da Yod, Keter, na qual existem as treze correcções de Dikna. Assim, a Yod consiste de VavDalet, para indicar ZON dentro dela, do qual elas se tornam YESHSUT, que é Bina que voltou a ser Hochma. É aqui que todos os Mochin emergem, e eles são a perfeição de tudo, porque o preenchimento de VavDalet em Gematria é dez, isto é, que eles são tão importantes como ela.

Uma pergunta que recebi: O Zohar fala muito sobre letras. Qual é a conexão entre as definições das letras descritas em O Zohar e uma letra usada como símbolo descrevendo como o sistema do Governo Superior nos influencia?

Minha Resposta: Eles são o mesmo. As letras são os vasos espirituais através dos quais a Luz age sobre nós. Nós podemos falar sobre a Luz ao lhe chamar uma letra, tal como “Yod”, “Vav”, ou “Dalet”. Uma letra é um atributo da Luz, que a Luz adquiriu quando atravessou a letra de forma a impactar em nós de certa maneira. Uma letra é também um atributo do vaso espiritual que se tornou similar à Luz de forma a percebê-lo.

De acordo com a lei de equivalência de forma, é impossível perceber a Luz a menos que eu seja similar à forma através da qual ela impacta em mim. Suponhamos que a Luz penetre através de “Vav” e aja sobre mim. Então, eu devo também adquirir a propriedade “Vav”, para assumir a forma de “Vav”, de forma a estar conectado com a Luz. Mas dado que eu próprio construo similaridade a “Vav” a partir do meu material, eu não sou mais “Vav”. O meu material é agora diferente, e eu torno-me a próxima letra, “Dalet”.

Logo, por um lado, nós temos “Yod” (Hochma), cuja soletração de três letras (“Y-O-D” ou “YodVavDalet“), mostra de que forma nós a podemos perceber. Quando nós adquirimos “Vav” e “Dalet”, “Dalet” irá tornar-se similar à “Vav”. Mas não são Dalet e Vav duas letras diferentes? Verdade, elas são diferentes, mas elas são similares uma à outra. Dado que elas são criadas de material diferente, elas adquirem formas apropriadas. É por isso que existem tantas formas de letras embora cada forma seja doação.

Da 1ª parte da Lição Diária de Cabala 5/23/10, O Zohar

Uma Fórmula Simples Para A Vida Espiritual

Dr. Michael LaitmanSe você não percebe um forte desejo pela espiritualidade em seus amigos, se você não for afetado pelo ambiente, ou se inspirar pela doação, isso significa que você não se envolve com o ambiente. Comece envolvendo-se com os amigos e você verá como eles lhe influenciam em troca.

A fórmula é muito simples: eu me conecto a um grupo e juntamente com todos alcanço o estado em que começamos a nos influenciar mutuamente. Nosso círculo transforma-se no vaso espiritual (Kli). Todos os nossos desejos pela espiritualidade, os nossos pontos no coração, unem-se nele, e, acima deles, construimos uma tela anti-egoísta, a nossa doação mútua.

A Simple Formula

Agora que nós nos influenciamos mutuamente, devemos analisar se devemos ou não fazê-lo em prol da doação ao Criador. Se devemos, então temos uma tela e a Luz Refletida. A Força Superior torna-se imediatamente revelada, de acordo com a equivalência de forma. A fórmula é muito simples: “Eu” –> grupo –> alma!