“Tempos Que Exigem Uma Mão Dura” (Times Of Israel)

Michael Laitman, no The Times of Israel: “Tempos Que Exigem Uma Mão Dura

Há uma atmosfera tensa em Israel nos dias de hoje. Dentro de uma semana, um total de 11 pessoas foram mortas em ataques terroristas perpetrados por árabes israelenses ou por palestinos que entraram ilegalmente em Israel. Não há dúvida de que não devemos deixar o medo dominar e perturbar nossas vidas, mas ao mesmo tempo é óbvio que há pânico na sociedade israelense. Os recentes ataques inspirados pelas táticas do ISIS provaram que tais atos podem acontecer em qualquer lugar e a qualquer momento.

Qualquer cidade do mundo que tenha sido afetada pelo terrorismo pode se relacionar com a sensação de pânico e ansiedade que permeia cada rua, cada centímetro de bairros inteiros. Medo, desconfiança, raiva e tristeza são todos sentimentos que descrevem o atual estado de espírito dos israelenses que sentem que seu direito de viver uma vida normal lhes foi tirado.

Nossos sábios escreveram: “Aquele que vier matá-lo, mate-o primeiro” (Midrash Rabbah, 21:4) e “Se alguém vier matá-lo, mate-o primeiro” (Midrash Tanchuma , Pinhas, Capítulo 3). Essa antiga lei também se aplica àqueles que protegem a si mesmos ou a outros de uma ameaça existencial. Tem como objetivo salvar vidas daqueles que deliberadamente querem matar a nós ou a outros.

Os terroristas de hoje não têm medo de nada; mesmo sua própria morte não é um impedimento. Eles sabem que, se conseguirem infligir danos, serão saudados como heróis em suas cidades natais, seus quadros enfeitarão praças e doces serão distribuídos nas ruas onde moravam para celebrar os assassinatos que cometeram. Já vimos isso muitas vezes em ataques anteriores. Além disso, a família do assassino receberá uma generosa compensação financeira daqueles que apoiam o terrorismo. E caso o terrorista sobreviva e vá para a prisão, vai encontrar melhores condições lá do que tinha em casa.

Mesmo que cobríssemos cada rua e cada bairro com seguranças, não seríamos capazes de eliminar a ameaça e o medo que nos assola. No entanto, se começarmos a responder com mão de ferro àqueles que procuram nos matar, como nos mandam fazer, poderemos combater efetivamente o terror. Se, por outro lado, continuarmos a nos encolher, o círculo de terror se ampliará e continuaremos testemunhando eventos violentos e extremos que acontecem conosco, e enfrentaremos repetidas vezes as imagens desoladoras de órfãos e viúvas.

Estamos em uma luta constante por nossa segurança aqui em Israel. De ataque em ataque, sentimos ondas de choque que nos obrigam a nos questionar: por que devo viver assim, com que propósito? Se não aqui, onde eu poderia morar?

Se avaliarmos nossa situação corretamente, chegaremos finalmente à verdade mais simples: nossos inimigos externos só podem ser neutralizados por nossa unidade interna. Nossa existência depende de quanto nos apoiamos e ajudamos uns aos outros. Devemos construir uma sociedade que viva em garantia mútua acima de nossas diferenças, porque “amar o próximo como a si mesmo” (Lv 19:18) é a grande regra da Torá. Se vivêssemos de acordo com ela, todas as pessoas sentiriam uma iluminação positiva emanando do povo judeu e, graças a ela, o resto da humanidade também se aproximaria da realização dessa regra.

Se implementarmos esse princípio e nos unirmos como membros de uma família unida, ninguém poderá nos prejudicar. Assim, a solidariedade e a coesão interna são as defesas verdadeiras e duradouras contra nossos inimigos.