“Uma Guerra Pelas Cosmovisões” (Linkedin)

Meu novo artigo no Linkedin: “Uma Guerra Pelas Cosmovisões

A guerra na Ucrânia parece estar num impasse; a Rússia subestimou a determinação do povo ucraniano e o poder militar de seu exército, e a Ucrânia não é forte o suficiente para expulsar completamente as forças russas do país. Como resultado, uma guerra que muitos esperavam que não durasse mais de duas semanas antes que a Ucrânia capitulasse tornou-se uma guerra de desgaste que está dizimando as cidades da Ucrânia, deslocando um quarto de sua população, até agora, e matando milhares de civis. Por outro lado, a guerra está esgotando o poderio militar da Rússia, esgotando seus recursos e frustrando sua liderança.

No entanto, um processo mais clandestino, mas muito significativo, está ocorrendo na Ucrânia: um adeus às ideologias impositivas e o início de uma abordagem mais racional da governança. Winston Churchill, primeiro-ministro da Inglaterra durante a Segunda Guerra Mundial, sabia uma ou duas coisas sobre lutar contra tiranos. Em 1947, ele disse: “Muitas formas de governo foram testadas e serão testadas neste mundo de pecado e aflição. Ninguém finge que a democracia é perfeita ou sábia. De fato, foi dito que a democracia é a pior forma de governo, exceto por todas as outras formas que foram tentadas de tempos em tempos”.

Eu tendo a concordar com esta afirmação, embora claramente tenhamos testemunhado as falhas dos regimes ocidentais desde 1947 mais de uma vez. No entanto, não é porque precisamos mudar a abordagem ocidental de governança, mas porque precisamos adicionar um elemento que falta para solidificá-la e garantir seu sucesso: a preocupação sincera com os outros.

Se os governos ocidentais forem atormentados pela mesma fome de poder que mancha todos os outros regimes, eles inevitavelmente se tornarão despóticos também, embora talvez com títulos que soem mais atraentes e, portanto, mais enganosos.

Para ter sucesso, o objetivo da civilização ocidental deve ser estabelecer sociedades que não sejam apenas livres da tirania, mas livres do ódio aos outros, pois o ódio é a causa da tirania e da opressão.

A libertação do ódio é o próximo passo da humanidade. É imperativo manter a democracia enquanto estamos evoluindo, mas não devemos pensar que a democracia é o fim do caminho. O tempo todo, devemos aprender a cuidar dos outros, começando com nossos próprios países e terminando cuidando de outras nações, assim como cuidamos da nossa. Só assim a humanidade terá um futuro sem derramamento de sangue.