Pergunta: A Holanda tem um museu do corpo humano. É criado de forma tão realista que tira o fôlego dos visitantes. Dentro do museu, na verdade, existe uma cidade inteira composta de diferentes partes do corpo pelas quais você pode passear.
Os visitantes sentem que são pequenos e se movem pelos corredores de um gigante humano artificial enquanto observam como o sangue circula, como o trato digestivo funciona e o coração gigante bate, como os sistemas auditivo e muscular, cordas vocais, ossos e dentes trabalham. Tudo isso pode ser estudado em detalhes e visto em ação.
Ao viajar pelo corpo, os visitantes podem ver claramente como os hábitos prejudiciais afetam negativamente o trabalho de órgãos e sistemas.
Que transformações ocorrem dentro de uma pessoa quando ela se familiariza com o mundo ao seu redor e com o sistema de conexões nele? De alguma forma, isso muda sua atitude interior em relação ao mundo, a si mesma?
Resposta: Pode mudar, é claro.
Pergunta: Por que essa impressão, essa inspiração, não age em uma pessoa a longo prazo, para que a todo momento ela se lembre do sistema de conexões?
Resposta: Ela desfruta ou não? Se ela não desfruta, ela esquece imediatamente. Se desfruta, isso permanece na medida em que é agradável para ela.
Pergunta: É possível fazer a mesma simulação, o mesmo museu de “relações entre pessoas”? Podemos criar esse modelo?
Resposta: Pode ser imaginário, mas não ensina nada a uma pessoa, porque é contra a natureza humana. Tudo isso será desagradável para ela.
Ela ficará feliz em ver uma imagem tão bonita, mas não em participar dela contra sua natureza egoísta!
Pergunta: Mas se todo mundo a trata bem, faz tudo para o seu benefício, ela não se envolve neste jogo?
Resposta: Ele a ocupará por um curto período de tempo, como ir ao cinema.
Pergunta: E o que é preciso para uma pessoa querer não apenas se envolver neste jogo, mas também mudar a si mesma para que isso se torne seu?
Resposta: Para fazer isso, ela deve, é claro, já adquirir sofrimentos significativos na vida. De que outra forma ela vai querer isso? Afinal, tudo isso é contra a nossa natureza.
Pergunta: Quando uma pessoa sofre, ela sempre quer fugir, essa é a coisa mais fácil. E aqui ela tem a opção de adquirir outra coisa. Como acontece o ponto de inflexão da escolha, quando ela não quer mais fugir, mas quer escolher um novo caminho?
Resposta: Quando não há outro caminho. Quando ela tem que encontrar o sentido da vida, caso contrário, a vida não vale nada. Só não quero outra coisa senão o sentido da vida! Por que eu preciso de tudo isso? Por que existo? Por que nasci? Se isso a incomoda muito, somente na extensão dessa preocupação, na extensão desse sofrimento, ela será capaz de mudar.
Pergunta: Percorrendo os corredores de um museu desses, que também estão sendo criados em Toronto e Nova York, uma pessoa não terá pensamentos sobre o sentido da vida se estiver sofrendo?
Resposta: Absolutamente não! Isso é sobre fisiologia, não sobre o mundo interior de uma pessoa. Sobre suas entranhas, mas não sobre seu mundo interior.
Pergunta: Onde surge a pergunta sobre o sentido da vida?
Resposta: Não é dentro de uma pessoa. Nem no coração, nem na mente. É na alma. E a alma não está dentro de uma pessoa. Está ao lado dela.
Pergunta: Como o despertar dessa pergunta acontece dentro de uma pessoa?
Resposta: A alma faz uma sugestão ao cérebro de uma pessoa que começa a pensar nisso.
Pergunta: O que é a alma?
Resposta: A alma é a pergunta sobre o sentido da vida. Por enquanto. Mais tarde, ela se desenvolverá a partir dessa pergunta.
Pergunta: No que se converterá?
Resposta: Se converterá em uma capacidade, na qual a pessoa começará a atingir o sentido da vida. O desejo de atingir o sentido da vida é chamado de alma, o estado inicial da alma.
Então, esse desejo começa a se encher de todos os tipos de realizações espirituais, espiritualidade – sobre o sentido da vida. Assim, ela se desenvolve.
Uma pessoa começa a fazer perguntas mais inteligentes, mais eternas, mais elevadas e recebe respostas para elas. Este é o desenvolvimento da alma.
Comentário: A realização do sentido da vida é diferente para todos.
Minha Resposta: E não podemos comparar. Como posso retirar minha alma e colocá-la em você para que você possa comparar duas almas lá?
Pergunta: Uma pessoa tem um desejo crescente pelo sentido da vida. Isto é o que chamamos de alma. Todo mundo tem seu próprio desejo, que não é como os outros. Então, o que acontece com esses desejos? Eles se conectam?
Resposta: Eles não se conectam. Por que eles se conectariam?
Comentário: Eles dizem que existe uma grande alma para todos.
Minha Resposta: Essa conexão é diferente quando temos um objetivo comum. Quando precisamos alcançar um objetivo comum, as almas se conectam para alcançar o objetivo comum. Mas elas se conectam através da oposição.
Pergunta: Por que elas se opõem?
Resposta: Para não se anular. E uma vez que elas se conectam, temos um todo comum que consiste em muitas partes.
Pergunta: Como eles se conectam?
Resposta: Por meio das qualidades de doação e amor.
Pergunta: E o que esses desejos conectados descobrem sobre o sentido da vida?
Resposta: Eles descobrem a interação entre si acima do egoísmo comum.
Pergunta: Existe algum tipo de definição única dessa interação entre eles acima das qualidades?
Resposta: É a alma comum, Adam. A rede comum de conexões é chamada “Adam” das palavras “semelhante ao Criador”.
Pergunta: As pessoas, construindo todos esses sistemas de conexões, desejam inconscientemente alcançar a rede superior de conexões?
Resposta: Sim. A alma anseia por isso.
De KabTV, “Notícias com Michael Laitman”, 03/03/20
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