Baal HaSulam em suas cartas e artigos explica os estados de subidas e descidas na espiritualidade, que são esperados.

Enquanto trabalhamos neste mundo, praticamente não pensamos que deveria haver uma alternância entre estados bem-sucedidos e não bem-sucedidos. Nós sempre nos esforçamos para frente.

Mas no mundo espiritual, não é assim. Quando realmente entramos de forma séria no processo espiritual, começamos a compreender que devemos levar em conta as subidas e descidas. Além disso, esses estados se alternam e, de fato, as descidas não são menos importantes do que as subidas, por isso devemos nos relacionar com elas com absoluta seriedade e, de preferência, da mesma forma que as subidas.

O Baal HaSulam escreve na “Carta 25” que uma descida destinada à subida seguinte é considerada uma subida, não uma descida. Isso é realmente verdade.

O fato é que, no caminho para a meta da criação, há um crescimento do egoísmo (linha azul no desenho) acima do qual construímos a parte altruísta (linha vermelha). Depois, o egoísmo é adicionado e nós o cobrimos novamente com altruísmo. É assim que subimos: subida – descida, subida – descida. Não há como fugir disso.

Portanto, precisamos nos relacionar com as descidas da mesma forma que com as subidas. No começo, o ego está crescendo em nós, e então acima dele, nós crescemos a subida espiritual – anti-egoísmo e cobrimos o ego com a qualidade oposta a ele.

Assim, as descidas – subidas acontecem de acordo com as fases: 1 – 2, depois 3 – 4, etc. Portanto, a subida é impossível sem uma descida.

Também é possível descrever isso como uma onda senoidal: subida – descida, subida – descida. Quanto maior a descida, maior a subida correspondente. É assim que elas são amarradas juntas: 1 – 2, 1 – 2.

No trabalho espiritual, tudo começa a partir de uma descida, da noite, da escuridão. Como se diz na Bíblia: “E foi a tarde e a manhã, um dia”.

Da Lição de Cabalá em Russo 31/03/19

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