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The Jerusalem Post: “A Melhor Resposta De Israel À Resolução Da ONU”

Na minha coluna regular no Jerusalem Post, o meu novo artigo: “Melhor Resposta De Israel À Resolução Da ONU

De forma previsível, Obama está usando suas últimas semanas no cargo para realizar seus objetivos contra Israel. Mas como Israel deveria responder?

Mesmo que Israel desacredite legitimamente a resolução da ONU, ele também deve ver que esse voto unânime de ódio e raiva contra ele traz uma mensagem forte. O mundo espera que Israel guie o caminho para uma solução, e rápido. Mas cabe a Israel descobrir qual deve ser essa solução.

O Que o Mundo Não Sabe

Como eu escrevi na minha última coluna, a resolução é apenas o culminar dos oito anos de esforços de Obama em forçar suas políticas neoliberais destrutivas sobre o mundo. Já escrevi sobre o erro inerente ao liberalismo, que seus objetivos elevados podem estar corretos, mas carece da forma para alcançá-los.

No final deste ano de terror, que os líderes mundiais não sabem como prevenir, e à medida que o mundo testemunha a Europa sofrendo os resultados mortais de sua abordagem neoliberal de fronteiras abertas para com os imigrantes muçulmanos, esses líderes têm a audácia de tentar forçar os mesmos erros liberais sobre Israel sem a menor preocupação com as implicações de segurança que teriam sobre um Estado tão pequeno. Pois, que solução real para o conflito a ONU está oferecendo? Como Obama, os líderes europeus e os líderes de países como a Venezuela podem ensinar a Israel qualquer coisa sobre a resolução das questões centrais que dividem israelenses e palestinos?

Assim como os líderes mundiais pensaram de forma imprudente que simplesmente deixar entrar milhões de pessoas de culturas completamente diferentes em suas terras, sem nenhuma preparação prévia para essa assimilação no nível humano, psicológico, resultaria de forma mágica em um céu pacífico, estão agora forçando uma solução artificial entre dois Estados que pode levar o título de “independência” mútua, e acalmar a consciência liberal, mas que não fará nada para alcançar a coexistência pacífica entre as duas nações.

Israel aprendeu com seus erros. A retirada da Faixa de Gaza terminou com a escalada da violência contra Israel. As terras agrícolas dos colonos judeus foram transformadas em plataformas de lançamento de foguetes com túneis subterrâneos de terror debaixo deles, incitando uma guerra inevitável que causou tantas baixas, especialmente no lado palestino. Nada pode nos garantir que o mesmo não acontecerá com uma retirada para todas as outras fronteiras antes de 1967.

O Que o Mundo Sabe

Apesar dos esforços ineficazes, há uma boa razão para os líderes mundiais forçarem a resolução deste conflito. A quantidade de pressão e atenção que esse conflito tem recebido ao longo do caminho não é apenas indicativa do enorme preconceito contra Israel. O próprio secretário-geral da ONU, Ban Ki Moon, admitiu o viés, com 223 resoluções da ONU aprovadas na última década condenando Israel, mas apenas 6 condenando a Síria – o local dos últimos seis anos da mais terrível crise humanitária desde a Segunda Guerra Mundial. É também indicativo de como o mundo de alguma forma sente que ESSA crise é a fonte de todas as outras, que a resolução desse conflito vai servir de modelo para o mundo, o remédio para todos os seus outros males.

O enigma dessa atitude em relação a Israel está enraizado no passado e no futuro de Israel. No momento é claro ver que, inconscientemente, o mundo espera que Israel resolva seus problemas; ele simplesmente não entende como.

Acima da Direita e da Esquerda

Cabe a Israel encontrar as respostas. No entanto, embora Israel tenha razão em se recusar a repetir os erros do passado, o que põe em perigo a sua segurança, isso não significa que esteja indo na direção certa. À medida que Israel aperta suas medidas de segurança e evita o contato com o outro lado, o problema não é realmente tratado, assegurando que a guerra e os conflitos continuarão.

São necessárias novas soluções que vão além do que foi tentado até agora. A abordagem típica da esquerda exige conciliações que ignorem irresponsavelmente as lacunas culturais, o ódio e as ideologias religiosas; enquanto a abordagem típica da direita política é a manutenção da segurança e a promoção dos objetivos de Israel, vivendo para sempre sobre nossa espada, sem tomar medidas reais para alcançar a coexistência que trará o conflito à sua solução. Nenhuma das duas abordagens por si só pode produzir os resultados desejados. O que eu acredito que POSSA funcionar é algo completamente diferente.

Israel Tem A Chave

O que deve ser primeiro reconhecido é que a coexistência quando um ódio tão profundamente enraizado está presente não nasce de decisões tomadas no papel ou trocando-se terra, mas a partir de uma verdadeira mudança de relações e atitudes entre os dois lados. Sem essa mudança na realidade da animosidade entre as nações, elas continuarão a lutar entre si em uma guerra que não leva a nada até que um lado seja completamente apagado.

Em segundo lugar, a separação completa não é possível. Evacuar judeus de todos os assentamentos e criar uma “zona livre de judeus” não vai curar o ódio e o perigo para Israel, com a carta do Hamas afirmando sua intenção de destruí-lo e crianças sendo educadas para assassinar cada judeu. Além disso, Israel não é “livre de muçulmano”; é uma sociedade incorporada com muitas religiões e culturas. Assim, alcançar um avanço na qualidade das relações entre israelenses e palestinos é crucial para todos.

Alguns podem dizer que é impossível alcançar tal unidade, mas eles devem saber que não é assim. Por milênios os judeus foram inconscientemente levando dentro deles o único método que pode conectar as pessoas acima de todas as diferenças.

Descoberta de Abraão

Milhares de anos atrás, Abraão, pai de todas as religiões abraâmicas e pai comum de judeus e palestinos, descobriu o segredo da unicidade de toda a vida. Ele ensinou a seus discípulos o método de alcançar a harmonia entre os seres humanos. Essa sabedoria profunda que o mundo passou a conhecer, de maneira tão superficial, pelos preceitos de “ama o teu próximo como a ti mesmo” e “não faça aos outros o que odeias” – foi esquecida pela maioria. Mas não foi perdida. Ela foi levada adiante por gerações e elaborada por sábios judeus da Cabalá em muitos textos, como o Livro do Zohar e, mais recentemente, os escritos de Baal Hasulam. Hoje, na medida em que recebe formas práticas modernas, ela está conseguindo reunir judeus e muçulmanos em cada oportunidade que é aplicada à tarefa.

O método de Abraão vem da raiz de ambas as nações e por isso é a única maneira de avançar para a cura dessa antiga luta familiar. O Rav Kook escreveu sobre o futuro dessas relações que “o amor fraternal de Esaú e Jacó, de Isaque e de Ismael, os elevará acima de toda a calamidade causada pelo mal, e os transformará em luz e misericórdia” (Igrot Haraia 1,142).

Eu tive o privilégio e a responsabilidade de levar adiante essa sabedoria e transmiti-la aos meus vários alunos, que já a implementam em círculos de discussão em todo Israel.

Eles conseguiram juntar judeus e árabes como vocês podem ver aqui, uma e outra vez. Esse êxito pode ser replicado e deve ser a base de qualquer processo de paz; porque a paz começa com o povo, com a educação, com mudanças de mentalidade e predisposições. Somente construindo cuidadosamente tal paz em nossas sociedades podemos esperar que as decisões tomadas pelos líderes durem e tragam bons resultados em nossas vidas.

Não devemos dar a terra de presente ou comprometer a segurança sem primeiro ter certeza de que um processo de educação para a paz tenha realmente mudado o panorama dos corações e mentes das pessoas. Esses devem ser os assentamentos pelos quais lutamos – os estabelecimentos de amor e amizade entre nós, a construção de pontes entre nossos corações. Só então poderemos viver nossas vidas em felicidade e segurança. Sim, Israel deve se defender, mas também se esforçar para que esse tipo de mudança aconteça.

Previsão para 2017

Eu prevejo que o mundo continuará a pressionar cegamente Israel a tomar a iniciativa. Embora Trump possa tornar as coisas mais fáceis para Israel, não devemos pensar que podemos descansar em seus louros. Israel deve continuar a se esforçar para criar uma coexistência entre judeus e árabes que só Israel pode alcançar, que dará ao mundo o exemplo desesperadamente necessário de como criar a paz em sociedades conflituosas.

Se Israel conseguir pressionar a si mesmo a encontrar essa solução fundamental para o conflito, ganhará imensamente. Em última instância, um Israel unido trará um fim à guerra e ao grande ódio que as nações compartilham para com ele, na medida em que ele finalmente assume sua posição destinada como o líder espiritual do mundo, pavimentando o caminho para a paz durável. Para as nações eu digo, pressionem Israel a se unir, não a se retirar. Aos judeus eu digo, não fiquem tentados a tomar partido; unam-se acima de suas diferenças. Somente quando vocês perceberem que têm a chave, e encontrarem o caminho para criar a paz dentro de vocês, esse conflito e todos os outros serão curados.

The Jerusalem Post 29/12/16

Ações Altruístas

Laitman_632_4Pergunta: Como é possível saber se as ações são altruístas ou não?

Resposta: Assim que uma ação altruísta aparece em uma pessoa, o Criador é revelado. Se a intenção de doar aparece em uma pessoa, ela imediatamente revela o Criador de acordo com o princípio da equivalência de forma conforme a intensidade dessa intenção.

Da Lição de Cabalá em Russo 18/09/16

Quem Pode Ver A Verdadeira Realidade?

laitman_928Pergunta: Se houver três pessoas no mesmo quarto, qual delas pode ver a verdadeira realidade?

Resposta: Talvez nenhuma delas. Cada uma vê através do seu egoísmo, e já é a realidade errado. É a realidade interna de uma pessoa, mas ela é revelada de uma forma incorreta e distorcida.

Nós podemos ver mais ou menos a mesma realidade porque temos os mesmos sentidos: visão, audição, olfato, gosto e tato. Mas a nossa percepção da realidade é limitada pelas fronteiras naturais. Por exemplo, não precisamos ver todo esse mundo de uma certa perspectiva para entrar no próximo mundo.

Cada indivíduo vem a esse mundo para realizar uma missão, e um Cabalista não visa a sentir todas as pessoas; não precisa fazer isso. Basta que o Cabalista sinta seu pequeno grupo para receber a Luz Superior da correção através dele e então transmitir a Luz da correção através dele a toda a humanidade, a todo o sistema chamado de uma alma.

De acordo com o Livro do Zohar, o mundo inteiro está dentro de uma pessoa. Isso não significa que as pessoas precisem se conectar através de seus corpos físicos; elas precisam se conectar através de seus desejos. Os desejos não são pessoas; são a rede dentro de nós que conecta todos nós juntos e onde todos nós existimos juntos, não divididos.

Um Cabalista influencia o desejo onde todos os sete bilhões de pessoas estão integral e mutuamente conectados inseparavelmente como um sistema geral comum.

Da Lição de Cabalá em Russo 18/09/16

Nova Vida # 793 – O Remédio Para A Sociedade Humana

Nova Vida # 793 – O Remédio Para A Sociedade Humana
Dr. Michael Laitman em conversa com Oren Levi e Tal Mandelbaum ben Moshe

Resumo

O desejo humano cresceu, e, como resultado, todo mundo tem sua própria opinião e mais facções são criadas na sociedade. Essa tendência é indicativa do desenvolvimento humano, mas com ele, há uma falta de conexão entre todos, como há entre as várias partes do corpo.

No passado, o povo de Israel consistia de 12 tribos, de acordo com isso é possível entender que também precisamos de conexão e separação.

Hoje nós somos como nozes em um saco, e sem inimigos externos ficaríamos completamente separados uns dos outros. Precisamos aprender a construir uma conexão acima do ego de cada um; sem isso, não podemos sustentar uma família, sociedade e o mundo.

O desenvolvimento humano é expresso pela nossa capacidade de se conectar mesmo com pessoas cujas opiniões são diferentes das nossas. A sabedoria da Cabalá ensina como se conectar acima das diferenças. A fim de sustentar uma vida boa, devemos aprender a se conectar de modo que ninguém explore os outros, mas os complemente. Nós não temos a força positiva para fazer isso porque naturalmente temos apenas a força negativa, o ego.

Não devemos destruir o lado que está contra nós; precisamos aprender a viver com ele em conexão, como positivo e negativo. O sistema que conecta dois lados opostos é chamado de linha do meio.

Esse método de conexão não é apenas relevante para a política, mas para todo sistema de relacionamento, incluindo casais.

De KabTV “Nova Vida # 793 – O Remédio Para A Sociedade Humana”, 24/11/16