A Escolha É A Inglaterra

laitman_273_02Comentário: O dia 23 de junho de 2016 é um dia significativo; foi realizado um referendo na Inglaterra sobre a saída da União Europeia. O primeiro-ministro britânico, James Cameron, apareceu diante do público judeu com um pedido para votar a favor da nação continuar na União Europeia já que, segundo ele, “Estamos ajudando vocês de todas as maneiras possíveis e estamos incentivando a Europa a apoiar Israel”.

Resposta: Na verdade, a Inglaterra é o país mais antissemita. E mesmo que o primeiro-ministro diga exatamente o oposto, considerando o passado diplomático da Grã-Bretanha, sem dúvida, parece o contrário.

Comentário: Todo mundo está esperando ansiosamente e com apreensão o resultado do referendo porque levaria a muitas consequências, dependendo se a Inglaterra continua ou sai da UE.

Resposta: Se estamos falando de táticas, ou seja, do plano para o futuro próximo, então este resultado não é benéfico para a UE por causa dos vários acordos que foram assinados pela Inglaterra, e, nesse contexto, haverá a necessidade de se realizar novos cálculos.

Pode ser que a violação de obrigações mútuas custe aos dois lados vários bilhões de dólares para trazer tudo à forma correta. Mas, aos poucos, tudo vai seguir seu curso. Eles dizem que a rejeição será gradual, o desmantelamento e o afastamento da Inglaterra do Mercado Comum poderiam até mesmo levar uma década.

Pergunta: Mas como vai ser para a União Europeia?

Resposta: Os países membros da UE vão sentir que é possível deixar o mercado comum e começarão a abandoná-lo.

Uma situação paradoxal será criada na Europa: os alemães concederam empréstimos a todos de modo que agora todo mundo se tornou totalmente dependente deles. Mesmo que essa seja uma obrigação financeira, ainda possibilita que a Alemanha dê ordens políticas. Taxas de câmbio desiguais de políticas de transferências monetárias são criadas.

Com a Inglaterra, a contabilidade é um pouco mais simples; eles podem se permitir sair da União Europeia. No futuro, essa união vai desmoronar de qualquer forma, porque nada foi feito na Europa para juntar as nações e povos, desenvolvendo algo em comum. O que os unia era a entrada livre de um país para outro e o que é chamado de “Mercado Comum”.

O fato de que eles vivem em estreita proximidade não indica nada. Pelo contrário, pode ser que isso seja pior do que união.

Comentário: Em princípio, eles levaram o conceito de unidade como base de um princípio religioso ….

Resposta: Hoje eles não têm princípios religiosos. A religião não os conecta, já não existe. Só o Islã os conecta, o qual está crescendo bastante em todos os países europeus. Para o Islã, em geral, não importa se essa é a França, Alemanha, Itália ou Espanha. Para eles, o título da transformação é o que importa. Em princípio, a estratégia é muito simples.

Se a Inglaterra quiser estar na união, ela permanecerá. E se não, de qualquer forma, será necessário deixar a UE algum dia. Pode ser que ir embora agora não compense temporariamente, mas a longo prazo ela vai usar isso. Não precisa aceitar qualquer limitação, quaisquer leis europeias; ela será capaz de funcionar sozinha.

De acordo com a sua psicologia, essa é uma nação situada em uma ilha que fica ao lado, a alguma distância de todos. Do ponto de vista da história, a Inglaterra sempre foi contra a Europa, por isso não precisa olhar para trás para a União Europeia. Era melhor para ela se tornar independente e não depender disso, mas os políticos têm seus próprios cálculos.

Pergunta: Como resultado de todos esses desenvolvimentos, nós temos que conseguir se tornar um todo?

Resposta: Um único todo só pode ser alcançado através de Israel, e esse é o problema. Portanto, em última análise, o fascismo vai unir a Europa e, juntos, eles vão se virar contra nós.

A lógica da natureza, as forças latentes na natureza, nos levará a isso; se não, vamos antecipar isso através de nossos esforços para trazer a força superior e a bondade ao nosso mundo.

De KabTV “Notícias com Michael Laitman” 23/06/16