A Crise De Refugiados Na Europa

laitman_273_01Pergunta: Uma inundação gigantesca de pessoas pedindo asilo oprime a Europa. Só no ano passado, 260.000 imigrantes e refugiados chegaram às costas europeias. Eles fogem das guerras, genocídios, crises humanitárias e vidas ruins.

Como resultado, a imensa onda cria uma enorme tensão e torna a situação incontrolável.

Isso é especialmente difícil para os países que já estão sob os golpes da crise econômica. Problemas do Oriente Médio perturbam a Europa e não a deixam viver tranquilamente.

A questão é como lidar com este desastre. Existem inúmeras opiniões sobre essa questão. Algumas delas exigem solidariedade para com as massas de pessoas que se deslocam, outras pedem que se pare a invasão. O que você pessoalmente pensa sobre este assunto?

Resposta: Que aqueles que concordam com os migrantes abram suas portas e cuidem deles diretamente.

Talvez isso vá resolver o problema.

As pessoas supostamente ficam atrás de seus próprios ideais, em vez de afirmar valores que, no final, são impostos nos ombros de outras pessoas. Se alguém pensa que os refugiados devem ser cuidados, deve fazê-lo pessoalmente. Qualquer outro comportamento representa apenas palavras elevadas.

A ambiguidade deve ser interrompida imediatamente! Quem mais deve implementar seus princípios senão quem os sustenta? Se eu apoio a hospitalidade, tenho que arcar com o ônus sobre os meus próprios ombros também.

Pergunta: Ainda assim, você não acha que uma abordagem mais ampla para o problema deve ser exercida? Países inteiros procuram a ajuda da União Europeia.

Resposta: Instituições governamentais são inúteis aqui. Por que falar sobre a Grécia, se os países mais ricos como a França ou a Alemanha não são capazes de acomodar o fluxo de imigrantes? Não existe uma solução viável, mesmo no longo prazo, especialmente tendo em conta a próxima crise.

Portanto, repito: cada um que declara solidariedade com os migrantes deve implementá-lo pessoalmente na vida. Se assim for, a resolução pode ser a seguinte: infiltrados são parados nas fronteiras, deve ser formada uma linha que se move para a frente conforme o desejo dos europeus locais de cuidar pessoalmente das famílias refugiadas. Depois de obter permissão para entrar e permanecer no país, os refugiados devem ir diretamente a endereços concretos.

Por exemplo, quando eu e minha família fomos repatriados para Israel mais de 40 anos atrás, nós recebemos Carteiras de Identidade no aeroporto e nos disseram exatamente aonde ir. Além disso, havia um carro que nos pegou com a nossa bagagem e nos levou para o hotel Karmelia em Haifa.

A Europa de hoje é capaz de acomodar os imigrantes da mesma forma? Ela pode proporcionar locais de trabalho, seguro nacional e outros benefícios a eles? Se não, a sua chegada à Europa é totalmente imprevisível.

Isso explica por que a única alternativa hoje é a ajuda do setor privado, organizações comunitárias, organismos estatais e escritórios de imigração que assumem a plena responsabilidade pela absorção dos refugiados. Isso deve ser feito de uma forma ordenada.

No entanto, a situação já está em andamento, sem importar que não exista uma solução viável funcionando hoje, possa funcionar amanhã ou no dia seguinte. Se migrantes fossem barrados nas fronteiras no início do processo, se eles não tivessem autorização para entrar na União Europeia, não haveria novas ondas de refugiados. Só depois de tomar uma decisão adequada sobre o seu alojamento será possível que eles residam nos países de destino. É uma via de mão dupla: nenhuma solução, nenhuma infiltração.

Agir de outra maneira é simplesmente impossível. Se alguém pensa que é viável, deixe-os implementar suas ideias literal e pessoalmente.

Em vez de encontrar uma solução, a Europa permite que os hóspedes indesejados permaneçam em parques, praias e abrigos temporários improvisados. E depois?

Qualquer um que afirme que devemos ajudar os refugiados são bem-vindos a abrir sua casa a eles. Palavras não vão ajudar aqui. O problema não é só na Grécia, mas também nos países mais fortes, como a Alemanha e a França, que não podem cuidar dos refugiados.
(Rav Michael Laitman em uma conversa com Oren Levi e Tal Mendelbaum Ben Moshe).

Resumo:

Por que isso está acontecendo hoje? A razão é que o mundo está assumindo uma nova forma, sem fronteiras, onde tudo é misturado e redondo. Imaginem encontrar estranhos em sua cozinha ou alguém dormindo em sua cama. É assustador! Não há para onde escapar. Não há lugar neste planeta onde você possa estar sozinho, nem mesmo 10 tranquilos metros quadrados.

Por que nos sentimos assim? Portanto, vamos reconhecer nossa obrigação de mudar nossa natureza, sair de nossas fronteiras internas. A Natureza nos obriga a desenvolver a um nível em que vamos sentir que somos todos um só coração, um só corpo e um só pensamento. As correções que não realizamos nas relações entre nós são forçadas sobre nós pelo rolo compressor da evolução.

Na verdade, os europeus individualistas são os que recebem esta crise com os refugiados já que a natureza nos obriga a mudar a nossa atitude para com estranhos e a considerá-los como se fossem nossos filhos, “ama teu amigo como a ti mesmo”. Haverá também golpes financeiros e diferentes golpes naturais que nos ensinarão que estamos todos no mesmo barco e pronto!

Então, o mundo virá até a nação de Israel e exigirá a solução de nós, porque a solução é encontrada na sabedoria da Cabalá, a sabedoria da conexão.

A crise de refugiados na Europa não é uma crise temporária, mas sim parte de uma série de golpes intencionais que nos forçará a nos corrigir. As ondas de imigrantes que levarão à mistura das populações vão inundar o mundo: da América do Sul à América do Norte, e os muçulmanos em todo o mundo. Os europeus vão sentir que não podem continuar a viver se não mudarmos a nossa atitude para com os outros. Assim, eles serão dignos da correção da natureza humana e sentirão que a nação de Israel tem o método de correção.

Quando desenvolvemos a capacidade de sentir que somos todos uma família, a vida em nosso mundo será divina.

De KabTV “Uma Nova Vida” 27/08/15