Um Cabalista é um cientista que investiga as nossas vidas, este mundo, a realidade em que nos encontramos. No entanto, ele a investiga com ferramentas especiais, com novos sentidos desenvolvidos dentro dele. Entretanto, não temos sentidos como estes, com os quais seria possível descobrir o mundo superior que agora está oculto de nós.

Este sexto sentido é a sensação do poder superior, amor e doação, que não possuímos agora. Nós sentimos o nosso mundo através do nosso ego com os cinco sentidos corporais.

Nosso desejo egoísta quer saber, entender e sentir a realidade em que estamos. Uma abordagem como essa nos encerra em algum tipo de esfera fechada, este universo.

O universo só parece gigantesco para nós, mas, na verdade, não é nada em comparação com o mundo que se encontra além dos seus limites. Nós precisamos sair dessa esfera e sentir a realidade que está fora de nós. Para isso, precisamos de um sentido adicional baseado na doação.

Agora, nós só temos sentidos de recepção, de modo que atraímos tudo para nós e somos limitados apenas por este mundo físico. Nós chamamos tudo o que é descoberto através dos cinco sentidos corpóreos de mundo em que vivemos, mas este mundo nos é dado apenas para que durante esta vida nós transcendamos seus limites para um mundo superior, mais externo e extenso. Como podemos sair se atraímos tudo para nós internamente? Portanto, precisamos desenvolver o sentido de doação, em vez do sentido de recepção. Este novo sentido de doação nos leva para fora da nossa esfera física.

A sabedoria da Cabalá é projetada para desenvolver na pessoa o desejo de doar, de amar, para dar-lhe a sensação do mundo exterior. É assim que ela descobre que existe outra realidade que está bem próxima de nós, mas é revelada somente através de uma nova abordagem: de si mesmo para fora.

Portanto, foi escrito: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo” é a grande regra geral da Torá, pois indica que característica nós devemos desenvolver em nós para sentirmos o mundo superior, o poder superior.

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Do Programa da Rádio Israelense 103FM, 16/08/15

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Opinião (Gerald Celente, entrevista): “O colapso global vai levar à impressão de mais dinheiro, mas apenas o ouro vai se tornar um ativo seguro no próximo colapso. As pessoas vão olhar para investimentos seguros sob a forma de bens quando o sistema começar a entrar em colapso. Vamos testemunhar tumultos no Brasil e na Venezuela, instabilidade do Mali ao Congo, na África Central, Sudão, Somália, Oriente Médio, e essas pessoas vão inundar a Europa. Não há como parar essa onda. Esta crise é multivariada e incluirá a economia e a geopolítica, e vai levar a distúrbios sociais, guerras civis e outros confrontos locais”.

Meu Comentário: A menos que nos tornemos conscientes da conexão mútua do mundo e comecemos a aceitar todos como um todo em todas as nossas ações e relações, não seremos capazes de gerir a situação. Todas as nossas ações serão divididas e destrutivas. Mas, ver o mundo como um todo só pode resultar da familiarização com a sabedoria da Cabalá e do estudo da estrutura interna do mundo.

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Pergunta: Somos todos muito diferentes uns dos outros. A nação de Israel é provavelmente a nação mais fragmentada no mundo, uma vez que é dividida em uma pluralidade de camadas e facções na qual há um número infinito de diferenças.

Se eu difiro dos outros, posso apresentar a qualquer um uma lista inteira do que ele deve corrigir em si mesmo. Então, como será que algum dia nos tornaremos um todo com toda essa crítica? Afinal, a crítica invoca ódio e divisão. Como devemos nos unir se estamos em conflito?

Resposta: Nós fazemos isso em círculos de discussão! Estes círculos são realizados em todo o país. Nestes círculos, tentamos ensinar as pessoas a se conectarem e unirem-se acima de todas as diferenças. Como está escrito, “O amor cobre todas as transgressões”.

Você só pode construir o amor quando se eleva acima de todos os “pecados” que vê nos outros. A razão é que vejo que o outro está imerso em todos os pecados que estão à minha frente, comportando-se em uma forma de desprezo, que apenas diz respeito aos outros. Eu preciso construir um guarda-chuva de amor que cobrirá a todos nós.

Pergunta: De que é feito este guarda-chuva? O que o sustenta?

Resposta: É o fato de que cada um de nós se eleva acima de si mesmo, a fim de realizar a conexão com os outros. Isso só é possível com a ajuda da educação que a sabedoria da Cabalá nos oferece.

Nós também devemos introduzir este método de educação em jardins de infância, escolas, universidades, locais de trabalho, e para os desempregados. Ele deve se tornar a coisa mais importante! Cada pessoa, cada cidadão em Israel, deve ter um caderno com os testes e os cursos que realizou.

Pergunta: O que essas pessoas estudarão?

Resposta: Educação Integral. Elas aprenderão a se tornar uma nação, como conseguir amor fraternal, conexão e unidade entre todos, e como ascender acima do seu ego e se conectar a outros. Todos devem aprender isso; caso contrário, não irão receber quaisquer benefícios do Estado!

O estudo deve ser em uma base diária já que a pessoa deve ser renovada todos os dias e tem que receber uma nova parcela de conhecimento. Ela deve ouvir o que deve realizar, como isto é decisivo, o que a conexão e a unidade nos dão, e como elas curam todas as nossas doenças.

Esta deve se tornar a lei geral, a lei suprema do país. Afinal de contas, o problema do nosso país é transformar a nação em nação de Israel, uma vez que não seremos capazes de existir de outra maneira.

Nós temos sempre existido apenas se estávamos unidos e conectados entre nós. No momento em que deixamos de estar unidos, caímos do amor fraterno ao ódio infundado, somos expulsos de nossa terra e dispersos entre as nações do mundo.

Agora, retornamos a esta terra, mas todo mundo já percebe que é apenas temporário. Ouçam o que o governo americano diz, o que os governos europeus dizem, o que eles continuam dizendo em voz cada vez mais alta. Eles querem eliminar o Estado de Israel.

Pergunta: O que você acha que pode nos salvar?

Resposta: Apenas ao se tornar um todo! Então, todo mundo vai entender e sentir que somos necessários no mundo porque realizamos um exemplo de conexão e unidade acima de todas as diferenças. Afinal de contas, é isso que o mundo tanto precisa! Isso é chamado de ser uma Luz para as nações.

Toda a natureza é construída na conexão. Se um único átomo não se conectasse a outro átomo, não existiríamos neste universo, neste planeta.

Como a natureza tem se desenvolvido neste planeta? Apenas graças à conexão de mais e mais componentes que eram cada vez mais diferentes um do outro. Veja a que chegamos! Esta é a única maneira em que podemos existir!

Agora temos que crescer e ascender ainda mais alto na nossa evolução interna, espiritual, de modo que seremos capazes de ver o mundo futuro agora, como está escrito: “Que você possa ver o seu mundo em sua vida”. É tudo graças a uma conexão cada vez maior. Nada é alcançado de outra maneira, mas pela conexão.

Esta é a razão da educação integral não ser apenas uma educação de “crianças boas”, mas um meio para avançar, não sob os golpes da natureza, mas graças à solução correta dos problemas que a natureza intencionalmente nos tem dado para que continuemos subindo acima deles e nos unamos cada vez mais fortemente. Agora, temos que continuar o processo de evolução, mas por nós mesmos, implementando-o.

Do Programa da Rádio Israelense 103FM, 02/08/15

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A possibilidade de atingir o poder superior da natureza foi revelada pela primeira vez a uma pessoa que viveu 5.775 anos atrás. Por esse motivo, ela foi chamada de Adam HaRishon (o primeiro homem). Isso é porque ela implementou em si mesma todos os tipos de correções, permitindo-lhe descobrir a capacidade de sentir, entender e atingir a maior superior em si mesma, para passar a uma dimensão em que esta força atua.

Adão foi o primeiro Cabalista porque descobriu um novo sentido que não se baseava na característica de recepção, mas na característica de doação. Ele escreveu um livro sobre a descoberta da força superior e foi imortalizado por seus alunos que começaram a desenvolver este método, tornando possível para qualquer pessoa desenvolver dentro de si mesma o sentido para sentir a força superior de acordo com seu desejo.

Pergunta: É estranho ouvir isso, porque estamos acostumados a ver esta pessoa como uma figura semi-lendária que vivia com sua esposa, Eva, no Jardim do Éden e que comeu a maçã da árvore do conhecimento.

Resposta: A ideia é que a Torá sempre fala em linguagem humana, mesmo quando fala sobre coisas muito exaltadas.

A Torá descreve um processo espiritual único em um número de níveis chamados PARDES (Pshat – Simplicidade, Remez – Dica, Drush – Alegoria, Sod – Segredo), e se soubermos lê-lo corretamente, podemos alcançar o estado de Adam HaRishon, Adão.

Este PARDES representa quatro níveis de compreensão da Torá, e a realização da Torá começa a partir de Sod, como o gigante Cabalista, o Gaon de Vilna, disse, porque ainda não sabemos nada. Então, quando começamos a partir de Adam HaRishon, que comeu a maçã, para nós este é um verdadeiro segredo, porque não entendemos o que a Torá está falando.

No entanto, se trabalharmos de acordo com o método Cabalístico, gradualmente nos aproximamos do reino oculto, a força superior escondida, e começamos a descobrir esta parte da criação. Então nós começamos a ver na Torá o que realmente está acontecendo lá, e, a partir de Sod, passamos à interpretação mais simples, ao Pshat.

O Pshat simboliza para nós que tudo o que é dito na Torá é simples e revelado à nossa compreensão.

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Do Programa da Rádio Israelense 103FM, 16/8/15

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Pergunta: Qual é a sua opinião sobre a invasão de migrantes e refugiados na Europa? O que acontecerá com a Europa? O que a sabedoria da Cabalá diz sobre isto?

Resposta: Mesmo sem o conhecimento da sabedoria da Cabalá, vemos que a conquista acaba sempre de tal forma que quanto mais o tempo passa, mesmo depois de vários séculos, os conquistadores e os conquistados trocam de lugar.

Além disso, a Europa está em grande dívida com o seu passado, uma dívida consigo e com aquelas pessoas que conquistou. Portanto, não é necessário olhar para os migrantes como bárbaros e os europeus como infelizes que sofrem. Por enquanto, o mundo não mudou; mais precisamente, a nossa natureza egoísta não foi corrigida.

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