Tomemos O Exemplo De Nossos Pais Espirituais

Dr. Michael LaitmanNossos antepassados ​​viveram há séculos, mas aqueles que são mais importantes para nós são nossos parentes: nosso avô, avó, pai e mãe. Nosso pai e nossa mãe são, sem dúvida, os mais importantes, pois é através deles que nos conectamos a todas as gerações que os precederam.

Isso se refere tanto aos nossos pais corporais como aos nossos pais espirituais. Esta é também a forma como nos conectamos com nosso pai e mãe superiores (AVI), nossos pais espirituais, a fim de receber o poder, a Luz, através deles. Todo o nosso trabalho reside em nos subjugar diante deles.

Tudo depende do quanto nós podemos tomar um exemplo deles e da nossa vontade de ser como eles, de aprender com eles, e de nos subjugar diante de sua grandeza. Nosso ego destina-se intencionalmente para que os critiquemos, e nosso trabalho é subir acima dessa crítica, apesar de discordarmos.

É natural discordar do nosso pai e mãe, porque estamos num nível inferior, mas quando subimos acima de todas as dúvidas, perguntas, dificuldades e desentendimentos com o nível superior, é graças a isso que subimos.

Primeiro nós nos anulamos e nos incorporamos totalmente ao superior como um embrião. Depois, passamos para a fase de Yenika (sucção) e Mochin (mente) e nos tornamos mais independentes. Todos estes níveis são baseados na auto anulação, nas restrições do ego, na aquisição de um Masach (tela), e no trabalho acima da crítica que é invocada em nós pelo superior.

Portanto, o papel da nação é o de se anular perante os sábios, os Cabalistas, ouvi-los e servi-los no que for possível. Nós, na verdade, devemos usar a razão do Cabalista e ouvir seus conselhos, quando ele nos diz que medidas devemos tomar para avançar espiritualmente.

Esta é também a forma como devemos agir em relação ao mundo. Israel é chamado de Li Rosh (eu tenho uma cabeça). Assim, aqueles que estão no nível de Israel e atingem a espiritualidade devem cumprir o seu papel no que diz respeito aos outros. Nós pertencemos a Yashar El (direto ao Criador) e, assim, orientamos os outros, ou pertencemos à nação, e então nos subjugamos em relação a esta orientação e a seguimos.

Isto se refere especialmente à nossa nação quando tentamos chegar a um estado em que tudo o que está escrito na Torá está realmente acontecendo na prática. Nós somos a primeira geração que está tentando, que está fazendo um esforço para cumprir a Torá, bem como para servir de exemplo aos outros, o que significa chegar a uma conexão que seja igual à forma do superior, a forma do Criador.

Assim, nós podemos estabelecer relações no grupo e fora dele, entre a nação e fora dela. Assim, tudo é organizado em níveis, na forma de uma pirâmide, e o que está embaixo, que se submete mais do que outros, sobe mais alto do que os outros.

Agora, ele está embaixo, pois tem um Reshimo (reminiscência) do grande Masach que ele já teve e que preencheu a fim de doar. Agora que o Masach é quebrado, ele caiu para o nível mais baixo.

Se ele se anular, anular seu ego, subir acima dele, e cada vez atribuir a si mesmo um nível que é superior ao que ele está, ele vai chegar ao topo da pirâmide. Assim, toda a pirâmide torna-se um círculo, e nós retornamos ao estado de Ein Sof (Infinito), de um único vaso e uma única Luz.

Durante o tempo das correções, o tempo do trabalho, nós não temos outra escolha a não ser nos subjugar diante do superior. Cada um deve entender quem é o seu superior e de quem recebe o método, a Torá, a orientação ao longo do caminho. Assim, todas as correções se tornarão as mesmas, o que significa que todos formam um círculo.

Da Preparação para a Lição Diária de Cabalá 23/06/14