Não Tenha Vergonha De Nossas Promessas

Dr. Michael LaitmanJá tivemos situações em que trabalhamos muito tempo em alguns projetos, e de repente apareceu uma necessidade de desenvolver e implementar um novo projeto. Paramos o trabalho em nossa fábrica e trabalhamos no projeto urgente por um mês ou dois.

Por um lado, esta foi nossa decisão conjunta. Por outro lado, no momento em que a decisão foi tomada, muitas coisas não estavam claras para todos: “Por que estamos fazendo isso? Para quê? Estamos lidando com algum tipo de disseminação conjunta comum, e o que mais?” As pessoas não entendiam o quanto isto poderia consolidá-las, incendiá-las, o quanto elas começariam a sentir umas às outras, o quanto isso iria arder dentro delas. Elas pensavam que não tinham necessidade disso: Por que partir em todas as direções ou, inversamente, entrar em alguma área específica?

Então, eu era obrigado a dar instruções diretamente para que todos estivesssem envolvidos especificamente nisso. Depois disso, as pessoas entendiam que isto tinha sido verdadeiramente imperativo, embora, no início, muitas fossem contrárias e algumas até pensassem que precisavam estar envolvidas somente com a sabedoria da Cabalá.

Nós tivemos um amigo que estudou com a gente por quinze anos. Ele, em última análise, não entendeu que a disseminação tornou-se uma condição necessária para a nossa conexão e unificação e, portanto, foi obrigado a sair, pois se duas pessoas não dão origem a um terceiro componente, não se importam com ele como se fosse seu filho pequeno, e não se unem, isto não é uma família, mas simplesmente duas pessoas vivendo juntos.

Uma família é quando há uma terceira coisa em comum, e agora nós vamos sair para um projeto como este em que estamos envolvidos juntos: este é o nosso filho pequeno e ele nos leva em direção à unidade e à conexão.

Além disso, este projeto nos deu um senso interno de urgência de que precisamos levar às pessoas o que lhes falta. Nós fomos às massas, prometemos-lhes tudo o que podíamos, e depois nos encontramos em um dilema, “E o que mais? Como nós iremos satisfazê-las? Como nós realizaremos o que prometemos ao povo?” Você vê que todas elas se encontram aqui ao nosso lado, e você não pode fugir delas para algum lugar como um circo itinerante.

Em outras palavras, nós intencionalmente lhes prometemos muitas coisas. Segue-se que nós tomamos intencionalmente sobre nós missões grandes e ambiciosas e prometemos às pessoas que as realizaríamos. Nós nos colocamos numa armadilha. E não temos outra escolha, exceto com medo, vergonha, tremor interno, ser infundidos com essa condição que nos obriga a nos unir, pois, caso contrário, nada irá emergir para nós. E o que vamos fazer agora? Onde vamos encontrar esse poder que vai satisfazer tudo que prometemos ao povo?

Segue-se que todas as promessas para os círculos mais amplos da sociedade forçam a pessoa a uma mobilização interna, a estar conectada com os outros, obrigando a busca de uma saída. E só há uma saída: gritar para o Criador. Unir e gritar para o Criador.

Caso contrário, eles vão bater em você. Eles vão te envergonhar. Eles vão se relacionar com você com desprezo. No final, todo o trabalho que temos feito vai se tornar publicidade negativa para você. Você será como todo o resto dos partidos e organizações que apenas fazem promessas e não executam nada e não podem fazer nada.

Portanto, é necessário especificamente sair para os círculos mais amplos da sociedade e fazer promessas, e depois disso esclarecer como você cumprirá essas promessas para não ter vergonha de sair à rua. O Criador irá organizar sentimentos de vergonha como estes para você, que vai obrigá-lo a se unir, a procurar a salvação, e então tudo ficará bem.

Da Conversa sobre Disseminação 17/10/13