Do Que É Feita A Simplicidade?

Dr. Michael LaitmanBaal HaSulam, Shamati # 3, “A Questão da Realização Espiritual”: Para que nós atinjamos o que Ele queria que atingíssemos e entendêssemos como “Seu desejo de fazer o bem às Suas criações”, Ele criou e concedeu-nos esses sentidos, e esses sentidos atingem suas impressões da Luz Superior.

A criatura vê a Luz de Ein Sof (Infinito) e o vaso como divididos em diferentes níveis de Aviut (espessura), em muitos discernimentos nos quais é possível diferenciar as relações mútuas entre o Criador e a criatura.

Parece que estamos avançando em direção a uma Luz mais simples, mas não é assim. Afinal de contas, nós reunimos cada vez mais vasos (desejos), que são mais esclarecidos, discretos, independentes e singulares e que estão, ao mesmo tempo, mutuamente conectados por bilhões de laços entre eles. Nesta versatilidade infinita, chegamos à Luz de Ein Sof.

Acontece que o nosso trabalho não nos leva à simplicidade, mas sim à complexidade, e é a partir dessa complexidade que chegamos à simplicidade.

Nós precisamos de todos esses múltiplos discernimentos que realmente aumentam na subida para Ein Sof. Eles aumentam na forma de um cone que se expande gradualmente, porque os nossos desejos continuam a crescer, e, consequentemente, Luzes mais novas, recentes, são reveladas: NRNHY em cada parte.

No início, nós nos elevamos e somos apenas um ponto, mas depois cada um é multiplicado por dez Sefirot, e elas também são multiplicadas e assim por diante. De acordo com a lenda, os grãos de arroz também foram multiplicados, e o governador usou-os para pagar o homem sábio por cada quadrado do tabuleiro de xadrez, multiplicando o seu valor cada vez até que se tornou uma grande soma. Este é apenas um pequeno exemplo, como o que alcançamos nos esclarecimentos das Luzes NRNHY de NRNHY, e assim por diante, e, assim, nós subimos e descobrimos novos discernimentos.

Por outro lado, isso se torna cada vez mais simples, visto que cada dez Sefirot do nível inferior se unem e se tornam uma no outro nível. Assim, a imagem deste mundo não se desintegra, mas, paradoxalmente, fica mais clara, uma vez que existem mais discernimentos. É porque nós recebemos a Luz simples de cima e nossos vasos tornam-se mais intimamente unidos.

Assim, nós chegamos à análise e síntese, ou seja, à separação e conexão, e a alcançamos ao mesmo tempo. Então, a nossa percepção não é dividida, não é confusa e não sofre de uma síndrome esquizofrênica, mas nós realmente alcançamos a simplicidade, embora essa simplicidade seja complicada o tempo todo.

Da 1ª parte da Lição Diária de Cabalá 12/11/13, Shamati # 3 “A Questão da Realização Espiritual”