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O Cérebro: Um Segredo Inacessível À Ciência

Dr. Michael LaitmanPergunta: Os estudos atuais mostram que os neurônios no cérebro tornam-se flexíveis quando se conectam. A “matéria” permanece a mesma, mas as conexões mútuas nela mudam. É possível fazer uma analogia entre a “matéria” do cérebro e a “matéria” do desejo de receber?

Resposta: Nós nunca seremos capazes de compreender a forma como o cérebro opera usando as ferramentas científicas “corpóreas” padrão. Eu suponho que os cientistas já entendem isso. O cérebro depende de seu estado atual, e os dados neste campo dificilmente permitem aos pesquisadores chegar a todas as regras estatísticas ou encontrar alguma consistência. O cérebro não é apenas “um quilo e meio de massa cinzenta”. Ele muda constantemente e, embora nós classifiquemos as funções de todas as suas partes, elas ainda podem desempenham funções totalmente diferentes.

Na “cabeça” do Partzuf espiritual, onde as decisões são tomadas, há uma Luz Direta e uma Luz de Retorno, a conexão entre o Criador e a criatura. É o mesmo em nosso cérebro, mas num nível diferente. Então, se não descobrirmos a parte do Criador em nós, não seremos capazes de descobrir os princípios do trabalho do cérebro. Isto porque metade da imagem dificilmente pode ser vista na neblina e não sabemos o que a opera.

No conjunto, nós podemos comparar o nosso cérebro a um detector, a um receptor que recebe sinais do espaço que nos rodeia. Portanto, não há grande razão examiná-lo separado deste espaço. Se estudarmos apenas o cérebro em si e deixarmos a sua conexão com a fonte dos dados fora da imagem, nunca saberemos algo. Isso ocorre porque o nosso cérebro percebe importante informação externa de algum campo.

Nós somos construídos de maneira definitiva: nossa natureza é dividida nos níveis inanimado, vegetal, animal e falante; nós nos dividimos em Partzufim, Sefirot, em partes de acordo com a espessura do desejo (Aviut) e da pureza da Masach (tela), mas na verdade na espiritualidade tudo é um, e tudo é uma totalidade onde nós existimos. É onde estão o passado, o presente e o futuro, as três fases do nosso desenvolvimento, está tudo lá.

A atividade cerebral é como um receptor ou uma atividade mútua dentro de um sistema, que eu percebo apenas conforme a minha própria doação. Nós podemos dizer que o cérebro é parte do sistema geral. Mas, na verdade, o cérebro, a mente, está espalhado por todo o Ein Sof (Infinito), que uma pessoa deve realmente alcançar. Nesse meio tempo, só sentimos partes dele.

Eu não acho que a ciência vai continuar seguindo a abordagem antiga. Chegará um momento em que os cientistas vão parar, mudar a sua abordagem, e começar a descobrir um nível superior, assim como no passado a humanidade deixou de usar um motor a vapor e passou a usar um motor a combustão interna. Pesquisadores do cérebro vão querer subir para a “camada de informação” que está acima do nosso mundo. É só a partir daí que eles serão capazes de continuar com seus estudos, enquanto que a abordagem atual não levará a nada.

Da 4ª parte da Lição Diária de Cabalá 16/07/12, “Introdução ao Livro do Zohar

Setenta Raízes, Uma Verdade

Dr. Michael LaitmanPergunta: As nações do Oriente, os chineses por exemplo, afirmam que já sabem a verdade, mas na prática essa não é a verdade. O que podemos fazer sobre isso?

Resposta: Diz-se: “A sabedoria entre as nações – acredite”. A questão é que todas as culturas e religiões falam sobre o nosso mundo egoísta, tentando inseri-lo num método que nos ajudaria a evitar a dor em nossa vida, em nosso ego, e que daria uma resposta para os problemas atuais e até mesmo alguma esperança para a próxima vida, embora esta parte não se expresse tão fortemente na cultura chinesa. Mas as religiões e outras culturas desenvolveram métodos inteiros tomando a ideia da sabedoria da Cabalá.

De uma forma ou de outra, trata-se de um método egoísta, sobre como nós existimos nele, na esperança de uma vida melhor neste e no outro mundo. Tudo isso não tem nada a ver com mudar a natureza humana. Não existe um método que exija e defina seu objetivo como amar aos outros como a si mesmo. Por isso, a sabedoria da Cabalá difere de todos os outros métodos, e é o único método que fala sobre a mudança do homem pelo uso da força superior e explica como fazê-lo. Todos os outros meios estão fechados dentro do nosso ego e usá-los é como puxar-se pelos cabelos para fora do pântano.

Além disso, cada método é adequado para as pessoas para as quais foi criado. Acho que é impossível compreender Confúcio se você não é chinês. Seus ensinamentos são muito profundos, mas outros países o veem como superficial, porque não é adequado para a sua natureza e caráter.

Não é por acaso que há setenta raízes para setenta nações. Cada nação tem sua própria raiz espiritual, que em nosso mundo gera a sua réplica. Este é o lugar onde se originam todas as diferenças, incluindo as diferenças culturais. Suponha que a ópera seja para os italianos e você não pode pensar no espanhol sem pensar em touradas. Isto é especialmente verdadeiro quando se trata de filosofia. É impossível entender Dante separado da sua cultura e seu tempo.

Nós só fingimos que entendemos obras-primas do passado. Será que eu posso realmente aprender filosofia japonesa se não sou japonês? Eu simplesmente não serei capaz de senti-la e penetrá-la. Eu só posso estudar o material e perceber as letras áridas, mas não o espírito.

Eu não vou entender Confúcio porque internamente não sou construído como ele. Eu também não serei capaz de compreender os índios americanos nativos. Eu posso visitá-los e imitar a exterioridade, mas não vou ser capaz de conectar seus estudos com a minha alma.

Na melhor das hipóteses, eu posso sentir outra nação, mas não fazer parte de sua raiz. Portanto, nosso mundo está cheio de lixo: nós nos castrados e nos privamos da satisfação interior das culturas ricas e das profundas percepções filosóficas, deixando apenas a externalidade.

As setenta raízes são mantidas até o Gmar Tikkun (o fim da correção) e só então é que desaparecem na Keter geral. Assim, não pode haver qualquer penetração mútua, exceto para doutorados áridos. Não há um pingo de verdade neles.

Além disso, os chineses modernos olham para Confúcio à distância e também não o compreendem em profundidade. Mas eles ainda podem se juntar a ele e, de alguma forma, se conectar a sua raiz, e ninguém mais pode fazer isso.

Nós temos que nos conectar no amor mútuo acima de todas as nossas raízes, sem confundi-las. A fonte das setenta raízes é Zeir Anpin, mas mesmo lá elas não se misturam, mas sim se conectam pela Masach (tela). Em geral, na espiritualidade todas as diferenças são mantidas e até mesmo crescem à medida que sobem, já que nossos atributos tornam-se mais poderosos. No início nós estamos pertos e quase não diferimos uns dos outros, mas mais tarde, os níveis espirituais dividem-se como um cone, uma vez que “quem é maior do que seu amigo, seu desejo é maior”. Nós nos conectamos mutuamente acima disso, acima de todos os detalhes que percebemos.

Você está perguntando “como?”. Quando eu coloco o seu desejo acima do meu e coloco meu desejo acima do seu, eu começo a penetrar os ensinamentos de Confúcio, e vocês os ensinamentos de Moisés. Mas, para isso, nós precisamos de uma Masach, e primeiro precisamos trabalhar juntos

Da 2ª parte da Lição Diária de Cabalá 17/07/12, O Estudo das Dez Sefirot

Uma Guerra Inútil Contra O Desejo

Dr. Michael LaitmanDurante todo o processo de criação há uma conexão fixa constante entre a Luz e o desejo. A Luz criou o desejo, amarrou-o a si, e ele está, portanto, ligado à Luz para sempre. Nós não podemos quebrar esta ligação.

A criatura pode se restringir e com isso é como se ela deixasse de receber a Luz; ela pode fazer todos os tipos de coisas, mas não pode querer parar de desejar a Luz! Este é o fundamento da criação; esta é a natureza do desejo de receber que foi criado pelo Criador.

Assim, com relação ao nosso desejo de receber, a Luz está sempre em repouso absoluto e nós sempre queremos isso! Não importa o quanto nos restringimos, quantas Masachim (telas) temos, nós fazemos tudo isso acima do desejo de receber. O desejo nunca desaparece e sempre anseia pela Luz. Nenhuma ocultação ou revelação, partição ou grau vai mudar isso; o desejo só existe se sente a Luz e anseia por ela. Se não há luz não há desejo.

Assim, nós só podemos realizar diferentes ações acima do desejo, já que esta é a nossa natureza e é impossível escapar dela. Nós não podemos fazer nada com os nossos desejos, mas somente acima deles, ou seja, diferentes coberturas e correções. O desejo permanece constantemente, uma vez que é a matéria fixa da criação. Nós devemos entender isso de forma a não lutar contra o desejo de receber e tentar corrigir o mundo ingenuamente, mas temos que subir acima do desejo e usá-lo de forma diferente.

Da 3ª parte da Lição Diária de Cabalá 02/07/12, O Estudo das Dez Sefirot

As Duas Possibilidades De Saída Da Crise

Dr. Michael LaitmanOpinião (Paul Krugman, Prémio Nobel de Economia em 2008, Professor de Economia e Assuntos Internacionais na Universidade de Princeton): “Numa entrevista exclusiva, Paul Krugman – que acabou de publicar um novo livro titulado End This Depression Now! – conta-nos como a crise do Euro irá acabar.

“Ele basicamente vê dois resultados possíveis, sendo ambos ‘impossíveis’.

“Uma possibilidade é que o BCE compre agressivamente a dívida periférica e limite os custos dos empréstimos da Espanha e Itália, enquanto simultaneamente torna claro que eles vão promover “políticas monetárias expansionistas” que impulsionem a inflação na Alemanha e ajude a recuperar a competitividade entre a Alemanha e a periferia.

“‘Isso não pode funcionar… ainda vai ser extremamente doloroso’, diz ele.

“‘Qualquer solução virá de Berlim e Frankfurt… Frankfurt fará o verdadeiro levantamento, mas tem de ter a autorização de Berlim’.

“Mas irá Berlim realmente assinar uma monetarização da dívida baseada no BCE, pro-esquema inflacionário? Isso é muito não-Alemão.

“Isso leva-nos à outra possibilidade de Krugman… Basicamente, no final o BCE para de sustentar todos os bancos (como eles estão agora), e você obtém bancos executados, férias bancárias, e redenominações monetárias. Isso resultaria no fim do sistema do euro, que traria então efeitos “cataclísmicos”, tanto económicos como legais.

“Você olha para um cenário, diz Krugman, e parece impossível que os Alemães deixem o projeto inteiro desintegrar assim.

“Então o que acontece?

“‘Eu digo que é 50/50… Ou os Alemães têm de aceitar algo que eles consideram inaceitável, ou eles têm de aceitar algo, a quebra do euro, que eles consideram como algo inaceitável”.

Meu Comentário: O futuro nunca pareceu tão ameaçador, mas como pensam os economistas, o caminho para a recuperação jaz apenas no agravamento da doença. Mas a questão é que a recuperação não se seguirá porque a doença é um indicador de desordem não na economia, mas nas pessoas, e o que deve ser tratado é a relação entre as pessoas em vez do sistema económico, que é a sua consequência.

Um Ato Sem Intenção É Como Um Corpo Sem Alma

Dr. Michael LaitmanPergunta: Que ação é mais efetiva?

Resposta: Um ato com uma intenção forte. Um ato sem uma intenção em prol dos outros é vazio porque não é o ato físico que doa, mas a intenção que o acompanha: “Porque ele foi realizado?” ou mais precisamente, “a quem beneficia: a mim ou aos outros?”

Assim, se realizarmos todo o tipo de atos e feitos bons, como benfeitores, “as bonitas almas”, mas sem a intenção correta, de modo a levar a humanidade a uma identidade que o Criador (natureza) determinou desde o início na raiz do nosso avanço, então todas as nossas ações falharão por completo, porque elas não terão a força da Luz, a única força que muda tudo. Se realizarmos esforços sem esta força, estamos a realizar apenas movimentos mecânicos.

Assim devemos, antes de realizar qualquer ação, aprender a realizar a intenção correta para que a ação atraia a força de correção e desta forma atinja o resultado desejado, que é a correção trazendo melhoria para a humanidade. Mas se fizermos algo sem uma intenção, então para esse ato não haverá um resultado correto e bom, e é preferível não fazê-lo de todo.

Por exemplo, ações de protesto, embora no começo parecesse que elãs iriam alcançar algo, por exemplo, baixando os preços, etc., mas à medida que o ano continuou, não sobrou um traço da descida dos preços, e as pessoas só ficavam mais e mais desapontadas e não queriam lutar por si mesmas.

Assim precisamos aprender a realizar atos que produzam resultados corretos e desejados. Isto é o que uma educação integral está designada a fazer.

O Que Impedirá Conflitos Familiares?

Dr. Michael LaitmanPergunta: É comum numa família a mulher sempre insistir em querer fazer as coisas a sua maneira; no entanto, o homem também quer provar que está certo. O conflito começa com pequenas coisas e acaba em divórcio. Como nós vamos encontrar um acordo entre homens e mulheres?

Resposta: Antes de resolver os conflitos entre homens e mulheres, dê-lhes educação! Como você consegue resolver qualquer coisa com o que há hoje? Vemos que nada está sendo resolvido.

Enquanto você não os “arrastar” através dos cursos de educação integral, tendo colocado as mais duras condições diante deles, com eles precisando superá-las, eles não vão receber a recompensa e vários benefícios. É impossível resolver qualquer coisa com qualquer um, já que tudo está sendo resolvido da maneira antiga.

Se você quer alterar as relações sociais e familiares, você precisa mudar as pessoas, suas inter-relações. E como as relações podem mudar se seus jogadores não são mudados? Eles vão ficar na mesma situação. Claro, você pode suprimi-los e, possivelmente, externamente as relações não serão demonstradas de forma tão expressiva.

Comece gradualmente a educar as pessoas, explicando-lhes em que consiste o sistema. Inclua-as nas mesas redondas, nas discussões entre si. Durante as mesas redondas, eleve-as gradualmente acima das soluções dos problemas, na comunhão, no sonho, brinque com elas como com as crianças, desperte a criança em cada um delas. Elas estão suprimindo tudo isso dentro delas, elas estão se comportando como provocadoras de propósito, não para revelar a si mesmas; é um instinto de proteção.

Da “Discussão sobre Educação Integral” 28/05/12

Uma Reação Defensiva Contra Um Mundo Hostil

Dr. Michael LaitmanPergunta: Uma diferença principal, digamos, entre Israel e as sociedades russas é que os israelenses são mais propensos a dizer “sim” a qualquer nova proposta e manifestar interesse nela, enquanto que na sociedade russa, devido à opressão e ao fato de que as pessoas se acostumaram a ser ameaçadas e forçadas pelo mundo exterior, a primeira coisa que as pessoas dizem é “não”. Nós fizemos essas experiências nas ruas.

Resposta: Eu fui à Rússia depois de muitos anos afastado, e a primeira vez que saí, eu fiquei surpreso com a aparência externa das pessoas. Todas as mulheres tinham seus peitos orgulhosamente desfilando na frente delas, enquanto todos os homens estavam escondendo suas cabeças em seus ombros. Esta é uma declaração contra as ameaças pré-existentes de todos os lados.

Eu acho que essa reação só é inerente à sociedade russa, porque eu nunca vi nada parecido em nenhum outro lugar. Eu viajei, pode-se dizer, por todo o mundo; isso não existe em nenhum outro lugar. Esta é uma qualidade muito sombria.

Essa reação defensiva é cultivada a contragosto pelos meios de comunicação para tornar mais fácil para as pessoas sobreviver, defender-se, continuar a existir, prover a si próprias, etc. Nós precisamos entender como abordar isso, porque as pessoas estão cansadas de agressão e não querem ouvir nada com relação à unidade e integração, das quais ouviram em abundância, mas tiveram conseqüências muito infelizes. Então, nós precisamos procurar uma abordagem.

Da “Discussão sobre Educação Integral” 28/05/12

Escuridão Como Prenúncio Do Renascimento

Dr. Michael LaitmanBaal HaSualm, “Introdução ao Livro do Zohar“, Item 26: Isso significa que o seu excessivo desejo de receber, que já havia sido erradicado e apodrecido no segundo estado, deve agora ser revivido em toda a sua medida exagerada, sem restrições de qualquer natureza , ou seja, com todas as suas falhas passadas. Então, começa-se o trabalho de novo, para converter esse excessivo desejo de receber em apenas “para doar”.

Nós temos que descobrir que o desejo de receber é totalmente ruim, no pior grau. Nós vamos ver não só o tamanho desse mal, mas também sua essência má em sua forma atual, sem a Masach (tela), que é ela é má não só para nós como também para a realização do objetivo da criação. Acontece que o desejo de receber sem Masach não é adequado para a realização da criação e por isso é chamado de “mal” e também “morto”, já que não podemos receber a luz da vida e sentir a força da vitalidade nele.

Quando entendermos tudo isso, chegaremos a uma virada e começaremos a reviver o nosso desejo. Isso é chamado de “ressurreição dos mortos”. Assim, começamos a corrigir o desejo de receber para que ele seja “para doar”. Nós precisamos dessa virada no caminho, para que possamos sentir o desejo corrupto e decidir que desta forma ele está “morto”.

Hoje, o desejo de receber não parece corrupto. O que há de errado em querer desfrutar das coisas que eu amo?

Eu tenho que descobrir todos os desejos dentro de mim e entender que quando eu os aprecio na forma usual, eu me empeço de doar ao Criador. Isto porque doação é quando eu paro de usar os desejos na forma usual e desfruto cada um deles só quando eu doo ao Criador. Eu conecto o meu desejo a Ele para compreender como doar a Ele, de modo que Ele possa usufruir de tal desejo. Só a tal ponto, por tal prazer, quando eu anseio doar ao Criador, que eu atuo: recebendo a Luz dentro de mim para sentir que assim eu doo a Ele.

Assim chegamos às correções. É impossível atingir o estado final (estado três) a partir do estado inicial (estado um), se não houver desejos “mortos” no caminho que são revividos.

Pergunta: Como podemos entender que o desejo está realmente morto e é hora de revivê-lo?

Resposta: É um tipo diferente de trabalho: cada vez eu mato mais e mais dos meus desejos. É impossível saber de antemão que eu atravessei todo o caminho. Parece sempre como se não houvesse para onde avançar, mas no dia seguinte uma nova camada é revelada.

Ontem, por exemplo, chegamos a um pico; nós descobrimos um pouco mais de união, impressão e emoção, sentimos um estado especial que foi o resultado de uma conexão nova e mais forte, que nunca sentimos antes.

Nós conseguimos isso graças à iluminação que foi criada entre nós. Nós a evocamos e ela nos preencheu. Na primeira fase, nós sentimos excitação e euforia, mas a iluminação continua agindo dentro do desejo que conseguimos ligar a ela. Ela expande a sua atividade para as fases dois, três e quatro, e toda a profundidade desse desejo se revela a nós, as novas camadas onde ainda não alcançamos a conexão.

No entanto, hoje nós sentimos tristeza. Se reconhecêssemos que esse peso vem do Criador, que Ele enviou para nós de propósito, e que Ele nos faz sentir sonolentos de propósito, nós poderíamos fazer alguma coisa, poderíamos resistir ao peso.

É verdade que eu me sinto como que adormecido agora e não tenho vontade de fazer nada: mas isso vem do Criador. Ele quer nos desenvolver e está revelando um novo vaso dentro de nós agora. Como você desperta imediatamente para a vida dentro da nebulosidade, dentro desta sonolência, da indiferença e confusão?

Minha sonolência foi causada pela Luz fraca. No momento em que ela fica mais forte, eu vou imediatamente despertar, como uma flor que gira na direção do sol nascente. Não se trata de letargia; nós estamos falando de estados espirituais que são determinadas pelo nível da Luz. A correção dos desejos à meia-noite, antes do amanhecer, não depende do tempo.

Portanto, se nós acordássemos agora para uma conexão mais forte, e se fizéssemos um esforço interno verdadeiramente sério, e não apenas cantássemos canções, descobriríamos que ganhamos graças ao desejo extra que recebemos na Convenção. A questão toda é voltar à vida depois que o primeiro surto de despertar foi substituído pela erupção da espessura escura do ego.

Não importa se a nova subida não parece tão especial quanto a que sentimos na Convenção. Lá nós éramos como crianças e fomos impressionados por desejos puros, limpos – hoje, a nossa reação está se tornando mais profunda e nós entendemos as coisas em vasos “mais espessos”. É assim que se expressa a idéia do “valor oposto das Luzes e vasos”.

Da 4ª parte da Lição Diária de Cabalá 08/07/12, “Introdução ao Livro do Zohar