A Unidade De Forças Especiais

Dr. Michael LaitmanEm comemoração ao Dia da Lembrança dos Soldados Mortos e Vítimas do Terrorismo.

Eu comparo o povo judeu com uma unidade de forças especiais, que foi enviada em uma missão com uma tarefa especial. No caminho, a unidade encontra vários problemas. Alguns dos soldados falham, e alguns vão além, uma vez que compreendem melhor o objetivo.

Suponha que eles foram para outro planeta que não conhecem nada. Enquanto estiverem lá eles devem avaliar a situação e tomar decisões de forma independente, a fim de assumir um novo território. Esse grupo supera todos os tipos de obstáculos, luta nas selvas e pântanos, atravessa um deserto, lida com os argumentos internos, e passa por confrontos e reconciliações. Isto não é um mar de rosas para a unidade de forças especiais enviada para conquistar o planeta Terra.

Eu acho que o exemplo que eu fiz descreve de perto uma batalha que estamos travando. Ele também explica a nossa atitude e consideração especial para com os amigos mortos e aqueles que estão nos chamando indicando o caminho adiante. O processo consiste em várias etapas. É uma verdadeira aventura, uma história de encarnações de almas, que com o decorrer do tempo executam as ordens que receberam, até chegarem ao destino final.

Quando elas chegam ao local designado, devem começar a se preparar para o combate final. Tudo estaria bem se os acontecimentos se desenvolvessem como em um livro de aventura; se nós, semelhantes aos exploradores de novas terras que cruzaram o oceano, lutássemos com os nativos, conquistássemos ou fizéssemos as pazes com eles, e assim por diante.

No entanto, nós temos um tipo diferente de guerra, uma guerra interna, não externa. Nós não podemos demonstrar nossas ambições e alardear ao inimigo externo nas sólidas linhas egoístas segurando uma bandeira. Nós não podemos empregar os nossos instintos naturais: inveja, ódio, luxúria, vaidade, e a ambição, a fim de obter a vitória pela força. Nós temos um processo totalmente oposto aqui. Todos nós, juntos, devemos vencer a guerra interna.

Nós constantemente pensamos que devemos derrotar um inimigo externo. Na verdade, isso é apenas um jogo de imaginação. Se conquistarmos a nós mesmos, o inimigo externo desaparecerá. No entanto, nesse meio tempo, nós temos que lutar com ele para que possamos ganhar “tempo”. Até agora, nós existimos em um estado não corrigido que resulta na noção de tempo. Assim, a fim de liberar o espaço e tempo para nós mesmos, para fazer o trabalho espiritual, nós também temos que trabalhar no plano corporal.

Assim, nós vivemos no mundo que é dividido em dois. Uma de suas parte é material, e a outra é espiritual. Nós devemos tratar os amigos de uma maneira similar. Alguns deles travam as batalhas materiais, e os outros as batalhas espirituais. Ambos trazem uma contribuição vital para esta guerra elevada, cujo objetivo é chegar ao final da correção.

De acordo com o Baal HaSulam, muitos amigos vão cair no caminho, e mais irão cair no campo de batalha, interno e externo. No entanto, no final, todos eles dão suas vidas para alcançar a finalidade da criação. Assim, suas almas encarnam e se alinham novamente para a batalha, até que todos eles sejam transformados, tendo atingido a unidade e a adesão.

Quanto a nós, devemos sempre olhar para o futuro ao invés do passado, e nos esforçarmos para a batalha interna que irá reduzir significativamente as batalhas externas.

Da 4a parte da Lição Diária de Cabalá 05/09/11, Sobre a Nação de Israel