Todos São Iguais Na Doação

Laitman_506_2Uma pergunta que recebi: Como é que a memória (Reshimo) sobre um prazer que passou me ajuda, se hoje eu sou incapaz de receber o meu prato favorito do Anfitrião e tenho que limitar-me com menos?

Minha resposta: Esta é uma pergunta justa a partir da perspectiva saudável do egoísmo. No entanto, é necessário realizar um cálculo do quanto você pode trazer de prazer ao Criador e não o quanto você pode encher sua barriga. A memória do passado lhe permitirá realizar um ato de doação, sem cometer um erro.

Eu vim visitá-lo sabendo que eu poderia aceitar apenas o prazer que eu seria capaz de dar a ele. Eu fiz tudo que podia e saí. Na próxima vez que eu venho a Ele, eu estou fraco, porque eu já experimentei o prazer, e agora o desejo. Afinal de contas, a fome vem durante a refeição. A Luz enfraquece-me, e agora eu quero continuar esse prazer. Seria mais fácil não começar do que começar e depois parar.

Em outras palavras, quando você vem ao Anfitrião para o segundo tempo, não pode mais receber o mesmo prazer em prol da doação. Portanto, você é obrigado a receber menos para dar prazer ao invés de receber prazer. Você avalia o mesmo prazer que você recebeu antes de acordo com a força que você tem agora para não errar.

Essa diferença entre as impressões da Luz e do desejo (Reshimo de-Hitlabshut e Reshimo de-Aviut) permite-me receber o máximo do que é possível e só por uma questão de doação. Eu recebo uma quantidade menor de luz (por exemplo, a luz de Haya, em vez da Luz de Yechida), mas recebo o mesmo prazer devido ao fato de que eu dou 100% do que é possível, apesar de ter menos força.

Do ponto de vista do egoísmo, há uma diferença no prazer e, a partir da perspectiva da doação, não há. A força da tela anti-egoísta não depende de mim. Eu faço o máximo que posso no meu estado e, nessa grande doação, todo mundo é igual, os grandes e os pequenos.

Da segunda parte da Lição Diária de Cabalá 23/04/10, Prefácio à Sabedoria Cabalística