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Descubra O Verdadeiro Significado Do Exílio E Da Redenção

comfort.jpgO que significa o exílio do Egito? É a revelação do amor próprio. Conseqüentemente, o êxodo do Egito é quando você é capaz de sentir o amor pelo próximo pela primeira vez.

Eu só posso “sair do Egito” se eu realmente desejo adquirir amor pelos outros. Como o Baal HaSulam escreve no artigo, “Para Yehuda”, a essência da futura redenção deve ser clara enquanto a pessoa ainda está no exílio. Você tem que entender o que você deseja. O que você considera exílio? Do que você está exilado?

Se você perceber que o exílio significa que você está escravizado no amor próprio, e que a redenção é quando você adquire a força do amor pelos outros, a capacidade de unir e tornar-se uma única alma como era antes da quebra de Adão, a fim de revelar o Criador dentro da união, então você realmente sente o exílio e está pronto para a redenção. Então ela chega até você!

Se você preparou seus desejos, a Luz que Corrige vem até você e o retira do egoísmo. Tudo depende da sua vontade de sair de seus interesses egoístas para a liberdade. Esta é a finalidade do exílio, e é por isso que não estamos prontos para a redenção, porque ela é constituída apenas disso. A espiritualidade é doação. Se nós queremos isso, significa que estamos prontos para sermos liberados.

Agora mesmo nós estamos prolongando o nosso exílio, porque nós não o consideramos exílio e escravidão. Nós nos sentimo bem nele. Nós só queremos mais dinheiro, poder, e outras fontes de satisfação. Nós queremos ficar sozinhos e que não nos falem sobre o amor ao próximo. Nós não queremos que o amor!

Inferno é a incapacidade de doar. Céu e inferno são muito diferentes das noções habituais das pessoas sobre eles. As pessoas não querem nenhum deles, e não sentem nem interiormente. Isto significa que a pessoa não é má ou justa; ela é simplesmente um animal que não está no exílio.

A pessoa que é má sabe que é egoísta e deseja tornar-se justa, doando. Por isso, ela chama o seu estado não corrigido de “inferno”. A pessoa que é justa atingiu a qualidade de doação e amor, e sente que está no céu.

Da Lição Noturna do Zohar 12/04/10

Por Que Sair Depressa do Egito?

cheatUma pergunta que recebi: Eu não entendo porque o êxodo do Egito foi tão apressado. O pão demora apenas 20 minutos para fermentar. Eles não poderiam esperar tanto tempo? Por que eles tinham que correr tão rápido?

Minha resposta: Apressar significa que o estado seguinte é revelado de repente, em vez de ser de acordo com uma ordem de graus. Eu não posso prever com antecedência ou esperá-lo. Eu não posso usar o meu estado atual para saber o que acontecerá no minuto seguinte. Isso se chama apressar ou acelerar.

O êxodo do Egito é como o nascimento: ele se desenvolve em virtude de uma força externa. O inferior não determina nada. Ele se esforça, estuda, cumpre o conselho dos Cabalistas de disseminar a Cabalá e unir-se com os amigos; depois, ele cresce desiludido com respeito à conquista da revelação do Mundo Superior.

Está escrito que a redenção e a liberdade vêm de repente, quando você não está esperando. (Ein Ben David Ba Ele Be Eseh Daat). Isso acontece quando as pessoas não estão completamente preparadas para isso, numa geração que está completamente desiludida, quando a pessoa desiste e levanta suas mãos.

O êxodo do Egito é a revelação da Luz de Gar de Hochma. A fim de sair do Egito, a alma deve dar um salto a partir do estado de Katnut Alef (primeiro estado de pequenez), a fim de atingir Gadlut Bet (segundo estado de grandeza). Ela deve saltar através dos níveis de Katnut Alef, Gadlut Alef, Katnut Bet e Gadlut Bet. Isso se chama apressar. Você está sendo levado para fora do seu estado e, em seguida, você vê um mundo novo.

Da lição sobre O Livro do Zohar 12/04/10

Quebrando a Muralha Entre os Mundos

Dr. Michael LaitmanHá algum tempo atrás (antes da destruição do Templo) a nação de Israel estava num nível espiritual, e os mandamentos eram acções espirituais para eles – os Tefilin não eram uma caixa preta, mas a Luz de um estado exaltado, que brilha “na testa” do Partzuf espiritual (dez Sefirot). Não era uma raiz e ramo para eles; estava unido como um todo. Eles não viviam em dois mundos, mas numa realidade comum. Desta forma, a questão relativa a levar a cabo ou não os mandamentos no material não surgiu para eles; para eles a execução interna e externa dos mandamentos eram expressões da mesma acção.

Então uma “quebra e uma descida” ocorreu; nossas sensações do mundo espiritual foram ocultadas. Com esta ocultação, nós não mais sentimos o que acontece no mundo espiritual. Nós estamos “cortados” dele, e não mais existimos num grau espiritual de “Tefilin” por exemplo ou “Talit” (Luz circundante, revestida em Zeir Anpin do mundo de Atzilut); desta forma, estes mandamentos transfomaram-se de acções espirituais em acções mecânicas, chamadas “tradições” ou “costumes.”

Antes, elas eram verdadeiras acções espirituais, em vez de meras tradições como são agora. Anteriormente, eu “colocava um Tefilin” no espiritual e no material. Eles eram a mesma coisa para mim; a realidade era um todo. Como resultado do nosso desenvolvimento egoísta, nós descobrimos a nossa “quebra e descida,” a destruição da alma comum. Agora, chegou a hora de quebrar esta divisão, de modo que haverá, uma vez mais, um mundo único e pleno.

Devem todas as pessoas estudar estas tradições e costumes? Não, nós precisamos apenas de quebrar esta divisão, e quando ela cair, gradualmente com nossa correcção, a realidade material irá começar a desaparecer. Se toda a humanidade estiver corrigida, em vez de apenas a pequena parte que saiu da Babilónia e que era chamada nação de Israel, então, à medida que o mundo começar a ficar corrigido, ele irá “perder” as suas sensações da forma material. A camada inferior, que você corrige para doar, torna-se espiritual, e você não mais a percebe como matéria. Ela gradualmente parece desaparecer das suas sensações, até que todo o mundo material desaparece, dado que ele é imaginário (Olam Amedume). Desta forma, tudo o que a Cabala nos ensina é como quebrar a “muralha de ferro” (veja Introdução ao Estudo das Dez Sefirot, Item 1), que nos separa do mundo espiritual.

Da 3ª parte da Lição Diária de Cabala 12/04/10, “Exílio e Redenção”

Adquirindo Um Dicionário Espiritual

Uma pergunta que recebi: Por que é tão importante na Cabala conhecer o significado dos termos? Qual é o beneficio disso? Afinal de contas, nós vemos que uma pessoa precisa de estudar durante muito tempo de forma a perceber o facto que palavras aparentemente familiares a ele têm um significado completamente diferente. Isto é muito difícil para um principiante.

Minha Resposta: Até conhecer os significados completamente diferentes de palavras familiares é ainda assim muito importante, pois através disto nós transitamos de um vocabulário corpóreo para o espiritual. Certamente, as palavras são familiares: “sol, lua, Terra, homem, partes do corpo humano, animais, bestas, família, acoplamento (Zivug), beijo, abraço” – todas estas são palavras deste mundo (no desejo de receber) que nós usamos no mundo espiritual (o desejo de doar). Nós acrescentamos um significado diferente e a interpretação a cada palavra.

O Baal HaSulam escreve em O Estudo das Dez Sefirot (“Reflexão Interna”) que nós devemos mudar para a espiritualidade as definições e significados das palavras, de forma que elas fiquem incrustadas nas nossas mentes como uma caixa, para que nós compreendamos o significado espiritual da palavra no momento em que a escutamos. Ao usarmos as mesmas palavras que são familiares, e tentando acrescentar significado diferente a elas, nós mudamos de uma tela que desenha para nós as imagens deste mundo para uma tela descrevendo o próximo mundo espiritual.

Nós não temos quaisquer outras palavras para exprimir o Mundo Superior, o mundo de forças e acções. Mas como estas forças e acções são actualizadas no nosso mundo, nós chamamos a estas forças e acções (raízes) pelos nomes das suas consequências (ramos). Desta forma, nós devemos conhecer seus significados espirituais. Isto é realmente muito difícil para os principiantes, até que eles se libertem do conteúdo corpóreo anterior da palavra e a preencham de novo.

À medida que as pessoas mudam, nós damos às palavras novo sentido. As palavras “beijo”, “pés” ou “cabeça” de um Partzuf irão permanecer termos psicológicos, mas elas irão tomar o significado espiritual de suas raízes. De acordo com esta mudança, você também irá testemunhar as mudanças que você atravessa.

Derradeiramente, toda a sabedoria da Cabala é dirigida a lhe dar um dicionário espiritual para substituir o seu corpóreo. O que é este “dicionário”? Você irá começar a interpretar palavras na sua sensação interna. Você irá sentir e ,então, perceberá imediatamente a palavra diferentemente. Nestas palavras você próprio transita do ramo para a raiz.

Continue a avançar e a mudar internamente, e você irá ver a extensão a que você muda o sentido das palavras. Esta mudança é automática. Toda imagem espiritual é muito mais forte que a corpórea, e assim ela irá substituir a corpórea e todas suas definições pela sua mesma.

Da 3ª parte da Lição Diária de Cabala12/04/10, Artigo “Exílio e Redenção”

Não Tenha Medo De Ficar Confuso

Dr. Michael LaitmanUma pergunta que recebi: Quanto mais você explica a estrutura dos mundos espirituais, mais confuso eu estou. Porque acontece isto?

Minha Resposta: Imagine que eu vou a um doutor e lhe digo sobre alguns dos meus sintomas externos. Ele pede-me para realizar exames médicos, verifica os resultados, e discute-os com outro doutor. Quando eles falam entre si, eu não compreendo nada, embora eles estejam a falar sobre mim, as minhas sensações, e minha saúde. Isto porque a discussão deles sobre mim ocorre num nível mais interno e complexo, sobre o que ocorre realmente dentro de mim.

Então eles dão-me um comprimido; o seu conteúdo é também desconhecido a mim. Eu tomo-o, simplesmente confiando que eles e o comprimido prescrito me irão ajudar. É claro, eles confundiram-me com a sua discussão técnica de medicina e eu nunca devia te-los escutado. Todavia, no nosso mundo o comprimido irá funcionar independentemente do seu entendimento do que o doutor diz.

Aqui durante o estudo, eu leio o que estes “médicos” Cabalistas escrevem sobre mim: um Cabalista escreve para outro descrevendo o que acontece internamente às almas no sistema onde as almas têm de se corrigir a si mesmas. É claro, eu não compreendo nada sobre isso! Contudo, como eu fico envolvido nesta história e quero compreender e senti-la, eu conecto-me a eles e fico mais perto de me tornar como eles.

Se eu me quero tornar um “médico” como eles, eu uso a minha conexão com eles e aprendo. Se eu me sinto confuso mas quero perceber a essência, se eu sinto que o livro explica a correcção da minha alma, eu não tenho escolha. Eu devo aprender sua linguagem (como o Latim usado no campo da medicina) e então eu compreendo sobre que estão eles a falar.

Os Cabalistas escreveram estes livros para os seus companheiros Cabalistas. Eles falam entre eles na linguagem que eles compreendem, porque esta linguagem explica mundos diferentes e conceitos espirituais. Neste ponto, eu não compreendo o que eles pretendem.

Porém, se eu aspiro a compreender o que eles me ensinam, e eu me esforço para o viver e sentir, então eu abro estes livros e tento entrar neles. O nível do meu entendimento não importa. O que importa é querer entrar no interior com meus sentimentos, em vez da minha tentativa de compreendê-lo com a minha mente externa. Eu tenho de pedir pela revelação.

Eu tenho de ver sobre o que eles escrevem. Eles descrevem o que eles vêem e sentem, e eu tenho de querer sentir isto também. É por isto que a minha falta de entendimento, visão, e sentimento me irão empurrar apenas para avançar.

Da 2ª parte da Lição Diária de Cabala 02/04/10, Talmud Eser Sefirot