Adeus, Fantasias!

Dr. Michael LaitmanBaal HaSulam, “Corpo e Alma”: O resto dos conceitos, que combinam a razão do seu método e outros métodos, são proibidos para nós. Aquele que os usa viola, “não se volte para os ídolos”.

Se eu imagino algo que é imperceptível aos meus órgãos de percepção, isso é chamado de “idolatria”. Por isso, fica claro que tipo de falácias se encontra toda a humanidade.

Minha análise deve ser exata ao máximo. Ela deve se basear em dados reais, no que está em minhas mãos, não em fantasias e conjecturas. Somente este tipo de percepção e abordagem vai me fazer mudar e ver o novo mundo, mas, novamente, em percepções reais, “em minhas mãos”. Todo o resto é um jogo de imaginação.

Só se eu parar de fantasiar e aceitar que não há nada fora dos cinco órgãos de percepção, que a pessoa só pode ser guiada pelo que vê, isso vai me obrigar a alargar o leque das minhas percepções. É por isso que a proibição contra fantasias é necessária para as mudanças internas. Graças a isso, eu vou revelar o mundo superior em meus órgãos de percepção aperfeiçoados.

Pergunta: No entanto, ninguém entende isso!

Resposta: É verdade, no entanto, há tal coisa como o reconhecimento do mal. Somente quando o homem atinge o limite, quando este realmente se torna insuportável para ele, então ele está sendo aberto a mudanças.

A humanidade precisa alcançar o fundo de todas as religiões e crenças. É daí que vem o fanatismo religioso moderno em todas as suas manifestações. Há um lugar para isso. As pessoas devem dar uma expressão profunda a todas essas abordagens da vida. Só então elas serão capazes de passar de uma extremidade à outra e revelar a verdade — a verdade simples, materialista — baseada exclusivamente no estudo e nas percepções dos órgãos de percepção.

Isso é o que é a ciência da Cabalá. Não há nenhum misticismo, nem quimeras. Da mesma forma que um burro fica em frente à calha de alimentação, tendo comida lá ou não. Não existem outras opções.

No final, as pessoas descobrirão que todas as suas crenças não lhes dão comida; elas não lhes dão nada. Você se afunda sem nenhuma força, quer para viver ou morrer. Você não poderá prover sua existência em suas percepções, e, daí você precisará alterá-las.

Em primeiro lugar, nós imaginamos este mundo em percepções, e nos entendemos aqui sem alterar nossas percepções. Então, nós começamos a descer e as percepções encolhem, se contraem, empurram e nos limitam. É semelhante ao tormento do trabalho de parto. O mundo desce para a escuridão, em escassez, problemas e perigos, e então, como não tenho outra escolha, eu sou obrigado a fugir dessas percepções, uma vez que, nelas, eu estou experimentando a morte. Nelas, já não sou capaz de continuar com o que faço. Aqui, já não há lugar para a crença em algo melhor “no outro lado”. Eu não posso sobreviver agora. A esperança de vida após a morte já não ajuda.

Hoje, problemas estão impactando o bolso, mas, amanhã, eles atacarão as almas, a fonte da força da vida. Em conjunto com a ciência da Cabalá, no mundo inteiro, as pessoas serão levadas a compreender que é necessário mudar sua percepção.

A coisa mais importante é o desejo de receber, e as pessoas precisarão mudá-lo para o desejo de doar, não mais acreditando em algo que não veem com seus próprios olhos, que não conhecem por experiência própria. Fantasias não vão mais ajudar. As pessoas irão se desenvolver a tal ponto que vão sentir que a única maneira é mudar suas próprias percepções.

Isso é o reconhecimento do mal, da inclinação ao mal, que o Criador criou juntamente com a Torá, ou seja, a metodologia para a correção, com a força de correção da Luz que permite chegar ao bom início. Esses são os três estados, as três etapas do caminho.

Da 4ª parte da Lição Diária de Cabalá 31/08/12, Artigo “Corpo e Alma”