Pessach Do Ponto De Vista Das Realidades Modernas, Parte 8

570Comentário: Antes de sair do Egito, o Criador dá um decreto: sacrifiquem um cordeiro, mantenham-no em casa por 14 dias, amarrem-no a uma cama.

Minha Resposta: Todos os problemas que vemos no texto devem ser entendidos corretamente. Estamos falando de uma pessoa, de suas qualidades interiores. O cordeiro representa a qualidade de Bina, que se desenvolve em nós. Ervas, terra, vinho, sarça ardente, etc., simbolizam tudo o que acontece dentro de uma pessoa.

Uma pessoa é um pequeno mundo, ela contém absolutamente todas as qualidades do nosso mundo. O fato de o mundo parecer existir fora de nós é, na verdade, um reflexo do que está dentro de nós.

Ou seja, vejo uma mesa à minha frente, porque seu estado está dentro de mim e, portanto, me parece que existe. Minhas mãos estão sobre a mesa agora. Na verdade, não há mãos, nem mesa, nada. Essas são apenas minhas qualidades internas, que pintam a realidade para mim dessa maneira.

E o mesmo Egito, e o mesmo Faraó com todas as enormes pirâmides – tudo isso existe apenas dentro de nós.

Comentário: Se tomarmos o último sacrifício, então o cordeiro na mitologia egípcia antiga é uma divindade.

Minha Resposta: Os judeus os criaram, mataram e comeram.

Comentário: Eles foram sacrificados. O Criador disse: “Sacrifiquem-no de uma certa maneira”.

Minha Resposta: Justamente porque os judeus mataram e consumiram esses cordeiros por egoísmo, ou seja, para os egípcios que estão em nós, isso é sagrado, e para a qualidade de ascensão ao Criador, pelo contrário, é uma oportunidade de subir acima do egoísmo.

Pergunta: Apesar da indignação do próprio egoísmo, certo?

Resposta: Claro. De que outra forma você pode se elevar se não se ressente com isso?

Comentário: Dizem que os filhos de Israel foram escravos por muito tempo.

Minha Resposta: Até agora, não fomos capazes de sair do egoísmo, de romper com ele.

Pergunta: Então eles realizam um sacrifício na frente dos egípcios enfurecidos e do Faraó, como se eles dessem um passo interior muito decisivo e escolhessem o lado do Criador, de segui-Lo ao invés do Faraó. Para fazer isso, deve haver uma grande prontidão interior, consciência em uma pessoa. Onde isso se acumula, com que custo?

Resposta: Esta é uma necessidade interna consciente que gradualmente se manifesta em uma pessoa, naturalmente, com a ajuda do Criador, com a ajuda da luz. Por si só, não se origina e não se desenvolve na própria pessoa.

Afinal, todas essas pessoas que eram chamadas de Judeus, vieram para o Egito a fim de desenvolver seu esforço altruísta para se conectar umas com as outras e com o Criador e, portanto, para manifestar a qualidade do Criador. Por suas ações entre si, elas atraem a qualidade do Criador para si mesmas.

Pergunta:  Em nosso tempo, essa prontidão está amadurecendo no povo judeu ou não? Deve haver uma medida cumulativa? Como você chega a essa medida para que uma pessoa realmente escolha o lado do Criador, avance e cumpra seu papel?

Resposta: Para fazer isso, você precisa passar quatrocentos anos no Egito, ou pelo menos duzentos e dez anos, como realmente foi.

Pergunta: Eles acham que este é o Egito?

Resposta: É claro! Até mesmo Abraão estava dentro e fora do Egito. Não é um problema. Estar “no Egito” significa se sentir na escravidão do egoísmo. Quando o egoísmo, por um lado, dá a você tudo o que você quer neste mundo – pegue, aproveite – e você joga tudo fora e prefere sair dele.

De KabTV, “Notícias com o Dr. Michael Laitman”, 12/04/19