“Duas Maneiras De Ser Bom” (Linkedin)

Meu novo artigo no Linkedin: “Duas Maneiras De Ser bom”

Em todos os aspectos que podemos examinar, a vida está melhor hoje do que nunca: temos mais comida do que nunca, até demais; temos melhores cuidados de saúde; vivemos mais; e temos liberdade de expressão, pelo menos em comparação com cem anos atrás ou antes. A tecnologia nos deu abundância; podemos viajar confortavelmente para qualquer lugar que quisermos em poucas horas e por um preço ridículo; podemos nos comunicar com qualquer pessoa no globo em segundos, como se ela estivesse bem ao nosso lado, e a medicina moderna está fazendo milagres (mesmo a Covid-19 não é nada comparada às pragas que mataram dezenas de milhões apenas um século atrás). Parece que as pessoas deveriam estar mais felizes do que nunca. Surpreendentemente, hoje estamos mais deprimidos do que nunca. Se olharmos para este enigma, encontraremos algo fascinante: não apenas nossas vidas mudaram, mas também nossos objetivos. Costumávamos querer sobreviver; agora queremos nos divertir e ser felizes. A tecnologia foi construída para facilitar a vida, mas não pode nos fazer felizes. Para sermos felizes, precisamos de pessoas amorosas, não de tecnologia avançada.

Quando nós, como sociedade, nos engajarmos na construção de conexões positivas, a existência material não apenas se tornará fácil, mas também se tornará agradável e significativa. Saberemos por que fazemos o que fazemos, como isso nos ajuda e como ajuda o mundo. Teremos prazer em sermos bons uns com os outros e descobriremos que isso é muito mais recompensador do que uma competição fria e desastrosa. Nesse processo, sentiremos as necessidades uns dos outros, nos conectaremos em nossos corações, e não apenas em nossos corpos, e nossa alegria se tornará inconcebivelmente mais poderosa e significativa.

Na verdade, quanto mais a tecnologia melhora e torna nossa vida mais fácil, mais ela nos leva a perguntar sobre o propósito da vida. Se não precisamos lutar pela sobrevivência, então por que precisamos levantar um dedo? E se não precisamos levantar um dedo, estamos realmente vivos? Embora, ainda, principalmente em nosso subconsciente, essas perguntas estão cada vez mais nos incomodando e estragando a festa que deveríamos estar dando. Quanto mais cedo lançarmos luz sobre essas questões, mais cedo seremos capazes de resolvê-las e encontrar a verdadeira felicidade.

Enquanto tudo o que queríamos era sobreviver, não sabíamos o que era felicidade. Na melhor das hipóteses, se garantíssemos nossa sobrevivência, estaríamos contentes. Mas contentamento não é felicidade. A felicidade vem da conexão direta com outras pessoas, quando as sentimos como se fossem parte de nós, e elas sentem o mesmo por nós. Não é apenas responsabilidade mútua no nível físico, mas uma fusão de mentes e corações entre todas as pessoas, um estado que podemos alcançar apenas se realmente nos preocupamos uns com os outros, amamos uns aos outros como a nós mesmos, ou como nossos sábios colocam, “Ame seu próximo como a si mesmo”, muito literalmente.

Para que isso aconteça, primeiro temos que reconhecer que nosso estado de espírito atual é o oposto: somos estranhos uns para os outros, hostis e desconfiados. Mudamos de querer sobreviver para querer desfrutar, mas como podemos aproveitar a vida se não podemos confiar que as pessoas ao nosso redor não querem nos prejudicar? Isso nos mantém constantemente no limite, vigilantes e estressados. Para aproveitar a vida, primeiro precisamos ter certeza de que as pessoas ao nosso redor desejam o nosso melhor. Em outras palavras, temos que nos tornar bons uns com os outros, cuidar. E isso deve abranger todos nós. Se uma pessoa na sociedade procurar prejudicar os outros, isso forçará todos os outros a se tornarem cautelosos e hostis.

Existem duas maneiras de nos tornarmos bons uns para com os outros: 1) percebendo que não temos outra escolha e mudando contra a nossa vontade, ou 2) percebendo que esta é nossa melhor opção, nosso modo de vida preferido, e ativamente perseguindo essa transformação em nossas vidas. Atualmente, estamos trilhando o primeiro caminho, procurando desesperadamente encontrar caminhos de fruição que não exijam o cuidado dos outros. Isto não está funcionando Como resultado, estamos ficando cada vez mais frustrados e buscamos todos os tipos de escape da dor por meio de drogas, violência, extremismo e depressão – a doença mais comum da nossa geração. Podemos seguir trilhando esse caminho até sentir que esgotamos todas as opções, o que pode levar décadas de sofrimento inimaginável. Como alternativa, podemos dar uma chance ao outro caminho agora e ver como funciona.

Se tentarmos o outro caminho e nos comprometermos a promover conexões positivas, encontraremos o que realmente estamos procurando: a felicidade. Ninguém pode se sentir triste quando está cercado de pessoas amorosas. Além disso, quando começamos a nutrir conexões positivas, tudo o que fazemos começa a fazer sentido, uma vez que o fazemos para ajudar os outros e nos conectar com eles. Quando trabalhamos para o benefício dos outros, inevitavelmente infundimos significado em nossas ações. Ninguém que já fez algo por outra pessoa perguntou sobre a razão ou o propósito do ato. O propósito é evidente e a recompensa é tremenda.

Além disso, quando nós, como sociedade, nos engajarmos na construção de conexões positivas, a existência material não apenas se tornará fácil, mas também se tornará agradável e significativa. Saberemos por que fazemos o que fazemos, como isso nos ajuda e como ajuda o mundo. Teremos prazer em sermos bons uns com os outros e descobriremos que isso é muito mais recompensador do que uma competição fria e desastrosa. Nesse processo, sentiremos as necessidades uns dos outros, nos conectaremos em nossos corações, e não apenas em nossos corpos, e nossa alegria se tornará inconfundivelmente mais poderosa e significativa.

No final, aprenderemos a ser bons uns com os outros, pois só assim podemos ter sucesso. Mas como aprendemos isso depende de nós.