“Na Terra Do Faraó, Rei Do Egito” (Linkedin)

Meu novo artigo no Linkedin: Na Terra do Faraó, Rei do Egito

Há muitas maneiras de pensar no drama que aconteceu entre o Faraó e Moisés no Egito bíblico. Alguns pensam nisso como história; outros o veem como folclore, e outros ainda o veem como uma alegoria para nos ensinar moral. A sabedoria da Cabalá tem uma visão completamente diferente da história do êxodo do povo de Israel do Egito. Ela o vê como um processo que leva a um momento de definição na vida: a libertação do ego e a entrada em uma nova realidade, onde o ego é o servo e o cuidado com os outros é o rei. É por isso que hoje, quando o egoísmo é nosso único governante, é tão importante introduzir os conceitos da sabedoria da Cabalá, uma vez que apenas cuidar dos outros evitará que o mundo exploda em pedaços.

Nos textos Cabalísticos, o Faraó representa o ego, nossa inclinação para nos concentrar em nós mesmos e lutar pela superioridade sobre os outros. O período em que a humanidade está hoje é de fato um período de “Faraó”. Hoje em dia, o Faraó, o egoísmo descontrolado e desequilibrado das pessoas, está vindo à tona. Ele controla nossas vidas, as organiza e não temos para onde fugir de seu controle.

Nos textos Cabalísticos, o Faraó representa o ego, nossa inclinação para nos concentrar em nós mesmos e lutar pela superioridade sobre os outros. O período em que a humanidade está hoje é de fato um período do “Faraó”. Hoje em dia, o Faraó, o egoísmo descontrolado das pessoas está vindo à tona. Ele controla nossas vidas, as organiza e não temos para onde fugir de seu controle. Mesmo quando percebemos que não é bom deixarmos o Faraó governar e nos escravizar, optamos pelo “pão e circo”, pois nos sentimos impotentes contra isso.

No entanto, aos poucos, vai se formando em nós a compreensão de que nossa situação não é como deveria ser. Gradualmente, estamos percebendo que a caça ao prazer sem fim nos deixa vazios no final. Nascemos, amadurecemos, conseguimos um emprego, talvez uma carreira, temos filhos, envelhecemos, adoecemos e morremos. Por que passamos por esses ciclos? Se no final morremos e deixamos de existir, então por que nascer em primeiro lugar? Os pequenos prazeres que temos na vida, se é que os temos, aliviam um pouco da dor que experimentamos no resto do tempo, mas se não sobrar nada de nossas vidas quando eles terminarem, então qual é o propósito de viver, e qual é o propósito do sofrimento?

Quando começamos a fazer essas perguntas, e hoje mais e mais pessoas estão fazendo isso, é um sinal de que estamos começando a discordar do governo do Faraó sobre nós. Este é o início do surgimento do Moisés dentro de nós – uma nova perspectiva de vida que deseja nos tirar das algemas do egoísmo e nos libertar da terra metafórica do egoísmo: o Egito.

A sabedoria da Cabalá não se relaciona com localizações físicas ou com pessoas de carne e osso. Cada personagem no drama é uma força dentro de nós, e cada terra, um tipo de desejo. O Egito representa o desejo de autoindulgência, concentração em si mesmo, enquanto Israel representa o desejo de doar, de se importar com os outros, de se conectar com seus corações. Ambas as “terras” existem em todas as pessoas do mundo; portanto, cada pessoa pode escolher com quem simpatizar: o interior do Egito, o egoísmo, ou o interior de Israel, a doação.

Quando Moisés começa a crescer dentro de nós, começamos a sentir que nossa estada no Egito é premente e opressora. Quando a história de Pessach nos conta que o povo de Israel estava exilado no Egito, isso significa que eles começaram a querer se libertar das algemas do egoísmo, mas o Faraó, o cerne do egoísmo, não os deixou sair livres. Depois de algum tempo nesse estado, a força de Moisés dentro de nós começa a ganhar força e faz com que todos os prazeres que o ego oferece pareçam sem sentido e sem gosto. Não é que repentinamente caímos da riqueza em farrapos, mas que as mesmas riquezas que pareciam tão boas antes, parecem sem sentido, e perdemos toda a alegria por tê-las. Mas, na ausência de quaisquer outros prazeres, sentimos tudo como vazio e fome. Pior ainda, uma vez que ainda não estamos livres do egoísmo e ainda devemos servi-lo, embora não queiramos mais,

Hoje, milhares de pessoas já se sentem assim. Elas são especialmente comuns entre os jovens, que cresceram vendo o estilo de vida dos pais e simplesmente não o querem. Eles não encontram prazer neles, mas também não encontram prazer em nada mais. É por isso que tantos recorrem ao consumo de drogas para esquecer da vida, ou aos esportes radicais ou à violência, procurando freneticamente por algo que os excite e dê uma razão para continuar vivendo. Esses jovens não são fracassados ​​nem tolos. Na verdade, eles são muito inteligentes e honestos consigo mesmos e não podem perseguir um objetivo que não pareça valer a pena.

Este período de transição em que estamos pode ser longo e doloroso. A luta entre o Faraó e Moisés acontece dentro de cada um de nós, mas também tem ramificações sociais, nacionais e internacionais. A Bíblia descreve o tempo de hesitação para seguir o caminho de Faraó ou o caminho de Moisés como as dez pragas do Egito. Mas no final, o ego, ou seja, o Faraó, se rende. Agora estamos nos aproximando desse ponto de escolha em nível global. Podemos escolher experimentar as pragas também, ou podemos escolher o caminho de Moisés antes que as pragas caiam sobre nós.

Sabemos que, no final, Moisés vencerá e construiremos uma sociedade unida, onde as pessoas cuidam umas das outras. Portanto, quanto mais cedo seguirmos nessa direção, mais rápido alcançaremos esse estado de bem-aventurança. Nesse processo, evitaremos as aflições do Egito. Agora é a nossa hora de escolher o caminho a seguir, em direção à terra do Egito e sofrer, ou em direção à terra de Israel, a terra da unidade e do amor.