A Terceira E A Quarta Pragas Egípcias

746.01Comentário: A terceira praga egípcia são os piolhos. Um enxame de piolhos desceu sobre o Egito, atacou os egípcios, agarrou-se a eles, subiu em seus olhos, nariz e orelhas. Então veio a quarta praga – moscas. Ainda assim, curiosamente, na área onde os judeus viviam, não havia tal fenômeno.

Minha Resposta: Devemos explicar que todas as pragas egípcias foram dirigidas principalmente aos egípcios e não aos judeus. Ou seja, esses são golpes internos ao nosso egoísmo, a fim de convencê-lo repetidamente da necessidade de nos elevarmos acima dele. Isso é chamado de sair do Egito.

Pergunta: Estamos falando de uma pessoa que não se associa mais ao seu egoísmo. Existe ela e existe seu egoísmo. Então quem é ele?

Resposta: Ele é a qualidade supraegoísta de doação, a qualidade de conexão mútua que está começando a se desenvolver nela.

Pergunta: Por que todo o processo deve ser descrito nesses termos: piolhos, moscas e assim por diante?

Resposta: Essa é uma linguagem puramente alegórica porque estamos em dez desejos, no que é chamado de dez Sefirot. O Partzuf, isto é, a estrutura egoísta de nossa alma, consiste em dez partes, e devemos abandonar cada uma delas. Só então saímos de nosso egoísmo, cruzamos o Mar Vermelho e corremos pelo deserto até chegarmos ao Monte Sinai.

Na verdade, chegamos a um estado em que não temos nenhuma chance de permanecer em nosso ego. O Criador nos empurra para isso. Ele nos dá tal sensação durante a escravidão egípcia que aparentemente na corporeidade você tem tudo e na espiritualidade nada. E você nem mesmo quer receber espiritualmente porque não recebe nada – tudo o que é corpóreo é empurrado para você.

Isso é muito semelhante ao nosso estado atual. Afinal, o mundo atingiu um estado corporal bastante bom, mas internamente, espiritualmente, tanto os judeus como todas as outras nações do mundo não têm realização, nenhuma sensação de vida: para que serve, qual é a motivação, por quê?

De KabTV, “Estados Espirituais”, 30/01/20