História Da Humanidade – Um Olhar Interno, Parte 2

laitman_749_02Durante sua evolução, a humanidade passou por muitas fases preliminares de desenvolvimento. Ela está tentando se conectar para se tornar um homem, Adão, como a força superior.

A primeira vez que foi feita uma tentativa desse tipo foi na antiga Babilônia. O Rambam escreveu que o patriarca Abraão reuniu muitos babilônios em torno dele e organizou-os em um grande grupo que mais tarde levou à terra de Canaã.

Sob a liderança de Jacó, eles se mudaram da terra de Canaã, passaram pela escravidão egípcia, e saíram dela sob a liderança de Moisés. Mas desde que saiu da antiga Babilônia, este grupo tinha um lema constante: unidade e “ama ao próximo como a si mesmo”.

Estes não eram apenas movimentos de um país para outro, mas fases de desenvolvimento. Seu egoísmo cresceu e se desenvolveu, exigindo um novo método de conexão. O método de Abraão não estava mais funcionando porque era adequado apenas para o período dos antepassados.

Este período tinha acabado, e um novo tempo tinha chegado. O Faraó simbolizava o enorme egoísmo que o grupo de Abraão tinha acumulado e, portanto, era necessário um método mais eficaz de conexão que fosse mais forte e mais profundo do que o antigo.

Então, eles receberam a Luz que Reforma. Em outras palavras, começaram a trabalhar com a força superior, atraindo-a através de tentativas práticas de se unir. A condição para receber essa força é a garantia mútua. Se estamos prontos para se tornar fiadores uns dos outros, ou seja, para se conectar, nós criamos a qualidade de unidade e amor entre nós, similar à força superior da natureza.

Assim, com base no princípio da similaridade e equivalência de qualidades, eles puderam atrair a força positiva da unidade, escondida na natureza, chamada Criador. Embora toda a natureza deste mundo se baseie numa força negativa, nós podemos atrair a força positiva e incluir ambas dentro de nós.

Os símbolos da força negativa que são revelados entre eles são o bezerro de ouro e os outros numerosos problemas que a Torá nos conta que estão constantemente assombrando-os durante a sua peregrinação no deserto. Apesar disso, eles atraem cada vez mais a força positiva, até compensarem toda a força negativa que é revelada entre eles com ela. Isso significa que eles se prepararam para a próxima fase.

Todo este processo é chamado de quarenta anos de peregrinação no deserto: é a aquisição da força positiva que vai cobrir a força negativa. Em todo o egoísmo que foi revelado neles no Egito, eles receberam uma força adicional que lhes permitiu tratar uns aos outros com compaixão. Isso é chamado de preparação para entrar na terra de Israel.

Obviamente, nós estamos falando de um novo estado interno, e não de geografia, nem história.

Entrar na terra de Israel significa que desejos mais fortes são revelados neles que não foram revelados no estágio anterior, chamado de deserto. Um egoísmo muito mais forte é revelado, chamado de sete nações que habitam a terra de Israel, que deverão ser destruídas ou banidas.

Claro, não estamos falando de pessoas, mas da destruição dos desejos egoístas dentro de uma pessoa e dentro de todo esse grupo que está entrando em um novo estado, um novo nível de desenvolvimento.

Da 1ª parte da Lição Diária de Cabalá 12/08/16, Escritos do Rabash