Como Alcançamos A Felicidade?!

Por que tudo é tão ruim?

O estudo da natureza nos mostra que todas as partes na natureza são geridas de uma forma determinista proposital, assim como as frutas crescendo em uma árvore são manejadas para alcançar a meta sublime final, amadurecer. Mas os estados de maturação anteriores são opostos à forma madura. Quanto mais doce o fruto é quando está maduro, mais amargo e feio é nas fases intermediárias.

Uma besta se desenvolve rapidamente, enquanto um bebê nasce fraco e dependente e leva muitos anos para se desenvolver. Uma pessoa que não sabe o resultado final do seu desenvolvimento pode dizer que a besta é melhor do que o homem em todos os sentidos.

Assim, aprendemos que a natureza gerencia o desenvolvimento de uma forma intencional e determinista desconsiderando as formas intermediárias e tendo em conta apenas o resultado final. A atitude positiva da natureza para com o ser criado não é sentida até a fase final do seu desenvolvimento.

Conclusão: O gerenciamento de cada parte da natureza é proposital e bom, mas este fato é revelado apenas no final do processo de desenvolvimento, e apenas aqueles que alcançam a fase final do seu desenvolvimento, os Cabalistas, podem ver o mundo na sua última boa forma.

Há duas maneiras de se desenvolver: pelo sofrimento ou pelos esforços.

O plano da natureza é nos fazer semelhantes ao atributo de bondade absoluta, e duas formas foram preparadas para nos desenvolver, a fim de alcançar isso.

1. O caminho do sofrimento: é um processo lento e inconsciente do desenvolvimento    sob a influência de sofrimentos até o reconhecimento de que a bondade é necessária.
2. O caminho do bem: é um desenvolvimento rápido, consciente e agradável até se assemelhar à natureza.

O objetivo final é essencial e predeterminado. Não há como evitá-lo. A natureza nos controla rigidamente ao longo do caminho do sofrimento ou ao longo do caminho do bem. A natureza revela o egoísmo em nós, a força do mal, que nós temos que descobrir. Nós temos que descobrir a força do bem e aprender como gerar com nossos desejos e ações de natureza.

O objetivo da sabedoria da Cabalá é nos desenvolver pela força positiva.

Ao estudar a sabedoria da Cabalá a pessoa descobre que é realmente seu egoísmo natural que a impede de se desenvolver pacificamente ao estado feliz a que ela estava destinada a chegar pela natureza. A raiz de todos os males é o amor-próprio chamado egoísmo. Este atributo é oposto à força geral da natureza, à bondade. Assim, a razão para todos os sofrimentos é a diferença entre todos os atributos negativos do egoísmo e os atributos positivos da natureza.

Quando um Cabalista corrige o mal nele, o egoísmo, de modo que este se assemelhará à bondade na natureza, na transição do amor-próprio ao amor ao próximo, ele descobre o maior prazer e uma sensação de eternidade. Nossa correção é cumprida em unidade, e assim, unindo-nos, descobrimos que o amor ao próximo é realmente um mandamento que temos que cumprir, como a lei geral da natureza. Na unidade descobrimos a força positiva da natureza, o Criador.

A diferença entre a sabedoria da Cabalá e outros métodos é o objetivo. Toda a nossa natureza é má e temos que corrigi-la para o bem. Caso contrário, o mal vai nos destruir. A sabedoria da Cabalá garante sucesso e felicidade para aqueles que a usam porque a pessoa que alcança o amor ao próximo está perto da força superior da natureza, a força da bondade, e, assim, torna-se livre do sentimento de nosso mundo de sofrimento e sente o amplo mundo eterno de doação e a força superior. Assim, vemos que a sabedoria da Cabalá serve a pessoa que a usa da melhor maneira possível, mas não afeta aqueles que não a usam de modo algum.

Escritos de Baal HaSulam, “A Essência da Sabedoria da Cabalá e Seu Propósito”