Um Bebê Sob O Coração De Sua Mãe

laitman_232_03_0Rabash, “A Questão da Verdade e da Fé”: A forma de Ibur (concepção), que é o nível de pequenez, é sua forma real. Mas como ele não têm só pequenez, é considerada uma deficiência, e onde quer que haja uma deficiência na Santidade, há uma retenção das Klipot (cascas). Então, as Klipot podem levar a um aborto, o que significa que o embrião espiritual cairá antes de ter concluída a sua fase de concepção. Portanto, deve haver um fator de retardo que é o que lhe dá a fase de plenitude, ou seja, a fase de grandeza, porque um embrião é a coxa de sua mãe (parte de sua mãe), de modo que a concepção não é chamada pelo seu próprio nome. Essa é a razão do embrião comer o que quer que sua mãe coma, o que significa que tudo o que o embrião recebe é nos vasos da mãe. Portanto, mesmo se o embrião não tenha vasos aptos a receber grandeza, ele pode receber nos vasos do superior, que é a sua mãe, porque ele se anula totalmente diante de sua mãe e não tem nenhuma entidade própria.

Isso se chama fase de Ibur, quando ele se anula totalmente diante do superior e, depois, quando recebe a grandeza, ele está num estado de plenitude e, portanto, não há nenhuma retenção das Klipot. Essa é a razão pela qual é chamado de força de retardo. Por isso, essa é a salvaguarda de que o embrião não cairá na espiritualidade como o aborto de um embrião na corporalidade, na medida em que a mãe corporal tem que manter seu embrião, de modo que nada dê errado, Deus me livre, e é o mesmo na espiritualidade.

É difícil explicar o estado espiritual do embrião, uma vez que no mundo corpóreo vemos apenas a forma externa e o fenômeno externo, e não sabemos quais forças internas operam tanto na mãe como no embrião. O embrião tem que estar num estado de plenitude; caso contrário, não pode crescer. O embrião não pode crescer sob condições de restrição, pressões e deficiência. Ele deve receber tudo o que a mãe tem.

Embora não exista um sistema pleno que cuide do embrião, ele está conectado ao corpo da mãe. Isso significa que o embrião precisa ter o poder de se anular perante a grandeza do nível superior. Assim, ele vai se sentir num estado de plenitude e, portanto, será capaz de crescer.

O superior se abre cada vez um pouco mais ao embrião, e o embrião tem que se fechar cada vez mais e receber de baixo para cima, em rejeição, e ao mesmo tempo também num estado de plenitude. Nós podemos ver que dois opostos estão integrados aqui.

Embora o embrião esteja totalmente dentro da mãe, ele não usa os seus desejos, mas os anula e está num estado de total devoção à mãe, e graças a isso cresce.

Ele avança gradualmente de um nível para o outro. O superior abre um pouco mais de Luz para ele, e o embrião, por um lado, usa o seu desejo de receber porque ele cresce dessa maneira. Mas ele usa o desejo de receber de baixo para cima, sem receber no seu interior e rejeitando tudo em doação. Cada vez ele está com uma força maior, um maior desejo de se aderir ao superior.

Nós temos que tentar esclarecer todos esses detalhes no workshop. Embora seja difícil, precisamos fazer cada vez maiores esforços, a fim de nos aproximar desse estado e inseri-lo tanto quanto pudermos. Um embrião espiritual é o nosso próximo nível, para o qual devemos subir.

Na verdade, nós já o alcançamos. É realmente bom que nós achemos difícil imaginá-lo; nós nos sentimos confusos e incapazes de compreendê-lo. Essa resistência nos ajudará a se apegar mais fortemente nos pequenos detalhes que estão perto de nós.

Da Preparação para a Lição Diária de Cabalá 12/02/14