Nós Somos Uma Família Da Antiga Babilônia

laitman_577Pergunta: Pode uma pessoa que adere ao princípio: “Ama ao próximo como a ti mesmo”, ser considerada uma parte do povo de Israel, mesmo se ela não pertencer etnicamente a esse povo?

Resposta: Na Academia Internacional de Cabalá Bnei Baruch (Centro de Educação), quase dois milhões de pessoas de diferentes raças e nacionalidades estudam, e todas são representantes da antiga Babilônia, que agora estão começando a se reunir sob o conceito de unidade, porque senão a humanidade não será capaz de sobreviver.

É precisamente porque estamos levando o princípio de unidade ao mundo que essa ideologia é considerada como algo único que pertence somente aos judeus, mas, na verdade, pertence a todos da Babilônia, a toda a humanidade.

Portanto, quando nós a disseminamos abertamente ao mundo, eles a recebem bem, e as pessoas vêm até nós sem sentir que são estrangeiras. Pelo contrário, elas sentem um parentesco conosco e, certamente, de forma alguma inferior.

O fato é que toda a humanidade vem da antiga Babilônia, quando, de repente, surgiu a oposição entre o rei dominante (Nimrod) e um sacerdote babilônico chamado Abraão. Nimrod acreditava que era necessário desenvolver o capitalismo, isto é, avançar através do egoísmo, e Abraão disse que a humanidade tinha atingido um estado em que precisava se unir acima do egoísmo, sob pena de se destruir.

As pessoas que se juntaram a Abraão, e que ele tirou da Babilônia, tornaram-se historicamente conhecidas como o povo judeu. A política de Nimrod levou à dispersão e assentamento de todo o resto dos babilônios em todo o globo.

Assim, o princípio egoísta suavizou, visto que as pessoas foram separadas umas das outras e já não estão em tal contato estreito entre si. Dessa forma, a humanidade se distanciou da ideia de unidade por 3.500 anos. Hoje, nós estamos novamente nos unindo gradualmente ao redor do globo na medida em que descobrimos a interdependência entre nós e a oposição egoísta mútua – isto é, nós chegamos a mesma Babilônia.

E nós não podemos fazer nada. Aqui também surge uma alternativa diante de nós: ou lutamos cruelmente uns com os outros (os Cabalistas escreveram sobre a possibilidade de mais duas guerras mundiais, incluindo a força nuclear), ou conseguimos explicar às pessoas que não há outra escolha senão conexão e unidade.

As partes inanimada, vegetal e animal da natureza estão em correta interação mútua. Só o nosso egoísmo força uma oposição entre elas. Tudo depende das pessoas. Portanto, nós somos forçados – quer pela vara ou conscientemente – a alcançar a cooperação mútua total entre nós como um único corpo.

Da Palestra no Centro Cultural Judaico de Moscou, 24/11/15