Pergunta: Qual é a coisa que a Klipa (casca) mais quer?

Resposta: O que a Klipa mais quer é nos confundir, de modo que dentro dessa confusão nós desejemos voltar ao Criador, para nos fazer sentir que precisamos de fé, devoção. A Klipa nos leva a esses estados, a tal confusão, que é impossível suportar. No final, você concorda em desistir de tudo. Você está confundido a tal ponto que vai entender que vale a pena ser completamente anulado, a fim de apenas se agarrar ao Criador e não para que a confusão acabe, mas porque o Criador é o superior, a fonte de tudo.

O sistema das Klipot é muito sofisticado. Ele precisa ser a cópia exata da divindade e é, na verdade, composto de uma mistura de forças sagradas e forças das cascas. Isto é assim, uma vez que não podemos nos confundir se ele for apenas ruim e superficial. Assim, ele deve ser muito sofisticado e diversificado, de modo a nos ensinar também o que é correto e o que é incorreto de acordo com a sensação e a intenção.

Na santidade, não há forças das cascas que sejam reveladas. Elas já estão lá, na forma invertida, através da nossa preparação, que nos permite não estarmos sempre errados. Então, nós estamos autorizados a trabalhar com a Luz. Mas tudo isso é com a condição de que já tenhamos incluído dentro de nós todas as impressões da escuridão e da Luz, como está escrito no Livro do Zohar: “Todo aquele que inverte escuridão em Luz, amargo em doce, entra no Palácio do Rei”.

Isto significa que, desde o início nós devemos nos equipar com todo o sistema das Klipot como resultado da inclusão de situações opostas, um Kli (vaso, desejo) emerge que está pronto para ser divino. O trabalho de divindade é muito simples em comparação com o estudo da Klipa. Assim, o tempo de preparação leva um tempo muito longo.

Da 2ª parte da Lição Diária de Cabalá 13/08/13, O Zohar

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