Respeitando Cada Um Que Se Esforça Neste Caminho

Dr. Michael LaitmanBaal HaSulam, “Introdução ao Estudo das Dez Sefirot“, Item 102: Eis porque está escrito que todos que aprendem Torá Lo Lishma, sua Torá torna-se uma poção da morte para eles. Não só eles não emergem da ocultação da face para a revelação da face, uma vez que não preparam suas mentes para trabalhar e alcançá-la, a Torá que eles acumulam aumenta muito sua ocultação da face. Finalmente, eles caem na ocultação dentro da ocultação, o que é considerado morte, sendo completamente afastados da sua raiz.

Isso é o que acontece se uma pessoa não faz um esforço através do ambiente, através do estudo e de todos os meios que tem, a fim de alcançar a revelação do Criador, o que significa descobrir o atributo de doação e amor pelos outros dentro dela, a fim de chegar através do amor pelos seres criados ao amor pelo Criador. Ela tem que se concentrar nisso para que o resultado de seu estudo seja a revelação do atributo de doação aos outros, não importa quão artificial e sem sentido possa lhe parecer a princípio e contrário a sua própria natureza.

No início ela se recusa a ouvir e concordar com isso. Mas se ela retorna a isso sem parar, apesar de todos os obstáculos e realiza todos os requisitos necessários e determinados pela natureza, pelo Criador, como resultado da crise e todas as outras condições que lhe são reveladas, ela gradualmente concorda que a meta do estudo é chegar à auto-anulação.

É uma ação muito especial, não o tipo que imaginamos no início do caminho. Mas na medida em que as mudanças ocorrem em nós ao longo do caminho, nós descobrimos novas definições a cada momento, o que significam termos como restrição, o outro, conexão, garantia mútua, o Criador, o atributo de doação e amor, etc. Nós já começamos a entender o que significam “a poção da morte” e a “poção da vida” e por que a Torá traz tais fenômenos opostos. Assim, começamos gradualmente a esclarecer a o caminho e a direção correta.

Muitas vezes, a pessoa cai em situações em que não percebe o quanto está errada. Mas “o que a mente não faz, o tempo faz”. A única saída é avançar como “um boi para a carga e um burro para o fardo”, ir estudando dia após dia, como se diz: “Faça qualquer coisa, exceto abandonar!”. Ela não entende o que está acontecendo: o ego é dado a ela de Cima e assim são todas as condições em que ela está; tudo é feito pela força superior.

Ela se esforça, faz algo, mas até agora não entende o que está acontecendo. A principal coisa é não abandonar, mas ao menos executar as ações mais simples mecanicamente. Se ela de alguma forma consegue continuar dessa maneira, ela deve estar feliz por conseguir fazer pelo menos isso.

Portanto, nós devemos respeitar quem faz esforços para passar cada dia e participar tanto quanto pode, tanto quanto tem permissão de Cima. É condição essencial chegar a este lugar, a este estado. Depois disso, já existe o trabalho de esclarecimento: por que, para que, o que vou receber disso, por que estou participando nisso, qual é o resultado desejado que eu espero?

Eu tenho que aprender com o exemplo do Rabi Shimon e seus alunos, porque nós queremos nos conectar e ser como eles, sentar-nos entre eles. Eles sentiram ódio ou amor uns pelos outros. Nós temos que chegar a esses discernimentos contrastantes.

Da 1ª parte da Lição Diária de Cabalá 24/12/12, “Introdução ao Estudo das Dez Sefirot”