Eu Não Quero Amaldiçoar O Criador!

Dr. Michael LaitmanEm alguns estados, o superior mostra o seu lado inverso de tal maneira para que eu participe. Assim como um pai para um filho, ele me mostra como jogar. Ao se rebaixar ao nível da criança, o pai parece um pouco mais inteligente e mostra ao filho uma pequena diferença entre o que ele é e o que ele deve ser. Este é o lado inverso do superior, não um pai em toda sua altura, mas a diferença entre o estado atual da criança e o estado quando ela subiu um pequeno passo acima.

Nós podemos dizer que o Criador mostra o quadro atual do mundo para a pessoa como a uma criança, ela supera os obstáculos, levando este jogo a sério. No entanto, isto depende da pessoa. Se ela sente que está em ocultação simples, que tudo vem do Criador, como resultado do passado ou como uma pré-condição para o futuro, quando sucessivamente ela vê que não pode ter sucesso, então surge a pergunta: Como ela pode superar isso?

Primeiro de tudo, será que devemos pedir pelo sucesso? Claro que não, porque, então, a pessoa iria usar apenas seu desejo normal, egoísta, e se distanciaria do Criador.

Talvez, eu deveria orar ao Criador para que Ele não enviasse sofrimentos pelos feitos passados ​​ou para a recompensa futura? Não, porque esta oração seria atribuída ao interesse pessoal. Ela não foi projetada para correção.

Em ambos os casos, a pessoa parece dizer ao Criador, “Você me aproximou de você. Você faz brilhar a Luz mais forte em mim agora, e nela, eu me sinto mais fraco, falho e corrupto. Então, tome a sua Luz de volta, para que eu possa me sentir melhor!”.

Na realidade, nós precisamos pedir a correção, “Eu concordo com tudo que você me ensina. Esta não é a questão. Deixe-me experimentar dificuldades e problemas se isso for a favor da correção. Mas isso me dói e eu amaldiçoo Você em meus sentimentos, querendo ou não: o aviso a descoberto do banco, um telefonema da polícia, todos os meus problemas. Por um lado, você faz brilhar um pouco de Luz sobre mim, e eu sinto que você existe, mas, por outro lado, me faz amaldiçoar Você em meus desejos não corrigidos. Eu não peço que você se afaste, privando-me da Sua presença e do sofrimento associado a ela. Eu pergunto outra coisa: Corrija-me! Aproxime-me do sentimento como aquele que carrega somente o bem. Deixe-me sentir que você é o Bom que faz o bem”.

Aqui, surge um problema muito grande: Como a pessoa pode julgar a si mesma de forma imparcial? Afinal de contas, eu deveria perguntar isso não para me sentir bem, mas só para justificá-Lo. Só por isso, meu coração dói. E se não doer, faça-o doer. Eu não me importo com o sofrimento e, em geral, com nenhuma outra coisa, exceto uma: eu não quero condená-Lo. Não se trata do meu sentimento bom. Eu só quero elevá-Lo ao mais alto nível, de modo que a qualidade de doação e amor que você representa se torne da maior valia para mim.

Se a pessoa se esforça por isso, ela já começa a avançar corretamente. É assim que a ocultação simples deve ser sentida, e como a pessoa deve sair dela.

Da 4ª parte da Lição Diária de Cabalá 02/10/12, Escritos do Baal HaSulam