O Portão Para o Livro do Zohar

Há muitas histórias do Livro do Zohar que foram escritas em linguagem alegórica (Midrash). Elas estão aparentemente descrevendo pessoas e os anjos (as forças da natureza) , animais e plantas, e é por causa disso que os autores do Livro quiseram explicar todos os níveis da criação para nós: inanimado, vegetativo, animado, e falante.

BaalHaSulam preparou quatro introduções para o o Livro do Zohar:

1.”Prefácio à Sabedoria da Cabala(Pticha)”: É um prefácio científico, onde ele explica a estrutura dos mundos, Partzufim, Sefirot, a interação das Luzes e desejos (vasos, Kelim).

2.” O preâmbulo ao comentário do Sulam”: É ligado ao referido prefácio acima. Aqui, ele também explica como trabalhar com as três linhas, Luzes e desejos, apenas em uma forma mais particular, mais perto de cada alma.

3.” Prefácio ao Livro do Zohar”: Nesta introdução, Baal HaSulam explica a percepção da realidade. Ele descreve como é a transição da nossa percepção corporal, percepção comum da realidade para o mundo espiritual, quando começamos a perceber a realidade através deste mundo, que se torna transparente, e ver as forças que nele trabalham, em vez da imagem externa do mundo.

Similarmente, quando olhamos para a tela do computador, vemos uma certa imagem. Mas ela só existe para nós já que criamos essa tela e esse método de projeção de propósito. Na realidade, porém, é apenas uma manifestação externa de informações armazenadas dentro do computador, no seu disco rígido. Se pudéssemos ler as informações diretamente do disco, não teríamos necessidade de recuperá-la para a tela e lê-lo nela.

A sabedoria da Cabalá é o instrumento que nos permite entrar no oculto, parte interna da realidade e não ver a forma externa que nos é apresentada, no momento, mas sim a atividade interna: forças que trabalham nos bastidores, na imagem familiar do mundo.

Nesta introdução, Baal HaSulam explica também que a nossa percepção da realidade é dividida em quatro componentes: a essência , a forma abstrata, a forma que se reveste de matéria, e a matéria em si. Até a última correção (Gmar Tikkun), alcançamos apenas nossa matéria (desejo) e forma que este desjo assume: quer seja egoísta ou altruísta. Nós não podemos saber a forma abstrata e menos ainda a essência. Assim, avançamos para a correção final.

Assim, a sabedoria da Cabalá nos dá um aviso muito sério para não entrar em fantasias, mas sim ser realista e usar uma abordagem científica, enquanto nos esforçamos para descobrir o mundo espiritual em um canal, uma forma tangível.

4. “Introdução ao Livro do Zohar”: Aqui, Baal HaSulam explica vários problemas que uma pessoa enfrenta em suas perguntas sobre quem somos, o que a nossa essência é e qual o nosso papel neste mundo e por que o Criador nos criou tão cheios de falhas, baixo e desprezíveis, por que devemos caminhar neste longo caminho e tornar-se equivalente a Ele, e assim por diante. No início desta introdução, Baal HaSulam faz essas perguntas e as responde.

E no final da introdução, há uma parte especial e bem conhecida, e muito difundida onde ele escreve sobre a nossa correção nos nossos dias. Lá, ele explica que o mundo é dividido em partes internas e externas. Pessoas que sentem que pertencem a realização espiritual são consideradas como a parte interna do mundo. São elas que devem unir-se entre si e usar o Livro do Zohar para desenhar a Luz que Reforma para si mesmas.

Ao fazer isso, elas se tornarão a fonte espiritual e o centro espiritual do mundo. Tendo a força espiritual, elas vão estar espalhando a sabedoria da Cabalá, e todo o mundo vai começar a sentir que têm algo exaltado: o conhecimento, a sabedoria, o correto, a abordagem do senso comum para o que está acontecendo no mundo, e as respostas para as perguntas sobre isso.

O mundo vai começar a entender que essas pessoas residem em um grau muito maior do que todos os cientistas e os chamados grandes líderes deste mundo já que possuem o conhecimento das forças que agem e transformam o nosso mundo, de uma forma imprevisível.

Então, depois de resistência e confrontos, o mundo vai começar a se sentir atraído por estas pessoas e reconhecer nelas a força superior, a sabedoria superior. E assim, no final, todo o mundo chegará a correção. Afinal de contas, a correção é realizada básicamente entre os indivíduos que são considerados como a parte interna do mundo, aqueles com o ponto no coração, enquanto o resto do mundo só vai participar, se apegarem a eles, assim como hoje no mundo das massas que vivem suas vidas diárias, enquanto o mundo é governado por um punhado de outros.

 

E assim, como Baal HaSulam explicou no final da “Introdução ao Livro do Zohar,” toda a humanidade continuará se desenvolvendo até que o mundo se unificará, todos se tornarão como um todo, graças ao mesmo Livro do Zohar,e alcançará a si mesmo dez Sefirot priomordiais das quais Rabi Shimon e seus nove discípulos escreveram sobre.

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Da Lição 4 da Convenção Nós! de 02/04/2011

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