A Primeira Inovação

Dr. Michael LaitmanEscritos do Rabash, “A Primeira Inovação”: Todas as inovações começam somente depois que a pessoa sai do amor próprio. Desta forma, a Torá não pode ser ensinada aos idólatras. Quando a pessoa está no Egito, ela não pode ser um Judeu porque está escravizada ao Faraó, o rei Egípcio. Enquanto a pessoa é uma escrava do Faraó, não poder ser uma escrava do Criador.

Isto está escrito com respeito a: “Os filhos de Israel são para Mim”, eles são Meus escravos e não escravos de escravos. Quando a pessoa serve a si mesma, ela não pode ser escrava do Criador, porque é impossível servir a dois reis ao mesmo tempo. Somente depois que a pessoa sai do Egito, isto é, do egoísmo, ela pode ser a serva do Criador. Então, ela pode receber a Torá. Acontece que a primeira inovação é a saída do Egito.

A pessoa que está dentro do seu desejo egoísta é chamada um “Judeu-novo”. Aquele que sobe acima de seu desejo egoísta, isto é, que sai do Egito, é chamado “Judeu” (Yehud) porque alcança a união (Ihud) com a Luz, o Criador.

É possível estudar a Torá, isto é, as maneiras de doação, somente ascendendo, saindo do Egito. Por isso está escrito que a Torá não pode ser ensinada aos idólatras, onde “não pode” significa é impossível. Isso é porque enquanto você permanece no desejo egoísta, você não entende nada da espiritualidade e não tem a menor chance de alcançá-la. Nos seus desejos e pensamentos você não pode se agarrar com força à ponta de qualquer corda que se estende desde o mundo espiritual.

Você precisa de meios auxiliares, e somente ao usá-los corretamente você alcançará o que deseja. Desta forma, todas as inovações e mudanças espirituais são possíveis somente depois de sair do Egito, isto é, do egoísmo. Até lá, não é possível entender nada. Até lá nós estamos em total escuridão e só podemos avançar com nossos olhos fechados de acordo com o conselho dos Cabalistas.

Isso é tudo que nos resta – entender quão oposto nosso mundo é do mundo espiritual. Para ascender da escuridão à Luz, não nos irá ajudar dar uma volta de 180 graus. Isso é porque nossa escuridão é a escuridão do Egito, que não se dirige à Luz. Somente gradualmente, por meio de ações corretas, alcançamos o desejo correto. Mesmo que ele também seja egoísta, ainda assim, devido a influência da Luz, nós podemos sair do Egito para a intenção altruísta de Lishma (Em Nome Dele).

Está se falando de estados que estão totalmente separados entre si. A pessoa que está no mundo mais inferior, isto é, no estado egoísta, na intenção “para a recepção”, é incapaz de entender os planos e ações daqueles que são movidos pela doação. Um não tem qualquer contato com o outro. Eles são programas completamente diferentes que não se cruzam um com o outro de forma alguma.

Em relação ao mundo espiritual, nosso mundo não existe. Ele é manifestado somente na imaginação da pessoa como uma realidade preliminar e imaginária que é necessária para entrar na realidade espiritual, que é a única que existe. Tudo que vemos e imaginamos aqui é semelhante às visões de uma pessoa que está inconsciente.

Desta forma, todas as inovações, alcances, e cálculos verdadeiros começam com a saída do Egito.

Da 4a parte da Lição Diária de Cabalá 12/04/11Escritos do Rabash