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Mude a Sua Intenção e Voce Mudará a Sua Realidade

g202Eu sou um pequeno mundo, e percebo tudo dentro de mim. Como o Baal HaSulam explica no “Prefácio ao Livro do Zohar”, existe uma  “câmera” dentro de mim que projeta a imagem do mundo numa tela, na parte posterior da minha cabeça. Assim, o mundo se apresenta para mim através do seguinte sistema de coordenadas: ” mundo, ano,  alma”. Portanto, a fim de ver a verdadeira imagem do mundo, eu tenho que organizar adequadamente os meus desejos, através dos quais percebo o mundo.

Ao corrigir cada um dos meus desejos, de recepção para doação, eu gradualmente começo a converter as imagens deste mundo, atualmente percebidas em função da recepção, para uma imagem do mundo em função da doação. Então, passo a passo, eu me aproximarei do retrato fiel da realidade – aquele que está fora de mim e independente dos meus corruptos vasos de recepção (Kelim). Eu verei a realidade em sua verdadeira forma, fora de mim; dito de forma diferente, eu “verei” o mundo espiritual.

Tudo o que tenho que fazer para conseguir isso é mudar o método de utilizar os meus desejos, de recepção para doação. Portanto, primeiro eu devo imaginar que o mundo que eu atualmente sinto e no qual pareço habitar é, na verdade, os meus desejos; é nesses desejos que eu habito, os quais são destinados ao consumo (recepção).

Como eu gradualmente começo a convertê-los de recepção para doação, ao sair fora deles, a imagem do mundo mudará. Isto é muito difícil para eu entender, porque estou acostumado a perceber o mundo como ele se parece atualmente para mim. No entanto, toda a imagem do mundo é criada por forças que descem do Alto, como a imagem numa tela de computador. Eu posso mudar meus desejos, e assim perceberei uma realidade diferente.

Nós estamos vivendo numa época especial, quando todas as forças, todas as condições, e todos os estados que atravessamos nos ajudam a desfazer a nossa percepção atual do mundo, a percepção da realidade corpórea, e desenvolvem o desejo de adquirir uma percepção diferente da realidade – a do mundo espiritual.

O Bem e o Mal São Estados Espirituais

g20Quando eu revelo as forças perversas dos mundos espirituais, chamadas Klipot, e as forças do bem opostas a elas (como está escrito, “O Criador criou uma diante da outra – a maldade diante da santidade), então eu atinjo um nível de existência dentro desses sistemas paralelos de mundos do bem e do mal. Assim, sinto o céu e  o inferno um diante do outro. É impossível sentir  um sem o outro.

Esperemos alcançar tudo isso e nos tornarmos os “pecadores” dos quais fala a Torá. Ser um pecador significa existir em oposição ao seu estado de “justo”, que é quando você cambaleia entre o “pecador” e “justo”, alternadamente, tornando-se um e depois o outro. “Ziguezagueando” desta forma, a pessoa avança mais.

Tudo isso se refere ao sistema dos mundos espirituais que estamos enfrentando. Não há nada lá que se assemelhe às imagens coloridas do céu e do inferno com as quais a religião tem nos amedrontado. Nós devemos nos libertar de todas essas superstições primitivas e percebermos que nada pode acontecer com o nosso corpo após a morte, além da desintegração, pois o corpo não é mais que uma matéria formada de proteínas.

Nós temos que compreender que há somente duas forças que atuam dentro de nós – a recepção e a doação. No entanto, elas podem ser chamadas por muitos nomes diferentes. Tudo é constituído por elas e tudo existe apenas em nós.

Um nome é um desejo (HaVaYaH) com a Luz (Ohr Pnimi) nele, o qual foi alcançado por um ser humano. Um nome sagrado refere-se à qualidade de doação, e um nome perverso refere-se à qualidade de recepção. Até mesmo o nome do pior vilão descrito na Torá refere-se a uma revelação do Criador, mas do lado oposto; ele se refere à qualidade do egoísmo dentro da pessoa. Todos os nomes benéficos referem-se à revelação de Seu “rosto”, a bondade, a qualidade da doação dentro de uma pessoa. Tudo isto fala sobre a revelação do Criador dentro do homem.

Todas as forças do bem e do mal agindo “acima deste mundo” são a revelação das forças do Criador, tanto na Sua frente quanto no Seu lado oposto, como Moisés disse: “E você verá as Minhas costas, mas não verá a face”.

Nada existe além da criação e do Criador, e o Criador pode ser ocultado ou revelado à criação. A nossa tarefa como criação é revelar o Criador – a única força atuante no universo. Todo o resto, que agora percebemos como um “mundo externo”, também está dentro de nós, mas nos nossos desejos que ainda não foram revelados.

Esta é a imagem que devemos imaginar. Nós devemos entender que nada é pior do que o nosso estado atual, o estado de completa separação do Criador. Em outras palavras, o nosso mundo é o pior dos mundos (estados).

O Que É Verdade?

Baal HaSulam escreve que “Não há nada mais alto do que a verdade e nada mais baixo do que a falsidade”. Mas como podemos saber qual é a verdade e onde encontrá-la? As coisas só parecem verdadeiras na nossa imaginação e fantasias, mas sabemos que o que parece verdadeiro hoje se tornará uma mentira amanhã. Isso é assim porque nosso desejo muda, e quando isso acontece tudo o que vemos muda também. Porque a matéria muda, a forma que estava presente na matéria ontem não é mais visível para nós hoje.

Constata-se que hoje nós somos operados de acordo com a forma vestida na matéria, e nós consideramos que isso seja a verdade. Mas, amanhã nós a descartaremos e diremos que era uma mentira, dependendo no que vamos ver amanhã. Nós sempre temos que agir baseados no desejo e na forma vestida nele, durante o momento que estamos naquela forma. Não me importa se eu costumava pensar diferente cem anos atrás, e se eu irei pensar diferente daqui a duzentos anos. Tudo será novo – eu terei uma nova vida, um novo céu e uma nova terra. Todavia, hoje eu tenho que tomar todas as decisões baseado nos fatos de hoje.

Isso significa que não temos o direito de julgar os outros – aqueles que estão abaixo ou acima de nós. Como você pode julgar alguém num nível abaixo de você se ele não está corrigido ainda? Afinal, ele está certo em relação a sua posição.

Todos os erros, problemas e punições nos são dados para nos “meter” numa forma vestida em matéria, assim nós não nos separamos da matéria e nos envolvemos em raciocínios abstratos. Isso é extremamente importante ter em mente enquanto estudamos O Zohar. Afinal, O Zohar está programado para nos levar para o mundo espiritual, e nessa área nós somos tentados a fantasias e misticismos. Nosso corpo realmente deseja isso porque vai sentir menos sofrimento dessa forma.

Temos que fazer um esforço para nos manter baseados na estrutura da matéria. Fazendo isso, estaremos fazendo a correção. Temos que inserir a forma da doação na nossa forma de recepção egoísta, mas elas não se encaixam uma dentro da outra; elas são absolutamente opostas, e desta forma nossa tarefa é extremamente difícil!

Por isso O Zohar toma tanto cuidado de nos manter vigilantes no que nos está acontecendo e quais formas estão vestidas em nós. Afinal, ao nos separar da matéria, nós poderíamos imaginar que já estamos no mundo de doação e sem fim.

Aprendendo A Se Focar No Mundo Espiritual

Enquanto estudamos O Zohar, não estamos tentando explicar cada fenômeno que estudamos; ao invés disso, nós queremos senti-los. Como é possível explicar algo que a pessoa não pode ver nem sentir? Por isso estamos falando somente sobre o esforço que a pessoa faz quando quer alcançar algo que não conhece, vê ou capta, mas faria qualquer coisa para se aproximar.

Estou ensinando a você como se focar no mundo espiritual. Quando você adquirir a visão espiritual, você sentirá, e mais tarde você também vai entender. Esse é o sentido do verso, “Um juiz não possui nada mais do que seus olhos podem ver”. Qual é o propósito de tentar memorizar nomes se você não sabe a que eles se referem? Agora você está aprendendo como os alcançar, porque alcance é quando você sente algo com completa claridade em todos os seus sentidos e coração. Você existe nele e está completamente submerso no mundo espiritual. Você na verdade se torna um com ele.

Estamos falando sobre como entrar na sensação de um novo mundo, como o bebê que começa a perceber esse mundo simples e naturalmente. Não explicamos nada ao bebê desde o começo. Ele deve primeiro ser preenchido com várias impressões sobre nosso mundo, e então, ao se tornar capaz de diferenciar entre diferentes qualidades (frio vs quente, luz vs escuridão, duro vs suave), ele começa a formar uma mente que entende a que ele deve aspirar e do que ele deve se afastar. Ele começa a discernir o que é agradável e desagradável, o que é bom para ele e o que é mau, o que verdadeiro e o que é falso, o que ele gosta e o que ele não gosta.

No entanto, com respeito à espiritualidade, tudo isso só vem depois que revelamos um fragmento do Mundo Superior em nossas sensações. Agora mesmo desejamos alcançar essa revelação, e assim eu não quero explicar o que está dentro dela; eu só quero tornar mais fáceis essas novas sensações em você.

Nós temos que “desfocar” nossa visão desse mundo e parar de vê-lo para começar a vê-lo de uma maneira diferente, através de um novo foco, concentrando nossa atenção em algo mais. É como esses filmes 3-D que a princípio parecem um grupo de formas desordenadas. Mas se você desfoca sua visão e para de se concentrar na superfície da imagem, se você tenta olhar dentro, não focando no filme mesmo, mas deliberadamente penetrando dentro dele – então você começa a ver. Nós temos que fazer o mesmo esforço – mas de preferência através dos sentimentos do que através da visão – quando lemos O Livro do Zohar, e através da sensação desse mundo, nós sentiremos o Mundo Superior.

Não Existe Mundo – Só Eu Existo

Eu contenho desejos de todos os níveis do desenvolvimento: o inanimado, vegetativo, animado, e humano. O Nível humano em mim contém desejos de todos os tipos de pessoas que eu vejo no nosso mundo. Então, na realidade o mundo inteiro está dentro de mim. Todos os ladrões, mentirosos, pessoas boas e justas, sábios, e tolos estão dentro de mim. Na realidade, tudo isso sou eu.

Só parece a mim que esse gigantesco mundo existe, mas na realidade ele é só imaginado pelos meus desejos internos e qualidades. Eles são pintados dentro de mim na forma de imagens inanimada, vegetativa, animada, ou humana nos meus quatro níveis de desejo.

Dependendo de como eu vejo o mundo, eu posso entender em que extensão eu estou corrompido ou corrigido, sou bom ou mau. Em outras palavras, eu posso entender quais dos meus desejos eu preciso corrigir.

Se eu corrijo minha atitude frente ao mundo, eu me corrijo. Isso acontece porque quando eu vejo o mundo fora de mim, eu sou mais capaz de dizer o que é mau e egoísta em mim, e como alcançar a bondade e a doação ao que me parece externo a mim. Quando eu me corrijo, eu vejo que o mundo inteiro se torna melhor.

Na realidade, não existe mundo. Só me parece que tudo isso existe, mas eu o estou assistindo como a um filme numa tela.

Tornando-se Um Sábio Em Um Dia Comparecendo A Um Congresso De Cabalá

Recebi uma pergunta: O senhor diz que eu preciso agarrar-me aos meus amigos para ter apoio, mas o que posso fazer se estou estudando virtualmente e não posso me conectar com meus amigos pessoalmente?

Minha resposta: Você pode estar presente em qualquer dos nossos Congressos; dessa forma você será capaz de se conectar com amigos ao menos a cada 6 meses ou a cada ano. Na verdade, existem exemplos disso na história da antiguidade. Há alguns mil anos atrás, uma pessoa que vivia no deserto de Negev viria a Jerusalém para estudar a Torah somente uma vez ao ano e por um dia. Ele não poderia ficar mais tempo porque era um camponês e tinha que trabalhar no campo. Quando havia uma folga entre as estações, ele poderia vir a Jerusalém cavalgando seus asnos, estudaria por um dia, e ao anoitecer voltaria para casa.

Ele era chamado Bar BiYoma – estudante por um dia, ou mais exatamente, um professor por um dia, porque num único dia, seu desejo lhe dava tão poderosa conexão com o estudo, os amigos, a Fonte, e espiritualidade, que ele se tornava um grande sábio.

Então, se você comparecer ao Congresso mais perto de você uma vez ao ano será como estudar e sentar junto com todos por um ano inteiro.

Corrija A Si Mesmo E Você Verá A Verdade

laitman3Recebi uma pergunta: O que eu deveria fazer praticamente durante o processo de correção?

Minha resposta: Temos que entender que nosso estado atual é o resultado da quebra da qualidade de doação em nós e o resultante exílio da sensação do espaço espiritual (O Criador). Isso aconteceu devida a perda da qualidade de doação. Por causa da quebra e do exílio, odiamos uns aos outros, ainda que dependamos unas dos outros. Por causa dessa interdependência, eu não posso pedir correção para mim mesmo, eu só posso pedir para todos. Eu preciso desejar corrigir o relacionamento entre as pessoas.

Eu tenho que entender a essência da nossa inclusão mútua uns nos outros. Ninguém é um indivíduo independente. Mas para ver a verdade, temos que corrigir nossas sensações. Temos que pedir à Luz Superior por isso; somente ela pode nos ajudar a adquirir a visão para ver tal quadro.

Por causa dos crescentes problemas, a humanidade hoje tem que revelar que é um vaso quebrado, e tem que se juntar. Isso envolve descobrir os componentes desse estado: a montanha de ódio (Monte Sinai) de um lado, e a importância da meta (a conexão com o Criador) de outro lado.

Trabalhando Com O Criador Num Único Sistema

Se eu sinto as focas do mal, significa que estou pronto para entender o que são as boas forças, que estão situadas do outro lado das forças do mal. No entanto, eu não estou sob a influência das boas forças; ao invés, eu caio sob o domínio das forças do mal.

Por exemplo: eu tenho uma casa, que é boa, quente, e segura. Mas à noite eu me encontro numa floresta escura, onde eu me sinto assustado e miserável porque eu tenho algo bom para comparar com tudo isso. Mas, se eu não tivesse uma casa boa e quente, eu não sofreria; eu iria simplesmente me acomodar para viver na floresta. Ela não me pareceria escura e assustadora, mas seria minha vida normal. Da mesma maneira, nós nos acostumamos com a vida nesse mundo – o pior de todos os mundos.

Esse entendimento teria que nos ajudar a evitar sermos confundidos pelas imagens que O Zohar descreve. Quando lemos sobre figuras assustadoras, devemos nos dizer que “tudo isso que existe dentro de mim”. São meus desejos, nos quais desejo receber prazer. Todos esses demônios, espíritos, e inferno estão bem aqui.

Devemos entender claramente isso. De outra forma, iremos produzir toda sorte de imagens de inferno e céu, que são costumeiras nas religiões que nos dizem: você está proibido de ir ali, e permitido para ir até lá. Por isso Baal HaSulam criou o comentário ao Livro do Zohar, para nos ajudar a nos livrar dessas imagens inventadas e para buscar por tudo isso dentro de nós.

Estamos estudando a parte interior da Torah, que nos diz que tudo está dentro da pessoa e a pessoa é um pequeno mundo. Tudo isso sou eu, e não há nada exceto eu na vida. A única coisa que existe dentro de mim é o Criador (a Luz), ou a percepção oposta d’Ele. Só existe ele e eu, e Ele me diz como revelá-lo da sua ocultação. Ele propositalmente arranjou tudo dessa maneira, onde como resultado do meu esforço, e minha busca, eu O revelarei.

Ao corrigir meu desejo, eu venho a conhecê-Lo, o Único que me criou dessa forma. Ao alcançar o Criador, eu alcanço a mim mesmo – todas as minhas qualidade e capacidades e. Como alcanço essa correção? Eu peço constantemente a ele para me ajudar a juntar e entender algumas partes da minha alma. Em resposta, Ele vem e se revela a mim, e nós começamos a trabalhar juntos e unidos através desse trabalho.

Esse sistema no qual trabalhamos se tornará minha alma, onde Ele e eu existimos juntos. E O Zohar nos fala sobre isso.

Alcançamos O Mundo Espiritual Naturalmente, Como um Bebê

Recebi uma pergunta: Quando lemos O Zohar, nós presumimos que seguimos o texto como se estivéssemos dentro de nós mesmo. No entanto, não temos que também nos esforçar para exigir nossa correção?

Minha resposta: O Zohar mesmo dirige você à correção e aos pensamentos necessários. Ele irá dizer a você o que é bom e o que é mau dependendo do seu estado específico e o que você em particular precisa clarificar.

O livro em si vai prover você com essa abordagem. De nossa parte, precisamos simplesmente ser capazes de aderir-nos a ele e ao seu fluxo, para “nadar” com ele obedientemente e ir onde quer que ele deseje nos levar. Temos que deixar nossa mente e coração nadar suavemente junto com a corrente.

Tudo é predeterminado, inclusive meu desejo, os Reshimot nele, e a Luz que concretiza os Reshimot. No entanto, tudo depende do meu esforço e do meu consentimento para dar à Luz acesso aos Reshimot.

Eu só permito que a Luz aja, mas, além disso, tudo acontece seu meu conhecimento. Eu só testemunho tudo o que acontece dentro de mim. Meu esforço é chamado “Avodat HaShem” – o trabalho do Criador, eu somente sou um cúmplice nisso. O Criador disse a Moisés: “Vamos ao Faraó. Eu vou fazer tudo e você vai olhar como eu atuo em relação a ele”. Isso significa que meu ponto no coração, o primeiro Reshimo espiritual, me traz até a entrada de um novo mundo, do qual eu não conheço nada. À medida que eu aprendo sobre ele e me conecto com ele, serei capaz de viver nele.

Baal HaSulam escreve que do mesmo jeito que é impossível para os corpos materiais viver nesse mundo sem saber suas leis, regras, e condições, também é impossível para a alma viver no mundo espiritual sem receber o conhecimento necessário sobre ele. Assim, agora mesmo estamos tentando receber esse conhecimento necessário. Quando o recebermos, sentiremos que já existimos no mundo espiritual, porque na espiritualidade, conhecimento e sensação é a mesma coisa.

Agora mesmo eu sinto somente meu corpo animal – uma realidade ilusória; mas eu também tenho um ponto no coração que pode potencialmente sentir o Mundo Superior. Esse ponto que nos foi dado é uma tremenda oportunidade; porém, é a única coisa que me foi dada. Eu preciso desenvolver o resto por mim mesmo, e por isso me foi dado O Livro do Zohar, que fornece uma explicação para mim.

Eu aprendo sobre o Mundo Superior como um bebê aprende sobre esse mundo sem saber nada sobre ele antecipadamente. Um bebê não pode alcançar o mundo com sua mente, fazendo uma análise e uma síntese. Eu também não posso fazer isso com relação ao mundo espiritual. Eu aprendo sobre ele somente ao aderir ao livro e atraindo a Luz Circundante. Esse tipo de estudo é o mais natural. Nós descobrimos um mundo novo da mesma maneira como descobrimos esse mundo quando éramos bebês.

O Nível Superior nunca pode ser alcançado com a mente, desde que não o sentimos, vemos, ou entendemos. No entanto, temos que começar a senti-lo.

Deixe-me Ir, Pois O Dia Está Raiando

O Zohar. Capítulo: “Deixe-me ir, pois o dia está raiando”.

Quando o Criador salva os filhos de Israel e os liberta do exílio, uma estreita, pequena porta de Luz se abre para eles. E, então, outra porta se abre para eles, um pouco maior que a primeira. Isso continua até que o Criador de um golpe abre a porta superior, que se defronta com todos os quatro cantos da terra.

Então, a libertação não vem para eles de uma só vez, mas como o amanhecer que floresce gradualmente, até que o dia se inicia.
Essa libertação está garantida para nós – a aquisição da qualidade de amor e doação que existe no Criador, conduzindo-nos à adesão com Ele.

E isso é o que o Criador faz aos filhos de Israel… Israel se refere a qualquer um que deseja ser atraído para perto do Criador, porque “Isra-el” significa “aspirar ao Criador”, não importando sua descendência corporal. Depois, o Zohar fala para todos os “Babilônios” – todos nós… e os justos entre eles. Isso se refere àqueles que desejam revelar o Nível Superior para justificar o Criador ao invés de acusá-lo.

Ele os liberta gradualmente, não de uma só vez. É como um homem que viveu na escuridão toda sua vida; se você deseja lhe dar Luz, você precisa primeiro revelar um raio muito pequeno, como o buraco de uma agulha, e então um pouco mais, e assim em diante, gradualmente aumentando-o até que ele é iluminado com toda a Luz.

Isso fala sobre a Luz do amor e doação aos outros, que só pode ser revelada quando nós coletivamente concordamos em desejá-la, demandar, e pedir. Por isso a revelação para nós é gradual, no nível em que entendamos nossa natureza e quão opostos ela é à natureza do Criador.

É assim que revelamos nossa alma – do menor raio de Luz até a revelação do completo Partzuf espiritual, toda HaVaYaH e as três linhas, chamadas as “12 tribos de Israel” – as 12 qualidades da alma.