O “Round 6” Deve Ser Banido?

538Comentário: A série de TV “Squid Game” (Round 6) ganhou enorme popularidade na Netflix. É uma série sul-coreana em que centenas de competidores sem dinheiro competem em jogos infantis por uma grande quantia em dinheiro. Mas apenas uma pessoa pode ser o vencedor no final e os perdedores são mortos instantaneamente.

111 milhões de pessoas estão assistindo como seus heróis, a quem eles passaram a amar, perdem e são mortos. No entanto, os telespectadores não fecham os olhos nem desligam as TVs, eles continuam assistindo. Até as crianças começaram a jogar esse jogo que chamam de “Luz Vermelha, Luz Verde” e os perdedores são espancados.

Isso é humanidade. Nós somos assim? Afinal, se não houvesse demanda para tal série, ela não seria feita.

Minha Resposta: Acho que somos ainda piores, porque mesmo sem jogar o jogo, queremos nos matar. Afinal, nesta série, a pessoa se inscreve voluntariamente para jogar com a esperança de vencer e matar outras pessoas. Mas no final, ela perde e é morta.

Mas ela tem alguma liberdade de escolha aqui. Ela ainda está esperando por algo. Em geral, mostra que ela quer vencer e matar outras pessoas. Portanto, é um jogo em igualdade de condições! Se eu vencer, eu mato você; se você ganhar, você me mata, então vamos jogar. Na verdade, este é um jogo de acordo com as regras.

Não é assim na vida. Em nossas vidas, quero matar outro sem nenhum jogo, sabendo de antemão que vou matar.

Pergunta: Mas eu não quero isso. Uma pessoa quer matar outra?

Resposta: Na verdade, se eliminarmos todos os nossos relacionamentos, veremos como estamos matando uns aos outros.

Pergunta: Então você está dizendo que se nossos pensamentos de repente se manifestassem, o mundo seria terrível?

Resposta: Com certeza!

Pergunta: É por isso que nos é concedida tal bondade de não ver nossos próprios pensamentos ou os dos outros?

Resposta: Sim.

Comentário: Mas quando alguém entra neste jogo, começa a vivê-lo, talvez isso o libere de todos esses seus pensamentos? Talvez exista algum tipo de educação? Já que o diretor e o roteirista dizem: “Este é o nosso mundo”.

Talvez ao mostrar essas coisas estejamos nos purificando? Talvez uma pessoa esteja passando por tal purificação? Este pensamento pode ocorrer a ela: “Eu sou o jeito que você mostrou”. E ficar horrorizada.

Minha Resposta: Acho que ninguém vai ficar horrorizado, todo mundo vai se acostumar e vai começar a se comportar bem, a começar pelas crianças pequenas.

Pergunta: Mas quando esse momento de empatia surge em nós?

Resposta: Quando me imagino no lugar de outra pessoa, algum tipo de empatia é possível. Mas não mais do que isso, quando avalio a situação e vejo que estou em um ambiente melhor.

Pergunta: Se eles deram a você o poder de decidir proibir ou permitir? O que deve ser feito agora com esses tipos de filmes, esses tipos de jogos?

Resposta: Apenas banir ou apenas promover não vai significar nada. Nada. Uma pessoa precisa ser reconstruída.

Em vez de aprender com seus erros terríveis, que deixarão um punhado de pessoas em todo o mundo! E elas começariam com a compreensão, não com novos conhecimentos, mas com o fato de terem acumulado toda a dor pela qual toda a humanidade passou durante o seu autoextermínio, quando de bilhões de pessoas restarão várias centenas de milhares. É quando elas ficarão mais espertas. Elas serão capazes de navegar corretamente.

Pergunta: Banir essas coisas ou não banir? O que você acha?

Resposta: Eu acredito que é necessário que todas essas obras de “arte” existam, e que uma educação muito séria deva acontecer em paralelo para explicar nossa natureza: porque tais coisas são criadas e se elas nos retratam corretamente, se realmente somos assim.

Pergunta: É assim que uma certa sabedoria começará a entrar na mente de alguém?

Resposta: Sim, claro. Só a partir do fato de que teremos a percepção correta da situação dada.

Pergunta: E se alguém entende por que assiste a tais filmes, você acha que essa consciência surgirá: estou assistindo isso porque esta é a minha natureza?

Resposta: Sim. Deve ser falado ao mesmo tempo. Mas isso deve ser feito do ponto de vista da Cabalá, nossa verdadeira natureza e assim por diante.

Pergunta: Mas, de uma forma ou de outra, chegaremos à conclusão de que, como você diz: a educação do homem deve ser paralela a tudo o que a humanidade faz?

Resposta: Sim, não interfira ou não aprenderemos.

Pergunta: Teremos que chegar à conclusão de que não há nada de positivo em nós?

Resposta: Naturalmente! O mais importante é perceber que nossa natureza é pura maldade. E o que nos parece bom é, na verdade, egoísmo sofisticado que, na verdade, esconde toda a nossa barbárie interior.

Pergunta: Então pediremos força para nos livrarmos dela?

Resposta: Então vamos pedir. Começaremos a nos interessar seriamente pelo método de correção de nós mesmos.

De KabTV, “Notícias com o Dr. Michael Laitman”, 21/10/21