“Rosh Hashaná: A Chance De Conquistar A Separação Da Covid” (Linkedin)

Meu novo artigo no Linkedin: “Rosh Hashaná: A Chance De Conquistar A Separação Da Covid

Há alguns dias, uma vizinha contou a uma de minhas alunas que estava muito triste porque suas filhas estão discutindo sobre as vacinas da Covid. Como resultado, uma delas, que se opõe à vacinação, não virá para celebrar Rosh Hashaná [véspera de Ano Novo judaico] com a família. O que mais magoou a vizinha da minha aluna não foi a objeção da filha em tomar a vacina, ou mesmo que ela não compareceria à refeição festiva. O que realmente a machucou foi o ódio que explodiu entre suas filhas. Disputas acontecem em todas as famílias, assim como brigas, mas a explosão venenosa de ódio a devastou.

O ódio é de fato a ruína de nossa geração. Ele destrói tudo e separa comunidades e famílias. Por isso, precisamos trabalhar em nossas conexões e vencer o ódio, a fim de manter nossas famílias e comunidades unidas.

Todos nós temos pontos de vista diferentes. O problema começa quando diferentes visões expõem fendas mais profundas que estavam ocultas até agora.

Se um membro da família não deseja ser vacinado, como neste caso, e, portanto, não pode comparecer a uma refeição de Rosh Hashaná, para não colocar outras pessoas em risco, não devemos odiar essa pessoa.

Devemos abordar as divergências não como motivos de ódio, mas como oportunidades de união. Quando nos elevamos acima das diferenças e disputas, fortalecemos nossos laços e aumentamos nosso amor e unidade ainda mais do que antes da quebra. Nosso esforço consciente de união solidifica e fortalece nossos laços.

Quando falamos em conquistar a separação, não queremos dizer suprimi-la como se ela não existisse. Conquistar a separação significa reconhecê-la, aceitá-la e, ainda assim, unir-se acima dela. Essa nova unidade, que teve de ser formada sobre a divisão, será invariavelmente mais forte do que a unidade que nunca foi contestada.

Portanto, sempre que houver divisão, devemos examinar o quanto valorizamos nossa conexão com a pessoa em conflito conosco. No caso que minha aluna me contou, a dor da mãe evidentemente mostrou que ela valorizava sua conexão com as filhas, e a conexão delas entre si, mais do que valorizava a opinião de qualquer pessoa sobre as vacinas da Covid-19. Se ela puder transmitir seus sentimentos às filhas, elas serão capazes de superar sua divisão e fortalecer seus laços. Do contrário, a conexão será interrompida, para o pesar de todos.

A sociedade atual apresenta inúmeras situações em que discordamos das pessoas. Se valorizamos nossas conexões com elas, devemos tratá-las como oportunidades de estreitar nosso vínculo com elas. Se fizermos isso, podemos transformar a maldição do ódio em uma bênção de amor mútuo e proximidade.