Comentário: Hoje é muito popular fazer contratos de casamento, que são um acordo bilateral que regula as relações de propriedade em caso de divórcio. Antes de se casar, as pessoas já estão dividindo propriedades e oferecendo a opção de que sua família se desintegre.

Minha Resposta: Sempre foi assim. Não há nada para se surpreender aqui. Os judeus, por exemplo, têm um Ktuba – um documento legal no qual afirmam claramente a que e quanto a esposa tem direito em caso de divórcio, e como o marido deve sustentá-la no caso de uma vida normal de casado.

Um contrato de casamento, como qualquer contrato entre duas partes, regula tudo, não apenas as relações monetárias, mas também as obrigações do marido para com a esposa.

Comentário: Você está falando especificamente da lei judaica. Mas outras nações agora também estão começando a construir seus relacionamentos com um contrato de casamento.

Minha Resposta: Isso é bom! Porque antes, na Rússia, íamos ao cartório e assinávamos em um pedaço de papel que éramos marido e mulher. E depois? Quais são nossas responsabilidades? Quem nos contou isso?

Assinei com minha esposa, mas o que eu assinei, eu não sabia. Afinal, entre nós existem algumas responsabilidades, algum tipo de relação que o Estado aceita, aprova e se responsabiliza por sua implementação. Se alguém por algum motivo não as cumprir, a outra parte pode reclamar disso, e o Estado já vai entender no tribunal o que está acontecendo.

Mas essa é uma parte muito pequena do que o contrato deveria ser. E o fato de que acordos sérios estão sendo feitos hoje é provavelmente uma coisa boa. Acredito que tudo deve ser construído em um relacionamento sério e saudável.

Eu encontro uma mulher e vou viver uma longa vida com ela, gerar filhos, criá-los, acumular bens e estar juntos na tristeza e na alegria, na saúde e nas enfermidades. Devo de alguma forma resolver esse relacionamento. Ele não pode se apegar ao amor sozinho, a algum tipo de sentimento.

De KabTV, “Close-up”, 19/08/09

Categoria: Homem e Mulher |